Especialistas alertam que muitos brasileiros continuam pagando contribuições mensais ao INSS sem necessidade, por desconhecerem regras que garantem a manutenção da qualidade de segurado.
A advogada previdenciária Taís Santos explica que milhares de contribuintes seguem pagando o INSS todos os meses mesmo após já terem cumprido os 15 anos mínimos de contribuição exigidos para aposentadoria por idade. Esse erro pode significar desperdício de dinheiro, já que em muitos casos bastaria manter contribuições esporádicas para assegurar direitos previdenciários até atingir a idade mínima 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.
A chamada qualidade de segurado é o que garante o acesso a benefícios como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte.
O problema é que grande parte dos trabalhadores desconhece como essa regra funciona e acaba comprometendo o orçamento com pagamentos mensais desnecessários.
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O que é a qualidade de segurado no INSS
Segundo especialistas, a qualidade de segurado é a condição que permite ao contribuinte ter acesso aos benefícios previdenciários.
Ela não exige pagamento contínuo em todos os casos, mas sim a manutenção de um vínculo ativo com o INSS.
Quem já contribuiu por 15 anos e deseja apenas a aposentadoria por idade pode reduzir a frequência dos pagamentos. Em muitos casos, basta contribuir a cada seis meses para manter os direitos.
Entretanto, se a pessoa ficar mais de 12 meses sem recolher, pode perder a qualidade de segurado e precisar voltar a contribuir regularmente para recuperá-la.
Quem pode economizar nas contribuições
De acordo com Taís Santos, contribuintes autônomos, facultativos (como donas de casa) e trabalhadores informais estão entre os que mais podem se beneficiar dessa estratégia.
Para quem já alcançou os 15 anos mínimos, não há vantagem em continuar pagando mensalmente, desde que a qualidade de segurado seja mantida.
Por outro lado, quem trabalha com carteira assinada não tem escolha: as contribuições são descontadas automaticamente do salário.
Já no caso de contribuintes facultativos e independentes, existe espaço para planejamento.
Riscos de parar de pagar o INSS sem orientação
O maior risco de reduzir ou interromper os pagamentos é perder a proteção previdenciária em caso de doença, acidente ou morte.
Sem qualidade de segurado, o trabalhador pode deixar de receber auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou até mesmo não gerar pensão por morte para seus dependentes.
Outro cuidado essencial é avaliar a modalidade de aposentadoria pretendida.
Para quem busca aposentadoria por tempo de contribuição, por exemplo, seguir pagando é obrigatório, já que essa modalidade exige o cumprimento de períodos adicionais.
Estratégias para não desperdiçar dinheiro
A recomendação de especialistas é clara: buscar orientação jurídica antes de alterar os recolhimentos ao INSS.
Um advogado previdenciário pode avaliar o histórico de contribuições, confirmar se a qualidade de segurado está assegurada e indicar se é possível economizar sem abrir mão da proteção.
Esse planejamento pode representar economia significativa ao longo dos anos, especialmente para quem já completou os 15 anos de contribuição.
Além disso, reduz o risco de prejuízos em momentos de necessidade, garantindo que o contribuinte e sua família não fiquem desamparados.
O desconhecimento sobre as regras do INSS faz com que milhares de brasileiros paguem mensalmente valores que poderiam ser reduzidos ou até evitados.
Com a orientação certa, é possível economizar e ainda garantir todos os direitos previdenciários.
E você, já sabia que não é preciso pagar o INSS todos os meses após completar 15 anos de contribuição? Acredita que falta informação clara sobre esse tema?
Deixe sua opinião nos comentários sua experiência pode ajudar outras pessoas a não desperdiçarem dinheiro.