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Com investimento de US$ 2 bilhões (R$ 10,6 bilhões) e 364 metros de comprimento, este megacruzeiro de luxo foi projetado para ser uma cidade flutuante com 20 andares, sete piscinas, parque aquático de 17 mil m² e suítes que rivalizam com coberturas de luxo: o maior e mais caro navio da história

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 28/10/2025 às 14:04
Com investimento de US$ 2 bilhões (R$ 10,6 bilhões) e 364 metros de comprimento, este megacruzeiro de luxo foi projetado para ser uma cidade flutuante com 20 andares, sete piscinas, parque aquático
Foto: Com investimento de US$ 2 bilhões (R$ 10,6 bilhões) e 364 metros de comprimento, este megacruzeiro de luxo foi projetado para ser uma cidade flutuante com 20 andares, sete piscinas, parque aquático
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Com 364 metros, 20 andares e investimento de US$ 2 bilhões, o Icon of the Seas é o navio mais caro e colossal já construído, uma verdadeira cidade flutuante com parques, suítes e tecnologia sem precedentes.

Em janeiro de 2024, o mundo assistiu à estreia do Icon of the Seas, o maior e mais caro navio de cruzeiro já construído. Fruto de um investimento estimado em US$ 2 bilhões, equivalente a mais de R$ 10 bilhões, o megaprojeto foi desenvolvido pela Royal Caribbean International e construído no lendário estaleiro Meyer Turku, na Finlândia, após sete anos de planejamento e engenharia de precisão. Com 364,75 metros de comprimento, 78 metros de altura e 20 andares habitáveis, o Icon redefine o conceito de “cidade flutuante”. Sua tonelagem bruta ultrapassa 250 mil toneladas, e a estrutura colossal comporta até 7.600 pessoas entre passageiros e tripulantes — um número comparável à população de pequenas cidades do interior brasileiro.

Cada detalhe do navio foi projetado para impactar. Das gigantescas janelas panorâmicas aos sete bairros temáticos internos, o Icon of the Seas marca uma nova era da indústria naval, combinando luxo, tecnologia e sustentabilidade em escala inédita.

A engenharia por trás do maior navio de cruzeiro do mundo

O Icon of the Seas foi o primeiro navio da Royal Caribbean a adotar motores híbridos multifuel Wärtsilä, capazes de operar com gás natural liquefeito (GNL), o combustível mais limpo disponível na navegação comercial ou com óleo marítimo tradicional. O sistema é complementado por células de combustível e baterias de alta densidade, permitindo uma economia de até 30% no consumo energético em comparação à geração anterior da frota.

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Os dois motores principais, combinados com os quatro auxiliares, geram mais de 80 megawatts de potência total, energia suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes. Essa potência é distribuída por uma rede elétrica interna inteligente, controlada por softwares que ajustam automaticamente o consumo conforme o nível de demanda das áreas de lazer, cabines e sistemas de propulsão.

O navio conta ainda com sistemas de dessalinização, tratamento de efluentes e reciclagem de resíduos, seguindo rigorosos padrões ambientais da Organização Marítima Internacional (IMO). Mesmo com seu porte monumental, o Icon emite menos CO₂ por passageiro do que um voo comercial de longa distância.

Um resort completo sobre o oceano

O design do Icon of the Seas foi inspirado nos grandes resorts de Dubai e Mônaco. São oito bairros temáticos distribuídos ao longo de seus decks, cada um com atrações exclusivas:

  • Thrill Island abriga o maior parque aquático já construído em um navio, com seis toboáguas de múltiplos andares, quedas de 14 metros e uma área total de 17 mil metros quadrados;
  • Chill Island oferece uma sequência de piscinas panorâmicas com bordas infinitas e vista direta para o oceano Atlântico;
  • Surfside é dedicado a famílias, com brinquedos aquáticos, carrosséis e mini clubes;
  • AquaDome, localizado no topo da embarcação, combina restaurante, teatro e cascata interna de 17 metros de altura — uma verdadeira obra de arte da engenharia naval.

Há ainda um simulador de surf com ondas artificiais, paredes de escalada, quadras esportivas, academia high-tech e uma pista de gelo, consolidando o navio como o mais completo espaço de entretenimento já feito sobre a água.

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Luxo em cada centímetro: suítes que valem uma fortuna

O Icon também se destaca pelo nível de luxo reservado aos hóspedes mais exclusivos. A Ultimate Family Townhouse, a suíte mais cara e disputada do navio, ocupa três andares e inclui um escorregador interno, cinema particular, piscina privativa e varanda panorâmica de vidro voltada para o mar.

O preço de uma semana nessa acomodação ultrapassa US$ 100 mil (R$ 530 mil), tornando-se uma das experiências de hospedagem mais caras já comercializadas pela indústria do turismo. Outras suítes temáticas reproduzem o estilo dos hotéis mais sofisticados de Miami e do Caribe, com automação completa, climatização individual e design assinado por estúdios europeus.

No total, o Icon of the Seas possui 2.805 cabines, 7 piscinas, 9 jacuzzis, 40 restaurantes e bares, e uma tripulação multinacional de mais de 2.300 profissionais, incluindo chefs premiados, mergulhadores, artistas e engenheiros especializados em sistemas de bordo.

Um projeto que redefiniu a economia dos cruzeiros

A construção do Icon foi um marco industrial e econômico. O projeto gerou 7.000 empregos diretos nos estaleiros e mais de 20.000 indiretos na cadeia de suprimentos europeia, com impacto estimado de € 800 milhões apenas na economia finlandesa.

Segundo o Cruise Lines International Association (CLIA), o custo médio de um navio da classe Oasis era de US$ 1,4 bilhão. O Icon ultrapassou essa marca com folga, tornando-se o navio mais caro por unidade já construído na história.

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Além disso, a Royal Caribbean encomendou outros dois navios da mesma classe, o Star of the Seas (em construção) e o Freedom of the Seas II, projetado para 2027. O investimento total da companhia nessa nova frota ultrapassa US$ 5 bilhões.

O impacto é tão grande que os estaleiros Meyer Turku e Fincantieri precisaram adaptar suas linhas de produção e logística para suportar estruturas desse porte — comparáveis a arranha-céus horizontais flutuantes.

A “guerra dos cruzeiros” bilionários

O lançamento do Icon of the Seas acendeu uma disputa inédita na indústria naval. A rival MSC Cruises trabalha em modelos de mais de 340 metros de comprimento, com foco em design sustentável e automação de bordo.

Já a Norwegian Cruise Line e a Carnival Corporation anunciaram novos protótipos de embarcações avaliadas em US$ 1,1 bilhão cada, apostando em experiências digitais e energia limpa.

Esse fenômeno ficou conhecido como a “guerra dos megacruzeiros”, um movimento que transformou o setor em um dos mais lucrativos da economia global do turismo. Estima-se que, até 2030, o mercado de navios-resorts movimente mais de US$ 150 bilhões por ano.

Um símbolo de poder, luxo e engenharia

Mais do que um simples navio, o Icon of the Seas é uma afirmação de poder tecnológico e econômico. Ele representa a convergência entre engenharia, turismo e inovação sustentável em um nível que o mundo nunca havia testemunhado.

Sua estreia em 2024 consolidou o retorno dos grandes cruzeiros após a pandemia, reposicionando o setor como um dos mais dinâmicos do planeta.

O navio é descrito por especialistas como uma “obra de arte flutuante”, resultado da soma de 15 mil toneladas de aço, 250 quilômetros de cabos elétricos, 35 mil m² de vidros e mais de 20 milhões de horas de trabalho humano.

Com ele, a Royal Caribbean não apenas elevou o padrão de luxo marítimo — mas também redefiniu o que é possível construir sobre o oceano.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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