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Com 182 novos contratos em 2024, Brasil alcança recorde em blocos exploratórios de petróleo e gás, mas Margem Equatorial trava avanços

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 02/09/2025 às 07:39
O Brasil alcançou em 2024 um recorde histórico no número de blocos exploratórios de petróleo e gás sob contrato, segundo a ANP. Saiba os números, as bacias mais disputadas, as empresas líderes e os investimentos previstos. Fonte: Agência Brasil
O Brasil alcançou em 2024 um recorde histórico no número de blocos exploratórios de petróleo e gás sob contrato, segundo a ANP. Saiba os números, as bacias mais disputadas, as empresas líderes e os investimentos previstos. Fonte: Agência Brasil
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O Brasil alcançou em 2024 um recorde histórico no número de blocos exploratórios de petróleo e gás sob contrato, segundo a ANP. Saiba os números, as bacias mais disputadas, as empresas líderes e os investimentos previstos.

O setor de petróleo e gás no Brasil viveu um marco em 2024. Segundo relatório divulgado pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP), o país atingiu o maior número de blocos exploratórios sob contrato desde a criação da agência. Foram 420 blocos contratados, resultado direto de um ano movimentado em leilões e negociações.

Esse avanço foi possível graças ao desempenho do 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, que sozinho garantiu a assinatura de 181 novos contratos, e também ao 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção, responsável por mais um contrato. No total, 182 novos contratos foram firmados apenas em 2024, superando com folga o antigo recorde de 2018, quando o número não passou de 67.

Como funcionam os contratos de blocos exploratórios

Os contratos de exploração de petróleo e gás no Brasil são divididos em duas etapas: exploração e produção. Na primeira, as empresas realizam estudos técnicos nas áreas adquiridas para identificar se há reservatórios de petróleo ou gás natural.

Caso não haja descobertas, a companhia pode devolver a área para a ANP, que futuramente pode ofertá-la novamente. Mas, se houver reservas identificadas, as empresas avaliam se é viável explorar comercialmente. Entre 2016 e 2024, já foram registradas 54 Declarações de Comercialidade, momento em que a empresa confirma à ANP a viabilidade de iniciar a produção.

Blocos em terra e no mar: números e destaques

Do total de blocos exploratórios contratados em 2024, 278 estavam localizados em terra, enquanto 142 eram marítimos. Apesar do menor número, os blocos no mar representaram 60% da área total contratada, equivalente a cerca de 107 mil km². Isso se explica pelo tamanho médio maior dos blocos marítimos.

Entre as principais bacias marítimas, destacaram-se:

  • Bacia de Pelotas, com 44 blocos contratados;
  • Bacia de Santos, com 32 blocos, sendo a de maior área contratada no ambiente offshore.

Em terra, o protagonismo ficou com a Bacia Potiguar, responsável por 151 blocos, dos quais 104 foram firmados somente em 2024. Outras bacias em evidência foram as do Recôncavo da Bahia, de Sergipe-Alagoas e do Espírito Santo.

Empresas que lideram a exploração no Brasil

No ambiente marítimo, a Petrobras segue na liderança com 61 blocos em operação, seguida pela Shell, que controla 23, e pela Chevron, com 15. Já no cenário terrestre, quem ocupa a dianteira é a Elysian Petroleum, com 122 blocos sob contrato. A lista inclui ainda a Petro-Victory com 34 contratos e a Imetame, que mantém 23 blocos.

De acordo com a ANP, 92% dos blocos estavam ativos em 2024. Os demais enfrentaram entraves, em especial ligados ao licenciamento ambiental. A região da Margem Equatorial foi a mais impactada por esses atrasos.

Perspectivas de investimentos para os próximos anos

O relatório da ANP aponta que os investimentos na fase de exploração devem alcançar US$ 2,33 bilhões entre 2025 e 2028. Só em 2025 está previsto o aporte de US$ 1,55 bilhão, o que representa cerca de 67% do total estimado.

A maior parte desse valor será destinada aos blocos marítimos, que deverão receber 94% dos investimentos, aproximadamente US$ 2,20 bilhões. Os blocos terrestres, por sua vez, terão um volume menor, estimado em US$ 130 milhões, o equivalente a 6%.

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Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

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