Com 12,4 km de extensão sobre o mar, a Ponte Salvador-Itaparica será a maior da América Latina e reduzirá em 40% o tempo de viagem entre Salvador e Itaparica, além de atrair investimentos chineses bilionários
A Bahia se prepara para receber a Ponte Salvador-Itaparica, um dos maiores empreendimentos da história do país, segundo InfoMoney.
Com 12,4 km de extensão sobre lâmina d’água, será a maior ponte da América Latina e uma das mais longas do mundo.
O investimento chega a R$ 11 bilhões. As obras devem começar em junho de 2026, após a conclusão do projeto executivo e da plataforma provisória em 2025.
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A construção ficará a cargo de um consórcio liderado pelas gigantes chinesas CCECC e CCCC, dois dos maiores grupos globais de infraestrutura.
Dimensão global: ponte comparável às maiores do mundo
A ponte foi projetada em três trechos:
- Itaparica: 4,6 km
- Salvador: 6,9 km
- Trecho estaiado: 900 metros, com 85 metros de altura, equivalente a um prédio de 28 andares, permitindo a passagem de navios transatlânticos, petroleiros e até plataformas.
Em termos de tamanho, ficará próxima à Ponte Vasco da Gama (Portugal, 12,3 km) e atrás apenas de estruturas como a Ponte Incheon, na Coreia do Sul (21,3 km).
Além disso, terá pistas duplas nos dois sentidos, três faixas de rolamento e iluminação cênica, mudando de vez a logística e o turismo da região.
Mais que uma ponte: novas rodovias e túneis na Bahia
O projeto não se limita à ponte. Ele inclui obras viárias complementares:
- Em Salvador, serão 4 km de novas vias, viadutos e dois túneis paralelos à Via Expressa.
- Em Itaparica, uma via expressa de 22 km até Cacha Pregos e a duplicação de 8 km da BA-001 até a Ponte do Funil.
Essas intervenções devem reduzir em 250 km a distância entre Salvador e o Recôncavo e encurtar em 40% o tempo de viagem para o Sul da Bahia.
Impactos econômicos e sociais: empregos, turismo e logística
De acordo com a concessionária, a ponte beneficiará 10 milhões de pessoas em 250 municípios.
A expectativa é de 7 mil vagas de emprego durante a obra, priorizando trabalhadores locais.
Na etapa de sondagem, já foram contratadas 17 empresas baianas, responsáveis por 300 empregos diretos e indiretos.
Além do impacto econômico, a ponte deve impulsionar o turismo, facilitar o transporte de cargas e abrir um novo corredor de acesso às BR-101, BR-116 e BR-242.
Entre polêmicas e avanços: obra sai do papel
Apesar da grandiosidade, o projeto enfrentou anos de debates.
O contrato só foi assinado após mediação do TCE-BA, que aprovou um acordo entre o governo e a concessionária.
O Senado também liberou um aporte bilionário em garantias para assegurar a execução da obra.
O processo preparatório incluiu estudos de batimetria, geofísica, arqueologia, tráfego e impacto cultural, além de pesquisas ambientais e com comunidades tradicionais.
Em março de 2025, foi concluída a etapa de sondagem na Baía de Todos os Santos, com investimento de R$ 200 milhões.
E você, acredita que a maior ponte da América Latina será um divisor de águas para o desenvolvimento da Bahia ou trará mais desafios do que soluções?