País afirma ser impossível arcar com US$ 350 bilhões exigidos em negociações comerciais com Washington.
A Coreia do Sul vive um dos maiores impasses diplomáticos e econômicos de sua história recente. O país declarou que não tem condições de pagar os US$ 350 bilhões exigidos pelos Estados Unidos em um acordo comercial que envolve redução de tarifas e novos investimentos.
Segundo o assessor de Segurança Nacional, Wi Sung-lac, esse montante representa mais de 80% das reservas internacionais do país, o que torna o compromisso “objetivamente e realisticamente” inviável, conforme destacou o Diário do Povo.
Negociações financeiras em xeque
O acordo, assinado em julho, previa a redução das tarifas americanas de 25% para 15% em troca de aportes bilionários.
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No entanto, a Coreia do Sul tenta alternativas para aliviar o impacto, incluindo a busca por empréstimos e a possibilidade de um swap cambial bilateral com Washington.
Ainda assim, os EUA reforçaram que preferem aportes em dinheiro, o que aumenta a pressão sobre Seul.
Autoridades sul-coreanas esperam novos avanços durante a cúpula da APEC, que acontecerá em Gyeongju no próximo mês.
Questões de vistos agravam tensão
Além da disputa financeira, a relação foi afetada por um problema de vistos. Diversos profissionais sul-coreanos foram detidos nos EUA durante a operação de uma fábrica de baterias na Geórgia.
O primeiro-ministro Kim Min-seok afirmou que investimentos no país estão suspensos até que o tema seja resolvido, exigindo agilidade de Washington para dar segurança aos trabalhadores.
Esse ponto tornou-se prioritário nas conversas bilaterais, somando-se ao debate sobre os investimentos e elevando a complexidade das negociações.
Diplomacia cultural como carta política
A Coreia do Sul tem recorrido a ferramentas de diplomacia cultural, como o K-Pop, para reforçar sua influência externa e equilibrar as relações com os Estados Unidos.
Essa estratégia busca aproximar os dois países em áreas não estritamente econômicas, criando espaço para flexibilizações nas tratativas comerciais.
O uso da cultura como soft power tem sido uma marca da política externa sul-coreana, especialmente em momentos de impasse.
Outras tratativas em andamento
Mesmo com o impasse central sobre os US$ 350 bilhões, outros temas avançam em paralelo. O ministro das Finanças, Koo Yun-cheol, anunciou negociações concluídas sobre a taxa de câmbio com Washington, prometendo divulgar detalhes em breve.
Esse movimento indica que, embora haja entraves financeiros, os dois países mantêm o diálogo aberto em diferentes frentes, buscando preservar a parceria estratégica.
Impactos e desafios futuros
O impasse atual coloca em xeque não apenas o futuro do acordo comercial, mas também a confiança mútua entre os dois governos.
Para a Coreia do Sul, a exigência americana pode comprometer sua estabilidade econômica, enquanto para os EUA, a resistência de Seul dificulta a consolidação de uma aliança estratégica de longo prazo.
A solução dependerá de concessões de ambos os lados. Se o montante não for ajustado, analistas avaliam que o risco é transformar uma parceria histórica em fonte de instabilidade regional.
A disputa entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos levanta questões sobre até onde vai a capacidade de um país em equilibrar diplomacia, economia e soberania.
O valor exigido pelos EUA é considerado irrealista por Seul, mas indispensável por Washington para validar o acordo.
Você acredita que a Coreia do Sul deve ceder às pressões americanas ou buscar alternativas diplomáticas para evitar um colapso no acordo?
Deixe sua análise nos comentários queremos ouvir quem acompanha de perto os impactos dessa negociação.
Infelizmente não Coreia do Sul eles não tem um Lula