Nos bastidores de Brasília, o clima mudou. Com a pressão crescente de aliados e a ameaça de prejuízos comerciais, o governo Lula começou a reconsiderar uma decisão que desagradou consumidores e afetou sua popularidade: a polêmica taxa sobre compras internacionais de até 50 dólares.
O “tarifaço” anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros acendeu um alerta no Palácio do Planalto.
Segundo informações do Metrópoles, em meio à tensão com os Estados Unidos e ao desgaste interno provocado pela chamada “taxa das blusinhas”, lideranças do governo Lula passaram a sondar parlamentares do Centrão sobre a possibilidade de revogar a medida.
Dentro da base governista, há o reconhecimento de que a cobrança sobre compras internacionais de até 50 dólares — antes isentas — foi um erro político.
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A medida, dizem petistas, teve impacto direto na queda de popularidade do presidente.
O próprio Lula, segundo caciques do partido, nunca foi favorável à mudança, mas cedeu à pressão do então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para aprovar a taxação.
Aprovação no Congresso
A articulação, liderada por Lira, contou com apoio de empresários brasileiros do varejo físico.
Mesmo com a resistência inicial do governo, deputados da base acabaram votando a favor da medida para garantir a aprovação do projeto no Congresso.
Agora, com o risco de prejuízos nas exportações brasileiras para os Estados Unidos, a ideia de retomar a isenção para compras internacionais de até 50 dólares ganha força.
O gesto é visto como uma tentativa de reequilibrar a balança comercial e sinalizar boa vontade com a China — principal prejudicada pela medida e maior parceira econômica do Brasil.
O tema voltou aos holofotes após o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), ser desafiado publicamente pelo deputado Kim Kataguiri (União-SP) durante um podcast.
Kataguiri já protocolou um projeto para derrubar a taxa, mas, até o momento, Lindbergh ainda não assinou a proposta.
Nos bastidores, a pressão aumenta — e a revogação começa a ser vista como inevitável.