Descubra como o Brasil avança na sustentabilidade em usinas solares, promovendo energia limpa com proteção ambiental e inclusão social.
Nos últimos anos, o Brasil, portanto, viveu uma verdadeira revolução no setor de energia solar.
De fato, a instalação de usinas fotovoltaicas cresceu de forma acelerada, tornando a energia solar a segunda maior fonte de eletricidade no país, responsável por 22,2% da capacidade instalada da matriz elétrica nacional.
Esse crescimento reflete não apenas a abundância de radiação solar, mas também o interesse do país em diversificar sua matriz energética.
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Além disso, contribui para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e, consequentemente, mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
No entanto, o rápido avanço do setor trouxe, ao mesmo tempo, desafios importantes relacionados à sustentabilidade em usinas solares.
Embora a energia solar seja limpa e renovável, algumas usinas, infelizmente, causam impactos sociais e ambientais.
Estudos recentes mostram que a expansão das centrais fotovoltaicas no Nordeste contribuiu significativamente para o desmatamento da Caatinga, um bioma de grande importância ecológica, com perda relevante de vegetação nativa e efeitos sobre a fauna local.
Entre 2016 e 2024, estados como Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco e Paraíba registraram aumento do desmatamento devido às usinas.
Além disso, surgem consequências sociais importantes.
A implantação de grandes empreendimentos solares envolve frequentemente a negociação de terras com agricultores familiares e comunidades tradicionais.
Em muitos casos, as populações locais possuem baixo conhecimento técnico ou jurídico, o que gera contratos desiguais e prejudica a renda, a saúde coletiva e a permanência no território.
Ademais, a ausência de consultas prévias e a falta de diálogo com as comunidades intensificam os conflitos fundiários e a sensação de exclusão.
Outro ponto relevante é o efeito acumulativo da expansão solar em regiões já pressionadas por outras atividades econômicas, como agricultura e pecuária.
Assim, instalar usinas em áreas de alto valor ecológico pode alterar ciclos hídricos, reduzir a biodiversidade e comprometer a resiliência ambiental de longo prazo.
Portanto, o crescimento do setor precisa de planejamento cuidadoso, monitoramento constante e políticas públicas que priorizem a sustentabilidade em usinas solares.
Salvaguardas socioambientais para energia solar
Reconhecendo esses desafios, o Coletivo Nordeste Potência, portanto, lançou o conjunto de medidas denominado Salvaguardas Socioambientais para Energia Solar Fotovoltaica Centralizada.
O relatório, que reúne mais de 40 diretrizes, orienta governos, empreendedores, agentes financiadores e comunidades a implantar usinas solares de forma responsável.
Assim, ele promove a sustentabilidade em usinas solares ao proteger o meio ambiente, valorizar a sociobiodiversidade e respeitar as populações locais.
Historicamente, a questão ambiental no Brasil ganhou relevância com o crescimento urbano e industrial no século XX.
Na década de 1970, o país expandiu sua agricultura e energia, o que trouxe enormes benefícios econômicos, mas também causou desmatamento e degradação de ecossistemas.
Posteriormente, com a criação do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) nos anos 1980, passou a exigir licenciamento e avaliações de impacto para grandes projetos.
Assim, no século XXI, a consciência sobre preservação ambiental e inclusão social se fortaleceu, refletindo a necessidade de políticas públicas que garantam o desenvolvimento sustentável.
O novo relatório de salvaguardas busca, portanto, evitar que a expansão acelerada da energia solar repita erros do passado.
Entre as recomendações estão priorizar áreas já degradadas para instalar usinas, evitando impactos em regiões de alto valor ecológico, e adotar cláusulas contratuais mínimas para arrendamento de terras, garantindo que agricultores e comunidades tradicionais não sofram prejuízos.
Desafios sociais e participação das comunidades
Especialistas alertam que a sustentabilidade em usinas solares não se limita à preservação ambiental.
Por isso, é necessário usar recursos hídricos de forma racional, principalmente em regiões com escassez de água.
Além disso, a impermeabilização do solo e a supressão da vegetação nativa prejudicam a infiltração de água e aumentam a vulnerabilidade do ecossistema.
Ao mesmo tempo, comunidades locais devem participar das decisões sobre os empreendimentos para assegurar uma transição energética justa e inclusiva.
O relatório reforça, ainda, que a sustentabilidade exige diálogo e construção coletiva.
Por exemplo, a experiência de agricultores do Rio Grande do Norte mostra que contratos mal elaborados geram prejuízos significativos.
De fato, famílias que cederam suas terras perceberam posteriormente que os acordos não refletiam seus interesses, causando perdas econômicas e dificultando a continuidade de atividades tradicionais, como o cultivo de caju e castanha.
Além disso, outro desafio consiste em garantir que os trabalhadores envolvidos na operação e manutenção das usinas recebam treinamento adequado, remuneração justa e condições de trabalho seguras.
Assim, incluir as comunidades locais em funções técnicas e administrativas fortalece a economia regional e contribui para a sustentabilidade em usinas solares de forma ampla, envolvendo aspectos sociais, ambientais e econômicos.
Nesse sentido, as salvaguardas socioambientais oferecem uma oportunidade para consolidar um modelo de desenvolvimento mais equilibrado.
Portanto, a integração entre empresas, governos e comunidades permite instalar usinas solares de forma responsável, respeitando o território e as populações.
Isso mantém a biodiversidade, protege ecossistemas frágeis e fortalece a economia local, promovendo inclusão social e segurança ambiental.
Adesão voluntária e boas práticas
O Coletivo Nordeste Potência destaca, por conseguinte, que as empresas podem aderir voluntariamente às salvaguardas.
Essa adesão cria confiança e estabelece uma relação equilibrada entre setor privado e povos dos territórios.
Ademais, a experiência mostra que o desenvolvimento sustentável funciona melhor quando todos se comprometem com diálogo e transparência.
O documento reforça, ainda, a importância de alinhar o licenciamento ambiental com a avaliação dos efeitos acumulados de diferentes projetos em um mesmo território.
Dessa forma, isso previne impactos ambientais de longo prazo e garante que o crescimento da energia solar seja compatível com a preservação de ecossistemas estratégicos.
Avaliar os projetos de forma integrada e adotar boas práticas técnicas, sociais e ambientais tornam-se instrumentos essenciais para alcançar a verdadeira sustentabilidade.
Além disso, a participação de universidades, institutos de pesquisa e organizações não governamentais amplia a capacidade do setor de seguir padrões internacionais de sustentabilidade em usinas solares.
Esses atores fornecem estudos técnicos, mapeiam áreas de risco e propõem soluções inovadoras que aumentam a eficiência energética sem comprometer o meio ambiente ou as comunidades.
Historicamente, o Brasil buscou equilibrar crescimento econômico e preservação ambiental.
Assim, instalar usinas solares representa uma oportunidade de consolidar essa trajetória, oferecendo energia limpa e contribuindo para a transição energética global.
No entanto, sem políticas claras e medidas de mitigação, as usinas podem comprometer ecossistemas e comunidades locais.
Dessa forma, as diretrizes apresentadas pelo Coletivo Nordeste Potência garantem que a energia solar seja renovável, socialmente justa e ambientalmente responsável.
Benefícios da sustentabilidade para o futuro
Implementar medidas de sustentabilidade em usinas solares é, portanto, um passo estratégico para o país.
Ao promover práticas responsáveis, priorizar áreas degradadas e dialogar com comunidades, é possível transformar a energia solar em uma ferramenta de desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Assim, essa abordagem atemporal permite que o Brasil aproveite seu potencial solar sem repetir erros do passado, garantindo benefícios para todos os envolvidos.
A longo prazo, as salvaguardas socioambientais fortalecem a imagem do país no cenário internacional, mostrando compromisso com desenvolvimento sustentável e preservação de biomas.
Portanto, equilibrar produção de energia limpa, respeito às populações e proteção ambiental consolida a liderança do Brasil no setor solar e garante distribuição justa dos benefícios da energia renovável.
Em resumo, o lançamento das salvaguardas para usinas solares marca um avanço na construção de um modelo de expansão energética responsável.
Com mais de 40 diretrizes que orientam governos, empresas e comunidades, o documento reforça a necessidade de conciliar crescimento econômico, proteção ambiental e inclusão social.
Assim, a sustentabilidade em usinas solares torna-se um pilar essencial para o desenvolvimento do Brasil e para a construção de um futuro equilibrado, justo e seguro para todos.