O “bloco gigante” (≈0,5 m² por peça) corta >90% da argamassa de assentamento e permite embutir instalações nos furos, o que, somado às canaletas para vigas sem madeira, viabiliza obra até 5× mais rápida e com até 50% de economia estrutural (em projeto modulado).
A construção civil brasileira começa a viver uma revolução silenciosa. Um método baseado em blocos de 0,5 m² cada promete entregar uma construção 5× mais rápida e até 50% mais barata na parte estrutural, segundo o engenheiro Thiago Melo.
O segredo está em reduzir o número de peças por metro quadrado, diminuir drasticamente o uso de argamassa e incorporar formas permanentes de vigas, eliminando a madeira no processo.
Na prática, o pedreiro passa de cerca de 30 tijolos convencionais por m² para apenas dois blocos por m², o que acelera o ritmo de execução. Em casos de projetos modulados, o autor cita resultados de até 100 m² de parede erguidos em um único dia de trabalho.
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Como funcionam os blocos gigantes
Cada peça cobre cerca de meio metro quadrado e pesa em torno de 20 kg, com versões menores para ajustes.
Os furos internos permitem embutir tubulações de água, esgoto, energia e dados, dispensando cortes e retrabalhos posteriores. Isso reduz custos de material, tempo de execução e desperdício.
Outro diferencial é a economia de argamassa. Como as juntas ficam apenas entre os blocos, o consumo cai mais de 90% em relação ao tijolo tradicional. Além disso, a parede ganha maior uniformidade e menos pontos de infiltração ou fissura.
Vigas sem madeira e obra contínua
O sistema também incorpora o uso de canaletas em “U” que funcionam como formas permanentes para as vigas.
O aço é colocado dentro da peça e o concreto é lançado ali, sem necessidade de formas de madeira ou desforma posterior. Isso diminui etapas da obra, reduz resíduos e agiliza o cronograma.
Segundo Thiago Melo, em construções leves (térreas ou de pequeno porte), é possível até eliminar pilares isolados, já que parte da estrutura é absorvida pelos blocos e canaletas. Isso significa mais simplicidade no canteiro e menos tempo parado entre as fases.
Impacto econômico e ganhos adicionais
Em projetos modulados especificamente para o sistema, a economia pode chegar a 50% nos custos estruturais. Já em obras adaptadas, o índice médio fica entre 25% e 30%.
Além da velocidade e da redução de custos, os blocos oferecem vantagens de isolamento térmico e acústico, aumentando o conforto das edificações.
Outro efeito é a redução de resíduos sólidos, já que o sistema praticamente elimina o uso de madeira em vigas e minimiza a argamassa. Isso aproxima a técnica das metas de sustentabilidade do setor da construção.
Você acredita que esse modelo de construção 5× mais rápida pode substituir o tijolo tradicional no Brasil? Acha que vale a pena investir em novas tecnologias de obra? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.