Conheça a argamassa polimérica, a tecnologia desenvolvida no Brasil que solucionou desafios crônicos de eficiência e sustentabilidade em canteiros de obras na Europa e Ásia.
Uma inovação disruptiva da engenharia brasileira está transformando a construção civil em escala global. Trata-se da argamassa polimérica, uma tecnologia que oferece uma solução definitiva para problemas persistentes de desperdício, baixa produtividade e alto consumo de recursos que afligem o setor há décadas. Desenvolvida pelo FCC Group, este projeto brasileiro, materializado na Massa DunDun, não é apenas uma melhoria, mas uma verdadeira virada de jogo, redefinindo padrões de eficiência, custo e sustentabilidade.
As ineficiências da argamassa tradicional na construção civil
A argamassa cimentícia convencional sempre foi um pilar da construção. No entanto, ela carrega ineficiências crônicas. O desperdício de material durante o preparo e aplicação pode chegar a impressionantes 50%. Isso eleva os custos e gera um grande volume de resíduos.
A produtividade também é um ponto fraco. O processo de mistura de cimento, areia e água consome tempo e mão de obra. A aplicação é lenta e exige um longo período de cura, atrasando o cronograma das obras. Além disso, o elevado consumo de água para a mistura é uma desvantagem ambiental significativa.
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Esses problemas são ainda mais graves em contextos específicos. Na Europa, o clima frio e úmido compromete a cura da argamassa. Na Ásia, a escassez de água e a necessidade de construções rápidas tornam o método tradicional insustentável e ineficiente.
Como o projeto brasileiro de argamassa polimérica inovou o setor
A solução para esses desafios nasceu no Brasil. O FCC Group foi pioneiro ao desenvolver, ainda na década de 1980, uma argamassa não cimentícia. Este projeto brasileiro culminou na criação da Massa DunDun, um produto que ganhou força no mercado a partir de 2017, impulsionado pela normatização da ABNT.
A tecnologia por trás da argamassa polimérica é fundamentalmente diferente. Sua fórmula combina polímeros especiais, nanotecnologia e agregados minerais. O resultado é um material pronto para uso, que não precisa de adição de água no canteiro de obras.
Sua composição garante altíssima aderência, flexibilidade e impermeabilidade. Um dos seus maiores trunfos é a secagem rápida, que funciona de forma eficiente mesmo em climas desafiadores.
Vantagens comprovadas: Produtividade, economia e sustentabilidade
As vantagens da argamassa polimérica brasileira são expressivas quando comparadas ao método convencional.
- Produtividade: O uso da tecnologia pode aumentar a produtividade em até 300%. Uma equipe assenta até 2.500 tijolos por dia, contra 800 do método tradicional.
- Rendimento e Economia: Apenas 3 kg de Massa DunDun equivalem a 60 kg de argamassa convencional. Isso representa uma redução de 95% no consumo de material e uma economia final de até 35% por metro quadrado.
- Redução de Desperdício: As perdas de material são drasticamente reduzidas, caindo para no máximo 1%.
- Sustentabilidade: A solução consome até 21 vezes menos água e tem um potencial de aquecimento global 10 vezes inferior ao método tradicional.
A solução brasileira conquistando a Europa e a Ásia
O impacto desta inovação ultrapassou as fronteiras do Brasil. O FCC Group já exporta para mais de 20 países e é líder na fabricação de argamassa polimérica na América Latina. A credibilidade do produto é reforçada por certificações como a ABNT NBR 16.590 e a ISO 9001.
Na Europa, a secagem rápida da argamassa polimérica permite que as obras continuem mesmo em climas adversos, resolvendo um gargalo histórico de produtividade. Na Ásia, a drástica economia de água e a velocidade construtiva atendem perfeitamente às demandas de rápida urbanização e escassez hídrica.
Este projeto brasileiro oferece, assim, uma ferramenta prática e eficaz para resolver problemas reais enfrentados por engenheiros e construtores nos mercados mais exigentes do mundo.
O impacto duradouro do projeto brasileiro na construção global
A argamassa polimérica é mais do que um produto superior; ela é um símbolo da capacidade de inovação da engenharia nacional. Ao oferecer uma solução que é ao mesmo tempo mais econômica, mais rápida e mais sustentável, ela estabelece um novo paradigma para a construção civil.
O sucesso desta tecnologia demonstra que o Brasil pode ser um exportador de soluções de alto valor agregado, reconfigurando a percepção internacional sobre a engenharia do país. O legado deste projeto brasileiro é a prova de que a indústria nacional pode criar, desenvolver e liderar a transformação tecnológica em setores estratégicos, construindo um futuro mais eficiente e sustentável para todos.