O sindicato dos Correios está revoltado com o anúncio de 3.468 vagas no concurso dos Correios, alegando que o número é insuficiente para cobrir o enorme déficit de funcionários. Confira os detalhes da polêmica
Após mais de uma década de espera, os Correios finalmente anunciaram a realização de um novo concurso público, com a definição do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) como banca organizadora. O certame prevê a oferta de 3.468 vagas, sendo 3.099 destinadas a cargos de nível médio e 369 para cargos de nível superior, com salários que podem chegar a até R$ 6,8 mil. Leia todas as informações do concurso aqui.
Apesar da importância do anúncio, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT) expressou insatisfação com o número de vagas ofertadas. Segundo o sindicato, o total de posições não é suficiente para cobrir o grande déficit de mão de obra que a empresa enfrenta, acumulado ao longo de 13 anos sem a realização de concursos públicos.
Desconfiança entre os trabalhadores
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (12), a FINDECT criticou ainda a demora para que o certame fosse finalmente anunciado. Durante esse período, os trabalhadores dos Correios lidaram com uma sobrecarga de trabalho, resultante da falta de reposição de funcionários, o que levou à precarização das condições laborais e à desconfiança crescente em relação aos compromissos da empresa.
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A promessa de novas contratações foi uma das pautas centrais do Acordo Coletivo de Trabalho de 2023. No entanto, a divulgação tardia da banca organizadora e o número de vagas disponibilizadas deixaram a categoria em alerta. Para os trabalhadores, o cenário gera incertezas sobre a real efetivação das contratações prometidas para dezembro de 2024.
FINDECT alerta para a necessidade de recomposição do quadro
Os Correios enfrentam um déficit significativo de funcionários desde o último concurso, realizado em 2011. O sindicato alerta que a quantidade de vagas anunciada não será suficiente para cobrir essa defasagem, o que pode prejudicar ainda mais a qualidade dos serviços prestados à população, além de sobrecarregar os trabalhadores que permanecem na ativa.
A FINDECT reforça que a recomposição do quadro de funcionários é essencial não só para melhorar as condições de trabalho, mas também para garantir a eficiência operacional da empresa. Com a retirada dos Correios da lista de privatizações pelo atual governo, a expectativa é de que a empresa invista em soluções de longo prazo para fortalecer seus serviços e atender às demandas da sociedade.
No entanto, a categoria segue cautelosa. O histórico de promessas não cumpridas e as inconsistências nas negociações do acordo coletivo de 2023 reforçam o sentimento de desconfiança entre os trabalhadores. A FINDECT e os sindicatos filiados permanecem vigilantes, cobrando que a empresa cumpra seus compromissos e amplie o número de vagas para garantir um quadro funcional adequado.
A luta por um concurso público robusto, que atenda às reais necessidades da empresa e de seus trabalhadores, continua sendo uma das principais bandeiras do sindicato.
O que faz os funcionários dos Correios?
Os funcionários dos Correios são responsáveis pela coleta, triagem, transporte e entrega de correspondências e encomendas, conectando pessoas e empresas em todas as regiões.
Além disso, realizam tarefas administrativas, como o atendimento ao cliente em agências, processando pagamentos e fornecendo informações sobre os serviços disponíveis, demonstrando uma dedicação que vai além do simples ato de entrega.