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CONIBEN 2025 aponta o crescimento de investimentos em energia sustentável

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 05/09/2025 às 07:31
Parque de energia renovável com painéis solares e turbinas eólicas sob céu azul com nuvens ao meio-dia.
Painéis solares e turbinas eólicas funcionando em conjunto em um parque de energia sustentável sob céu parcialmente nublado.
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Descubra como o crescimento de investimentos em energia sustentável transforma mercados, impulsiona inovação e fortalece a transição energética global de forma estratégica.

O cenário energético global passa por uma transformação sem precedentes, principalmente porque o crescimento de investimentos em energia sustentável se intensifica ano após ano.

Além disso, governos, empresas e investidores direcionaram recursos significativos para fontes limpas, como energia solar, energia eólica, energia hídrica e biocombustíveis. Isso evidencia que a transição energética deixou de ser apenas uma necessidade ambiental e se tornou uma estratégia econômica e tecnológica.

Historicamente, a matriz energética mundial dependia fortemente de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural; entretanto, durante grande parte do século XX, esses recursos sustentaram o crescimento industrial e aumentaram a disponibilidade de energia.

No entanto, eles também causaram impactos ambientais consideráveis, como poluição atmosférica e aumento das emissões de gases de efeito estufa. Por isso, no início do século XXI, a sociedade passou a reconhecer a necessidade de alternativas mais limpas e seguras.

Consequentemente, surgiram políticas de incentivo à energia renovável, programas de financiamento internacional e tecnologias capazes de tornar a produção sustentável viável em larga escala.

Transformação global do setor energético

O crescimento de investimentos em energia sustentável tem se intensificado continuamente. Segundo dados da BloombergNEF, os gastos globais com energia limpa devem alcançar, em 2025, cerca de US$ 2,2 trilhões, quase o dobro do destinado a combustíveis fósseis.

Além disso, esse movimento não se restringe a um único setor ou região; ele reflete uma tendência global de diversificação da matriz energética e de fortalecimento de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).

De fato, projetos de energia solar, energia eólica, armazenamento de energia e nuclear concentram grande parte desse investimento. Isso consolida mercados que, até pouco tempo atrás, eram considerados emergentes ou experimentais.

Além disso, a expansão da energia sustentável traz benefícios sociais importantes. Por exemplo, regiões que investem em energias limpas observam crescimento em geração de empregos, capacitação técnica e desenvolvimento local.

A instalação de parques solares e eólicos cria oportunidades para comunidades próximas e, ao mesmo tempo, incentiva pesquisas em inovação tecnológica e otimização de processos.

Portanto, esse efeito multiplicador reforça o caráter estratégico do crescimento de investimentos em energia sustentável, mostrando que ele não se limita a grandes capitais. Ele impacta diretamente a vida das pessoas e das cidades.

CONIBEN 2025: debates e oportunidades

Nesse contexto, a Conferência Ibero-Brasileira de Energia (CONIBEN 2025), que ocorrerá em Lisboa nos dias 27 e 28 de novembro, surge como um espaço essencial para debater o futuro do setor.

Com o tema “Convergência energética: estratégias para mitigação e compensação”, o evento reunirá especialistas, líderes empresariais e representantes governamentais para discutir estratégias de desenvolvimento sustentável, práticas inovadoras e oportunidades de investimento.

Além disso, a conferência destaca a importância de observar tendências globais, como a integração de tecnologias digitais na gestão de energia, a descarbonização de processos industriais e o papel crescente de data centers no consumo energético.

Consequentemente, o crescimento de investimentos em energia sustentável depende da combinação de fatores econômicos, sociais e ambientais. Todos convergem para reduzir a dependência de fontes fósseis e limitar os impactos da crise climática.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou que a concentração de gases de efeito estufa atingiu níveis recordes em 2024, tornando a última década a mais quente da história.

Por isso, eventos climáticos extremos, como secas, enchentes e ondas de calor, reforçam a urgência de adotar energia renovável e práticas sustentáveis em escala global.

Além disso, a inovação tecnológica desempenha papel fundamental nesse processo. Por exemplo, novos sistemas de armazenamento, redes inteligentes e plataformas digitais tornam os projetos mais eficientes.

Eles permitem que fontes intermitentes, como solar e eólica, integrem-se com maior confiabilidade e segurança. Dessa forma, essa convergência entre investimento e tecnologia potencializa o crescimento de investimentos em energia sustentável, tornando-o mais robusto e resiliente.

O Brasil e a liderança em energia limpa

O Brasil é um exemplo emblemático desse movimento, e por isso mantém uma matriz elétrica altamente renovável, com cerca de 88% de sua eletricidade proveniente de fontes limpas.

Além disso, a energia solar e a energia eólica respondem por quase um quarto da geração nacional, e iniciativas como a Estratégia Nacional de Mitigação (ENM) comprovam o compromisso do país com a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Metas ambiciosas, como reduzir 48% das emissões líquidas até 2030 e atingir a neutralidade de carbono até 2050, colocam o Brasil em posição de destaque no cenário internacional. Isso evidencia a importância do crescimento de investimentos em energia sustentável não apenas para o mercado interno, mas também para sua projeção global.

No entanto, globalmente ainda existe um desequilíbrio no fluxo de investimentos. Mais de 90% dos recursos destinados a energia limpa concentram-se em economias avançadas e na China, enquanto mercados emergentes, que responderão por 80% da demanda futura de energia, ainda recebem aportes limitados.

Portanto, é essencial ampliar políticas de incentivo, linhas de financiamento e parcerias internacionais. Isso garante que o crescimento de investimentos em energia sustentável atenda a todos os países.

Além disso, a expansão da energia limpa no Brasil fortalece a economia verde. Setores como construção de parques eólicos, manutenção de painéis solares e fabricação de componentes tecnológicos geram empregos qualificados.

Eles também fomentam novas áreas de pesquisa e desenvolvimento, atraindo investidores internacionais interessados em mercados promissores e estáveis.

Europa e a Península Ibérica como exemplos

Na Europa, a Península Ibérica demonstra resultados concretos dessa transição. Portugal e Espanha aumentaram significativamente sua capacidade de energia renovável, com destaque para a energia eólica.

Além disso, a Espanha projeta alcançar 220 GW de energia renovável até 2029, enquanto Portugal investe em integração de redes, armazenamento e inovação tecnológica, garantindo eficiência e segurança energética.

Consequentemente, ambos os países mostram que políticas públicas consistentes, alinhadas com objetivos de sustentabilidade, são essenciais para consolidar o crescimento de investimentos em energia sustentável e fortalecer o setor a longo prazo.

Além disso, o mercado de energia observa crescimento recorde nos investimentos em energia solar, com previsão de US$ 450 bilhões em 2025. Em seguida, vem o armazenamento de baterias, com gastos estimados em US$ 66 bilhões, e a energia nuclear, que deve receber US$ 75 bilhões, um aumento de 50% em relação a anos anteriores.

Desafios e oportunidades na transição energética

Apesar desse ritmo acelerado, investimentos em redes elétricas ainda não acompanham a expansão da geração e da eletrificação. Isso representa um desafio crítico para garantir a segurança do sistema elétrico até 2030.

Por outro lado, a CONIBEN 2025 oferece uma oportunidade singular para analisar esse cenário de crescimento de investimentos em energia sustentável, identificar tendências, discutir desafios e fomentar negócios.

O evento contará com 33 palestrantes, 11 moderadores e 11 painéis, abordando desde apagões no Brasil e na Península Ibérica, restrições à geração renovável (curtailment), descarbonização da economia, projetos de biocombustíveis, leilões de capacidade, até o impacto de data centers e inteligência artificial no consumo de energia.

Além disso, a relevância do crescimento de investimentos em energia sustentável vai além do aspecto econômico. Ele protege o meio ambiente, reduz as emissões de gases de efeito estufa e mitiga os impactos da crise climática.

Além disso, gera oportunidades estratégicas para empresas, governos e investidores, consolidando mercados, criando empregos e incentivando a inovação tecnológica.

Um futuro promissor para a energia limpa

Em 2025, a produção de energia solar e energia eólica deve ultrapassar 6.000 TWh, atendendo a mais de 90% do aumento da demanda elétrica global.

Por isso, a participação do carvão cairá para seu nível mais baixo em um século, enquanto fontes renováveis assumem posição central na matriz energética mundial.

Dessa forma, esse movimento histórico evidencia que o crescimento de investimentos em energia sustentável é inevitável, estratégico e cada vez mais necessário para garantir um futuro equilibrado, seguro e próspero para todas as nações.

Em suma, a CONIBEN 2025 reforça a importância de discutir e promover o crescimento de investimentos em energia sustentável, alinhando políticas públicas, inovação tecnológica e práticas empresariais responsáveis.

Para governos, empresas e investidores, o recado é claro: apostar em energia limpa, inovação e sustentabilidade não representa apenas uma responsabilidade ambiental, mas também uma oportunidade estratégica de crescimento, competitividade e liderança em um mercado que se consolida como essencial para o desenvolvimento sustentável global.

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Brasil LIDERA investimentos estrangeiros em ENERGIAS RENOVÁVEIS | Jornalismo TV Cultura

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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