Que tal dedicar um tempo extra para analisar com cuidado as estratégias de longo prazo, cujo retorno supera de longe o que os rentistas tanto almejam? Afinal, pode valer a pena investir nessa abordagem mais vantajosa.
O setor de ativos de risco será impactado quando a taxa Selic causar desconforto na comunidade de investidores conservadores, e isso resultará em uma alteração de atitude (mais uma vez). O ciclo se repete.
Lamentavelmente, muitos indivíduos irão realizar exatamente o que mencionei anteriormente. Ficarão para trás, buscando essa reabilitação do rentismo.
O que mais me questiono é: uma estratégia de aplicação financeira bem executada, com uma distribuição de recursos apropriada e com o investidor entendendo as flutuações do mercado, no longo prazo, não poderia gerar-lhe mais do que esse tal do “1% ao mês”? Será que isso é o melhor que podemos buscar?
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Impacto da rentabilidade nos investimentos
O que quero dizer é: contanto que haja algo em torno de 1% ao mês, mesmo bruto, em ativos de renda fixa mais simples, como os bancários e o Tesouro Selic, o fluxo para outros mercados será limitado. Pode haver alguma movimentação, mas será discreta em comparação com os saques, disso não há dúvida.
Os investidores locais só tomarão ação quando suas carteiras começarem a apresentar declínio nesta taxa de retorno. Isso pode ocorrer em breve, já que a inflação está declinando rapidamente e em breve haverá uma nova equipe no Banco Central que parece mais inclinada a adotar uma política monetária mais flexível, ou seja, mais “dovish”.
No entanto, esse pêndulo? Lamento, ele não opera adequadamente.
É provável que você se desfaça de seus ativos de risco quando estiverem mais desvalorizados e os recompre quando estiverem mais caros. Além disso, é importante considerar que a renda fixa também está sujeita a variações de preço e, em busca de ganhos com juros, às vezes você pode negligenciar esse aspecto e não levar em conta, por exemplo, o nível de spread de crédito antes de escolher o título que deseja.
É essencial estar atento a todos os aspectos financeiros ao tomar decisões de investimento para evitar prejuízos desnecessários.
Era evidente que em caso de oportunidade inicial haveria uma reversão. Fui demasiado ingênuo ao pensar que em algum momento isso não ocorreria. Não estou afirmando que, com taxas de juros mais elevadas, os investimentos de renda fixa não tenham se tornado mais atrativos.
Títulos públicos que oferecem 5% a mais que a inflação do período (IPCA), ativos isentos que conseguem restituir praticamente na íntegra a generosa taxa de juros que vemos na tela. Sim, eles se tornaram mais interessantes e talvez merecessem uma parcela maior de sua carteira de investimentos.
Lembro do período em que trabalhava como assessor e os juros estavam em torno de 7% ao ano. A maioria dos clientes que eu atendia, ao serem questionados sobre suas metas, sempre respondiam: “quero 1% ao mês, sem risco, garantido”. Parece que estamos todos viciados nesse retorno mensal nesse nível.
Parece que fomos privados desse “entorpecente” com os juros mais baixos. Sem muita preparação e orientação, fomos lançados em produtos mais complexos e na necessidade de aceitar maior oscilação para buscar maiores ganhos.
Transformações no Mercado de Investimentos no Brasil
Durante esse curto período, um grande número de cidadãos brasileiros adentrou no mercado de ações e procurou por corretoras a fim de diversificar seus portfólios de investimentos. Os grandes bancos sofreram perdas significativas em custódia, enquanto as plataformas digitais ganharam mais força.
Nos últimos dois anos, houve um retrocesso marcado por recordes de emissões de LCIs e LCAs, assim como resgates bilionários na indústria de fundos de investimento, principalmente em estratégias multimercado e de ações. Houve o desaparecimento de gestoras do mercado, ocorreram consolidações e uma grande parte dos brasileiros voltou a se “esconder” por trás do rentismo.
**A entrada em massa de brasileiros na Bolsa de Valores e as mudanças no mercado financeiro trouxeram desafios e oportunidades para investidores de todas as classes sociais.**
A crise de saúde causada pelo coronavírus e a necessidade de estímulos tiveram um impacto significativo nos mercados financeiros e nas taxas de juros. O Brasil experimentou a menor taxa de juros de sua história, mas esse cenário foi de curta duração.
A rápida desaceleração econômica devido aos lockdowns resultou em uma inflação significativa e aumentos nas taxas de juros em todo o mundo, inclusive em economias desenvolvidas como os Estados Unidos. O período de alta no mercado de ações foi transitório. **Esse movimento foi revertido para um processo inflacionário importante e aumentos nas taxas basais econômicas ao redor de todo mundo, incluindo economias desenvolvidas como a dos EUA.**
Morar de aluguel pode ser considerado um sinal de liberdade financeira e oportunidade de crescimento. As opções de investimento tradicionais oferecidas pelos bancos, muitas vezes aceitas sem questionamento, acabam dominando as finanças das famílias.
Se identifica com as informações acima? Não se preocupe, isso faz parte da cultura em que vivemos.
A partir de outubro de 2016, houve uma mudança significativa. Um processo de reformas importante resultou em uma redução nas taxas de juros, proporcionando um ambiente mais favorável para os consumidores.
Prezados leitores,
O Brasil está habituado a lidar com taxas de juros mais altas. Gerações cresceram em um ambiente onde a taxa Selic atingia dois dígitos, períodos de hiperinflação, mudanças de moeda e flutuações significativas na política monetária deixaram marcas profundas.
As opções de investimento mais populares incluem a poupança e o mercado imobiliário. A cultura de investimento que herdamos é caracterizada por uma visão simplista e pouco eficaz.
Fonte: InfoMoney