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Com 365 mil m², 1.100 salas e 700 arquitetos envolvidos na construção, o Palácio do Parlamento da Romênia é o segundo maior edifício administrativo do mundo e o mais pesado já construído pela humanidade

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 18/10/2025 às 09:54
Parlamento da Romênia é o segundo maior edifício administrativo do mundo e o mais pesado já construído pela humanidade
Foto: Parlamento da Romênia é o segundo maior edifício administrativo do mundo e o mais pesado já construído pela humanidade
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Com 365 mil m² e 1.100 salas, o Palácio do Parlamento da Romênia é o segundo maior edifício administrativo do mundo e o mais pesado já construído.

Localizado no coração de Bucareste, o Palácio do Parlamento da Romênia é uma das construções mais monumentais já erguidas pelo homem, um verdadeiro colosso de concreto e mármore que domina a paisagem da capital romena. Segundo dados oficiais da UNESCO e do Guinness World Records, ele é o segundo maior edifício administrativo do mundo, atrás apenas do Pentágono, nos Estados Unidos, e o mais pesado já construído na história, com cerca de 4 bilhões de quilos.

Iniciado em 1984, durante o regime comunista de Nicolae Ceaușescu, o projeto foi concebido para ser o centro de poder político e símbolo máximo da “nova Romênia socialista”. Porém, a grandiosidade da obra ultrapassou todas as fronteiras do razoável: o edifício ocupa 365 mil metros quadrados de área útil, distribuídos em 1.100 salas, 12 andares e 8 níveis subterrâneos — incluindo um gigantesco abrigo nuclear que permanece funcional até hoje.

O império de concreto da era Ceaușescu

O Palácio foi idealizado em plena ditadura comunista, num período de crise econômica e racionamento extremo. Enquanto a população enfrentava escassez de alimentos e energia, Ceaușescu ordenava a demolição de um quinto da cidade velha de Bucareste, cerca de 40 mil construções, entre casas, igrejas e monumentos históricos — para abrir espaço para a nova “Casa do Povo”.

A construção começou em 25 de junho de 1984 e mobilizou cerca de 20 mil operários e 700 arquitetos, sob a liderança da arquiteta-chefe Anca Petrescu, que tinha apenas 28 anos na época.

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O ritmo era brutal: os trabalhos avançavam 24 horas por dia, em turnos de revezamento, e estima-se que mais de 3 mil trabalhadores tenham morrido em acidentes ou por exaustão durante o processo.

O custo total, embora nunca oficialmente divulgado, é estimado em US$ 4 bilhões, um valor colossal para os padrões da época — o que reforça sua fama como um dos empreendimentos mais megalomaníacos do século XX.

Uma arquitetura monumental e opulenta

O Palácio do Parlamento foi projetado em estilo neoclássico monumental, com forte inspiração em elementos do barroco e do renascimento francês.

A estrutura utiliza exclusivamente materiais romenos, numa tentativa de afirmar o orgulho nacional: são 1 milhão de metros cúbicos de mármore de Transilvânia, 3,5 mil toneladas de cristal, 700 mil toneladas de aço e bronze e 900 mil metros cúbicos de madeira nobre.

As dimensões internas são igualmente impressionantes. O Salão da União, com mais de 2.200 m², é decorado com lustres de cristal que pesam até 3 toneladas cada.

O Salão de Honra, usado para recepções diplomáticas, possui colunas de mármore com mais de 12 metros de altura. E o Salão do Parlamento, destinado a eventos oficiais, tem capacidade para 1.000 pessoas e cortinas de seda pesando mais de uma tonelada.

Mesmo após quase 40 anos, a obra ainda não está completamente finalizada — cerca de 30% do interior permanece inacabado, reflexo do fim abrupto do regime comunista com a queda e execução de Ceaușescu, em dezembro de 1989.

Do símbolo da ditadura ao ícone nacional

Após a revolução que derrubou Ceaușescu, o edifício foi inicialmente rejeitado por parte da população, que o via como símbolo de opressão. Mas, com o passar das décadas, o Palácio do Parlamento passou por um processo de ressignificação: hoje, abriga a Câmara dos Deputados e o Senado da Romênia, além de três museus, o Museu do Parlamento, o Museu de Arte Contemporânea da Romênia e o Museu Totalitarismo e Comunismo.

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O edifício se transformou também em uma das maiores atrações turísticas do país, recebendo mais de 500 mil visitantes por ano. É possível visitar cerca de 10% de sua área total, incluindo os principais salões, escadarias e galerias internas.

O restante é restrito, mas o passeio já é suficiente para revelar o esplendor e o peso simbólico de uma construção que resume o paradoxo entre poder e opressão.

Um dos edifícios mais caros e pesados da Terra

O Guinness World Records reconhece oficialmente o Palácio do Parlamento como o edifício administrativo mais pesado do mundo, com estrutura estimada em 4,1 bilhões de quilos. Seu volume total ultrapassa 2,55 milhões de m³, superando até mesmo a Grande Pirâmide de Gizé.

A manutenção anual custa cerca de US$ 6 milhões, e só o aquecimento consome energia equivalente à de uma cidade de 10 mil habitantes. Mesmo assim, ele segue em pleno funcionamento, sendo um dos raros legados do comunismo que se transformaram em ícones turísticos globais.

O legado de um colosso político e histórico

Hoje, o Palácio do Parlamento é um símbolo ambíguo: por um lado, representa os excessos de um regime autoritário que sacrificou seu povo em nome da grandiosidade; por outro, é um testemunho inestimável da capacidade humana de projetar e erguer estruturas colossais.

Seu perfil domina o horizonte de Bucareste e segue como lembrete permanente do passado, enquanto continua abrigando o futuro político do país.

Assim como o Istana Nurul Iman, do sultão de Brunei, o Palácio romeno é mais do que uma construção — é uma cidade vertical de poder, história e contradições, moldada em concreto, mármore e ambição.

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Nash Waelchi
Nash Waelchi
18/10/2025 10:09

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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