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Cometa 3I/ATLAS enlouquece a internet: buscas disparam após comportamento estranho de objeto mais antigo que o próprio Sistema Solar

Publicado em 29/10/2025 às 22:49
O Cometa 3I/ATLAS intriga astrônomos com comportamento estranho, análises do Telescópio James Webb e impacto nas buscas na internet sobre o Sistema Solar.
O Cometa 3I/ATLAS intriga astrônomos com comportamento estranho, análises do Telescópio James Webb e impacto nas buscas na internet sobre o Sistema Solar.
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O Cometa 3I/ATLAS, descoberto em julho de 2025, tem chamado atenção de cientistas e curiosos por apresentar composição química fora do padrão e idade estimada superior a sete bilhões de anos, o que o tornaria mais antigo que o próprio Sistema Solar.

O Cometa 3I/ATLAS foi detectado em 1º de julho de 2025 pelo telescópio ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System), localizado em Río Hurtado, no Chile. Trata-se do terceiro corpo extrassolar já identificado passando pela vizinhança da Terra, ou seja, um visitante que não se formou junto com o nosso Sistema Solar. Essa origem incomum explica o grande interesse científico e o aumento das buscas pelo termo “cometa” nas plataformas digitais.

De acordo com a Nasa, não há risco de colisão com a Terra, já que a aproximação máxima prevista é de 1,8 unidades astronômicas, o equivalente a cerca de 270 milhões de quilômetros. Mesmo assim, o comportamento inesperado e as características físicas do 3I/ATLAS estão intrigando pesquisadores e gerando enorme repercussão pública.

Comportamento incomum e velocidade impressionante

O que mais surpreendeu os astrônomos foi o comportamento químico atípico do 3I/ATLAS. Normalmente, os cometas possuem uma coma – a nuvem de gás e poeira que envolve o núcleo – dominada por vapor d’água e monóxido de carbono.

No entanto, neste caso, o dióxido de carbono (CO₂) predomina em concentrações inéditas, chegando a ser oito vezes mais abundante do que a água.

Além da composição, a velocidade de deslocamento também impressiona. O cometa viaja a mais de 210 mil km/h, tornando-se um desafio técnico para telescópios e equipamentos de rastreio.

Cientistas do mundo inteiro estão correndo contra o tempo para registrar dados espectroscópicos, antes que o objeto se afaste novamente para o espaço interestelar.

O que o Telescópio James Webb descobriu

Observações realizadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) revelaram detalhes inéditos sobre o 3I/ATLAS.

O núcleo sólido foi estimado entre 320 metros e 5,6 quilômetros de diâmetro, um intervalo que demonstra o quanto ainda há incertezas sobre sua estrutura interna.

O telescópio também detectou atividade de emissão de água (OH) a distâncias superiores a três unidades astronômicas do Sol, o que indica liberação de material volátil mesmo em regiões muito frias.

Esses resultados confirmam que o Cometa 3I/ATLAS tem composição distinta dos cometas conhecidos e reforçam a hipótese de origem em outro sistema estelar, formado sob condições químicas diferentes das do nosso.

A abundância de CO₂ pode revelar processos de formação planetária anteriores ao nascimento do Sol, o que transforma o objeto em uma verdadeira cápsula do tempo cósmica.

Um visitante mais velho que o Sistema Solar

Com base em simulações computacionais e modelos de evolução orbital, a equipe responsável pela descoberta estima que o 3I/ATLAS tenha mais de sete bilhões de anos, o que o torna mais antigo do que o próprio Sistema Solar, cuja idade é estimada em 4,6 bilhões de anos.

Essa diferença temporal indica que o cometa pode conter matéria preservada de uma geração estelar anterior, formada antes da nuvem de gás e poeira que deu origem ao Sol e aos planetas.

A possibilidade de analisar um corpo tão antigo desperta enorme interesse na comunidade científica, pois permite investigar a composição original da matéria interestelar e as condições químicas que precederam o surgimento de sistemas planetários.

A análise dos espectros coletados pelo JWST e por observatórios terrestres deve ajudar a identificar quais elementos se repetem ou divergem da química solar, ampliando a compreensão sobre a formação de mundos semelhantes à Terra.

Curiosidade e impacto nas redes

O comportamento inédito do Cometa 3I/ATLAS impulsionou uma explosão de buscas na internet e em redes sociais.

Segundo o Google Trends, as pesquisas pelo termo “cometa” aumentaram significativamente nos últimos três meses, coincidindo com a divulgação dos dados do JWST e das hipóteses sobre a idade do objeto.

A combinação entre ciência e mistério reacendeu o interesse público por astronomia e também deu margem a teorias especulativas sobre origem e propósito do cometa.

Embora os especialistas rejeitem qualquer interpretação fora do campo científico, o fenômeno demonstra o poder da curiosidade coletiva diante de eventos cósmicos raros, especialmente quando envolvem corpos vindos de outros sistemas estelares.

O Cometa 3I/ATLAS representa uma das descobertas astronômicas mais marcantes da década, reunindo dados sobre origem extrassolar, composição incomum e idade superior à do Sistema Solar.

Sua passagem próxima à Terra oferece uma oportunidade única para estudar os primeiros materiais formadores do universo e entender como sistemas planetários se estruturam ao longo do tempo.

Você acredita que descobertas como a do Cometa 3I/ATLAS podem mudar o modo como compreendemos a origem do nosso próprio Sistema Solar?

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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