Retro Biosciences anuncia início de testes clínicos na Austrália com pílula inovadora RTR242, prometendo revolucionar tratamentos do Alzheimer e longevidade humana
A Retro Biosciences se prepara para um passo decisivo. Até o fim de 2025, a startup deve iniciar seu primeiro teste clínico em humanos com a pílula experimental RTR242. O objetivo é enfrentar os efeitos do Alzheimer de forma inédita.
O estudo começará na Austrália, onde o primeiro paciente receberá a dosagem inicial. O anúncio marca uma nova etapa para a empresa fundada em 2021, que teve aporte de US$ 180 milhões de Sam Altman, também conhecido por liderar o ChatGPT.
Como funciona a proposta
O foco do medicamento está em restaurar a autofagia, mecanismo celular de reciclagem que perde eficiência com o envelhecimento.
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Quando falha, proteínas defeituosas se acumulam, aumentando os riscos de doenças neurodegenerativas.
A expectativa é que o tratamento ajude a limpar esse “lixo celular”, abrindo espaço para avanços contra males como Alzheimer e Parkinson.
Segundo o CEO Joe Betts-LaCroix, a proposta é ousada: não apenas retardar a idade biológica, mas tentar reverter parte dela.
“Queremos resetar a biologia para um estágio mais jovem”, declarou em entrevista ao Business Insider.
Outras pesquisas em andamento
A Retro não aposta apenas em uma frente. Dois outros projetos estão em desenvolvimento. O primeiro, chamado RTR890, busca criar novas células-tronco sanguíneas com potencial de tratar leucemia.
Já o RTR888 é voltado para doenças do sistema nervoso central e utiliza uma terapia derivada de células-tronco.
Essa estratégia diversificada posiciona a empresa em um mercado altamente competitivo.
Corrida bilionária da longevidade
Os investimentos no setor de longevidade não param de crescer porque grandes nomes acreditam no potencial dessa ciência.
A Retro pretende levantar US$ 1 bilhão em sua Série A. Sua principal concorrente, a Altos Labs, que tem apoio de Jeff Bezos, já acumulou mais de US$ 3 bilhões.
Em paralelo, a OpenAI, também liderada por Altman, firmou parceria com a Retro para criar a GPT-4b micro, uma inteligência artificial desenvolvida para biotecnologia.
A tecnologia aumentou em 50 vezes a expressão de marcadores de reprogramação celular, etapa considerada essencial para reverter o envelhecimento das células.
Betts-LaCroix resume o impacto: prolongar a vida saudável em dez anos seria algo histórico. Para ele, superar doenças cardíacas garantiria quatro anos extras, enquanto o câncer traria apenas três.
“Curar o câncer traria três anos extras de expectativa, e as doenças cardíacas, quatro. Dez anos seriam uma das maiores conquistas da saúde“, disse.
Bilionários na busca pela juventude
O interesse dos ultrarricos mostra a dimensão do setor. Nas últimas duas décadas, mais de R$ 27 bilhões foram investidos em pesquisas para tentar estender a vida até 150 anos.
Figuras como Peter Thiel, Marc Andreessen e o próprio Altman aparecem entre os que mais apostam nesse futuro. Além do retorno financeiro, muitos agem por convicção pessoal.
Vinod Khosla, fundador da Khosla Ventures, já declarou que seu desejo é ver pessoas de 70 anos com a vitalidade de quem tem 40.
Com informações de Exame.