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Curtailment na energia solar leva BNDES a analisar suspensão individual de dívidas e reforça alerta sobre prejuízos bilionários no setor

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 15/10/2025 às 15:01
O BNDES anunciou que avaliará individualmente a suspensão temporária de dívidas de empresas afetadas pelo curtailment na energia solar e eólica, buscando aliviar o impacto financeiro dos cortes de geração impostos pelo ONS.
O BNDES anunciou que avaliará individualmente a suspensão temporária de dívidas de empresas afetadas pelo curtailment na energia solar e eólica, buscando aliviar o impacto financeiro dos cortes de geração impostos pelo ONS.
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O BNDES anunciou que avaliará individualmente a suspensão temporária de dívidas de empresas afetadas pelo curtailment na energia solar e eólica, buscando aliviar o impacto financeiro dos cortes de geração impostos pelo ONS.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que irá negociar caso a caso os pedidos de suspensão temporária de dívidas das empresas de energia solar e eólica afetadas pelo curtailment, termo usado para designar os cortes de geração de energia impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A decisão do banco vem em resposta à grave perda de receita enfrentada por companhias do setor, que sofrem com limitações na infraestrutura de transmissão e com o excesso de oferta em relação à demanda. O objetivo da medida é evitar um colapso financeiro e oferecer um alívio temporário de caixa às empresas mais afetadas.

Luciana Costa reforça que o BNDES “não vai pôr a faca no pescoço das empresas”

A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, destacou que o banco está acompanhando de perto o problema do curtailment na energia solar e se compromete a atuar com responsabilidade e sensibilidade.

Em entrevista recente, a executiva afirmou que a instituição “não pretende pôr a faca no pescoço das empresas”, ressaltando o compromisso em proteger os projetos e apoiar os clientes. Nesta semana, ela reafirmou ao Valor Econômico que o tratamento será individualizado: “Vai ser caso a caso, e a maneira de a gente tratar o setor privado e os projetos é com muita responsabilidade”.

Associações do setor solar lideram as negociações com o BNDES

O pedido de suspensão temporária das dívidas foi formalizado pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), que conduz as conversas com o BNDES. A entidade também articula soluções com o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco do Brasil, em busca de uma resposta coordenada ao problema.

De acordo com estimativas do setor, as perdas acumuladas por causa do curtailment já ultrapassam R$ 3,2 bilhões somente em 2025, atingindo fortemente produtores de energia solar e eólica. O cenário tem levado a uma onda de judicializações, com empresas tentando garantir compensações pelos cortes na geração.

Os prejuízos decorrem, principalmente, de gargalos na infraestrutura de transmissão, do limite operacional das linhas e do descompasso entre oferta e demanda de energia. Em muitos casos, usinas solares e eólicas são obrigadas a interromper parcialmente a produção, mesmo com condições ideais de geração.

O BNDES, no entanto, afirma que ainda não há estimativa exata do volume total de dívidas que poderá ser renegociado. O montante, segundo o banco, será definido conforme as empresas formalizarem os pedidos de suspensão.

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Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

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