Com uma população de 1.455.132.618 habitantes, o país mais populoso do mundo continua incentivando políticas para aumentar a taxa de natalidade e equilibrar os desafios demográficos futuros.
A Índia ultrapassou a China como o país mais populoso do mundo em 2023. Com 1.455.132.618 habitantes em outubro de 2024, o país agora representa 17,8% da população global. Mesmo assim, alguns estados do sul estão pedindo que as pessoas tenham mais filhos.
Nas últimas décadas, a população indiana cresceu exponencialmente. Entre 1975 e 2010, o número de habitantes dobrou, atingindo um bilhão no ano 2000. Essa explosão demográfica foi acompanhada por um rápido desenvolvimento econômico e social.
No entanto, a taxa de fertilidade caiu drasticamente no mesmo período. De 5,7 nascimentos por mulher em 1950, chegou ao nível atual de 2,0. Esse número, abaixo da “taxa de substituição” de 2,1 nascimentos por mulher, preocupa autoridades locais.
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Medidas e alerta no sul da Índia
Estados como Andhra Pradesh e Tamil Nadu lideram a discussão sobre taxas de natalidade. O ministro-chefe de Andhra Pradesh, N. Chandrababu Naidu, alertou sobre uma “bomba-relógio demográfica”. Segundo ele, a baixa taxa de fertilidade ameaça o equilíbrio econômico e social da região.
Em resposta, o estado abandonou sua política de dois filhos para eleições locais. Telangana, estado vizinho, pode seguir o exemplo em breve. Além disso, há discussões sobre incentivos financeiros para famílias maiores.
Especialistas apontam que cinco estados do sul da Índia, antes pioneiros no controle populacional, agora têm taxas de fertilidade abaixo de 1,6. Esse índice é similar ao de países europeus que enfrentam graves crises demográficas.
Impactos políticos e econômicos no país mais populoso do mundo
A baixa taxa de natalidade nos estados do sul levanta preocupações sobre representação política. Em 2026, a Índia realizará uma nova delimitação de assentos eleitorais. Esse processo aloca cadeiras no parlamento com base na população de cada estado.
Representantes das regiões economicamente prósperas temem perder assentos parlamentares. Srinivas Goli, professor de demografia, explicou que esses estados podem ser penalizados por suas políticas eficazes de controle populacional. Ele destaca que essas regiões contribuem significativamente para as receitas federais.
Além disso, mudanças na distribuição de receitas federais entre estados podem acentuar desigualdades regionais. A alocação atual favorece áreas mais populosas, muitas vezes menos desenvolvidas economicamente.
O dilema global do envelhecimento
A Índia não é o único país enfrentando desafios populacionais. Na Europa, a queda nas taxas de natalidade pressiona sistemas de bem-estar e finanças públicas. A União Europeia destacou o impacto de uma população envelhecida, com menos cidadãos em idade ativa.
Nos Estados Unidos, especialistas alertam sobre um “tsunami prateado”. Projeções indicam que, até 2035, o número de idosos superará o de crianças pela primeira vez.
O Japão enfrenta um problema semelhante. A taxa de natalidade continua em declínio, enquanto na Coreia do Norte, medidas severas contra o controle de natalidade foram relatadas. Já na África Subsaariana, o cenário é o oposto. A população deve dobrar até 2050, segundo estimativas da ONU.
Uma decisão crítica
A Índia caminha para um futuro de decisões demográficas complexas. Enquanto busca manter o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e bem-estar social, o desafio será lidar com as profundas mudanças populacionais. Com diferentes cenários ao redor do mundo, a resposta indiana será acompanhada de perto pela comunidade internacional.