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CMA CGM aponta queda na demanda do mercado portuário, diminuição de gargalos de logística e redução nos preços nas taxas de frete

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 31/08/2022 às 22:30
O setor portuário internacional assiste agora a uma queda forte nas taxas de frete de mercadorias, impulsionada pela diminuição na demanda do mercado portuário e menos problemas de logística, como aponta a companhia CMA CGM.
Fonte: Informativo dos Portos

O setor portuário internacional assiste agora a uma queda forte nas taxas de frete de mercadorias, impulsionada pela diminuição na demanda do mercado portuário e menos problemas de logística, como aponta a companhia CMA CGM.

A gigante do ramo de transportes marítimos CMA CGM está com projeções bastante otimistas para o mercado portuário quanto à movimentação de mercadorias no cenário internacional. Isso, pois os problemas de logística estão cada vez menores no ramo, assim como as taxas de fretes, que vêm reduzindo nas últimas semanas, acompanhando assim a demanda de operações de movimentação de cargas, que está cada vez menor.

Mercado portuário agora conta com taxas de frete ainda menores e menos problemas de logística na movimentação de mercadorias em todo o planeta, aponta CMA CGM

As últimas semanas vêm sendo essenciais para fortes mudanças nas relações internacionais de frete de mercadorias e a companhia de transporte marítimo CMA CGM comentou sobre o cenário atual.

Entre os principais pontos destacados pela empresa, a redução na demanda e as suas influências nas operações é a principal. Com a diminuição na busca pelas operações, o nível dos gargalos de logística nas atividades está cada vez mais frouxo.

Dessa forma, o mercado portuário assiste a uma diminuição nos problemas de comercialização de cargas, enquanto também é acompanhado de uma forte diminuição nas taxas de frete dos produtos. A queda na demanda também foi a principal impulsionadora dos baixos valores do frete em todo o mundo.

Assim, o CEO da companhia CMA CGM, Rodolphe Saade, comentou sobre o cenário atual e destacou que “O que estamos vendo agora há muitas semanas é uma diminuição das taxas de frete em quase todos os setores. Esperamos que essa queda continue. Não acho que veremos uma queda forte, mas sim um pouso suave”.

Além da companhia de transporte marítimo CMA CGM, a Organização Mundial do Comércio também reforçou as mudanças nas taxas de frete e na logística do mercado portuário global durante esta última semana.

A organização disse que os fluxos de comércio de mercadorias desaceleraram no último trimestre e provavelmente permanecerão fracos no segundo semestre. Esse cenário se dá principalmente em razão do afrouxamento das relações comerciais no início do ano, com a abertura do mercado global após o período inicial da pandemia.

Companhias de navios porta-contêineres podem ser prejudicadas pelo momento de baixa demanda no mercado portuário internacional

Embora a CMA CGM tenha apontado a redução nas taxas de frete como um cenário altamente positivo durante os próximos anos, não são todas as empresas que se beneficiarão do quadro atual da demanda portuária.

Isso, pois a abertura comercial e a queda nas taxas de frete pode levar ao fim de um período muito lucrativo para as empresas de navegação especializada em navios porta-contêineres, após dois anos de altas taxas e escassez de capacidade decorrentes da demanda reprimida dos consumidores durante a pandemia.

O CEO da companhia CMA CGM, Rodolphe Saade, disse que, embora hajam fortes melhoras quanto à logística do mercado portuário internacional, ainda existem alguns problemas na cadeia de suprimentos, citando um forte congestionamento persistente em lugares como EUA e Europa.

Saiba mais sobre a CMA CGM

A companhia CMA CGM é um grupo de serviços de transportes marítimos que, atualmente, atende mais de 420 portos ao redor do mundo em cinco continentes, sendo apoiada por uma frota de 545 navios, que no ano de 2020 transportou cerca de 21 milhões de TEU (twenty-foot equivalent units). Agora, a companhia busca a estabilidade do mercado portuário e realiza suas projeções sobre o futuro do ramo.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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