Três navios-patrulha da classe ‘Island’, com histórico de atuação na Guarda Costeira dos Estados Unidos, foram oficialmente transferidos à Armada da Colômbia como parte de uma cooperação estratégica para fortalecer a vigilância e o combate ao narcotráfico na América Latina.
No dia 19 de maio de 2025, a Colômbia deu um passo importante no fortalecimento de sua defesa marítima com a incorporação de três navios-patrulha classe ‘Island’. As embarcações — USCGC Liberty (WPB-1334), USCGC Mustang (WPB-1310) e USCGC Naushon (WPB-1311) — foram oficialmente transferidas pelos Estados Unidos, em cerimônia realizada no porto de San Diego, Califórnia, por meio do programa Excess Defense Articles (EDA).
Essa iniciativa permite a doação de equipamentos militares desativados a países aliados, como parte do esforço norte-americano de fomentar a segurança regional. Com quase 40 anos de serviço prestado à Guarda Costeira dos EUA, os navios foram descomissionados recentemente e agora seguirão sua missão sob bandeira colombiana.
Navios com histórico operacional passam a servir à Armada Colombiana
Antes de sua chegada à Colômbia, as embarcações deixaram o Alasca no dia 14 de maio, navegando pela costa do Pacífico e cruzando o estreito de Seymour Narrows, na Colúmbia Britânica, até atracarem em San Diego para o ato formal de transferência.
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Construídos entre 1985 e 1992, os navios-patrulha classe ‘Island’ são embarcações de 110 pés de comprimento (33,5 metros), capazes de atingir velocidade superior a 29 nós e com autonomia de até cinco dias no mar.
Seu design foi pensado para atuar em missões de patrulha costeira, busca e salvamento, fiscalização pesqueira e combate ao narcotráfico.
Além dos Estados Unidos, embarcações dessa mesma classe já foram repassadas a aliados como Grécia, Ucrânia, Costa Rica e Paquistão, demonstrando a confiabilidade e versatilidade do modelo.
Objetivo colombiano é ampliar presença naval em áreas estratégicas
A chegada dos navios-patrulha classe ‘Island’ representa um reforço significativo à estrutura da Armada da Colômbia, especialmente em sua atuação nas áreas de vigilância marítima, interceptação de embarcações ilegais e proteção das águas territoriais.
A movimentação integra a estratégia colombiana de ampliar a presença naval em zonas de alto risco e interesse estratégico, sobretudo diante dos desafios persistentes relacionados ao tráfico de drogas e à pesca ilegal.
“A incorporação desses navios reforçará a capacidade da Armada da Colombiana em operações de vigilância marítima, combate ao tráfico de drogas e proteção de suas águas territoriais.”
Modernização e entrada em operação nas próximas semanas
Antes de serem oficialmente integrados às operações da marinha colombiana, os três navios passarão por atualizações técnicas e adaptações específicas, para atender aos requisitos operacionais locais. Os ajustes devem incluir melhorias em sistemas de comunicação, sensores e equipamentos de navegação.
A expectativa das autoridades navais é que os navios estejam aptos a operar nas próximas semanas, reforçando o controle costeiro em regiões sensíveis do país.
Cooperação militar fortalece laços entre Colômbia e Estados Unidos
A transferência das embarcações também simboliza o fortalecimento dos laços estratégicos entre a Colômbia e os Estados Unidos.
Essa parceria, consolidada por meio do programa EDA, representa mais do que um simples repasse de material bélico: trata-se de um esforço conjunto para promover estabilidade, segurança regional e integração entre forças armadas aliadas.
“A transferência também fortalece os laços estratégicos entre Colômbia e Estados Unidos, promovendo maior cooperação em segurança regional.”
Fonte: Poder Naval