Citi aposta em stablecoins para acelerar pagamentos digitais
O Citi deu um passo decisivo rumo ao futuro dos pagamentos digitais e, portanto, fortalece sua presença na inovação financeira global. A instituição firmou parceria com a Coinbase para implementar transações com stablecoin on-chain, conectando, assim, o mundo bancário tradicional às redes de blockchain.
O objetivo é simplificar as transferências entre sistemas fiduciários e redes blockchain, garantindo liquidações mais rápidas, transparentes e eficientes. Segundo a Bloomberg, Debopama Sen, chefe de pagamentos do Citi, explicou que os clientes institucionais buscam soluções mais ágeis, programáveis e disponíveis 24 horas por dia, o que, por sua vez, impulsionou a criação dessa iniciativa.
Além disso, a executiva destacou que o Citi está desenvolvendo soluções de pagamento baseadas em stablecoins, as quais devem expandir a funcionalidade do ecossistema digital e melhorar a experiência corporativa. Assim, o banco aposta que essas moedas digitais terão papel central nos fluxos financeiros internacionais, permitindo liquidações mais rápidas e integradas.
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Mercado de stablecoins deve atingir US$ 4 trilhões até 2030
Em julho de 2025, o Citi revisou suas projeções para o mercado de dólares tokenizados e, com isso, reforçou sua estratégia de liderança global. O setor, avaliado hoje em US$ 315 bilhões, deve atingir US$ 4 trilhões até 2030, consolidando-se, portanto, como uma das maiores transformações financeiras da década.
Esse movimento reforça o posicionamento da instituição na vanguarda da adoção institucional de ativos digitais. Além disso, ele demonstra como o Citi se mantém entre as principais referências mundiais em inovação bancária.
GENIUS Act impulsiona a adesão de Wall Street às stablecoins
Com a aprovação do GENIUS Act nos Estados Unidos, que entrará em vigor em 2027, Wall Street acelerou sua entrada no universo das stablecoins. O Citigroup agora se une a JPMorgan e Bank of America, que também desenvolvem projetos semelhantes.
Até mesmo Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, conhecido por sua antiga resistência às criptomoedas, admitiu recentemente que o banco está investindo em iniciativas baseadas em stablecoins. Essa mudança demonstra uma nova postura no mercado financeiro global.
Confiança dos investidores em ativos digitais cresce rapidamente
Enquanto isso, a confiança dos investidores também cresce. A Circle, emissora do USDC, abriu capital no início de 2025. Suas ações subiram 167% no primeiro dia, alcançando avaliação de US$ 35 bilhões.
Esse salto demonstra o fortalecimento da confiança em ativos digitais regulados e lastreados em dólar. Ele representa um marco importante na consolidação das finanças descentralizadas sob supervisão institucional.
Coinbase expande papel como infraestrutura bancária global
A Coinbase, parceira tecnológica do Citi, tem papel essencial nessa transformação. A exchange oferece suporte a mais de 250 bancos e instituições financeiras em todo o mundo. Ela fornece infraestrutura para custódia, pagamentos, staking e negociação de derivativos.
De acordo com Brian Foster, chefe global de cripto-como-serviço da empresa, a Coinbase passou anos aprimorando sua estrutura. A meta é atender aos rigorosos padrões institucionais exigidos por bancos e fintechs.
Transações com stablecoin atingem recordes após aprovação do GENIUS Act
Desde que o GENIUS Act se tornou lei, o volume de transações com stablecoins cresceu exponencialmente. Segundo dados da Artemis, mais de US$ 10 bilhões foram movimentados em stablecoins em agosto de 2025. Esse valor representa um salto em relação aos US$ 6 bilhões registrados em fevereiro. É mais que o dobro do mesmo período de 2024.
No ritmo atual, os pagamentos anuais podem ultrapassar US$ 120 bilhões até o final do ano. Esse crescimento demonstra a rápida aceitação dos pagamentos digitais pelas empresas e instituições.
Empresas adotam stablecoins por velocidade, custo e transparência
Para o cientista de dados Andrew Van Aken, da Artemis, essa mudança ocorre pela migração de transferências internacionais lentas e caras para operações com blockchain. Essas operações se liquidam em minutos, garantindo mais eficiência e economia.
Segundo o especialista, há cinco razões principais para essa adoção crescente:
- Liquidações internacionais mais rápidas, reduzindo prazos de dias para minutos.
- Custos de transação mais baixos que os sistemas tradicionais, como wire ou SWIFT.
- Transparência e auditoria aprimoradas por meio da verificação on-chain.
- Integração fluida com contratos inteligentes e finanças programáveis.
- Gestão de liquidez otimizada, com acesso contínuo aos fundos.
Citi consolida sua posição na nova era das finanças digitais
Em síntese, o Citi aposta nas stablecoins como elemento central da nova era dos pagamentos globais. A instituição promove agilidade, transparência e interoperabilidade nas finanças.
Com o respaldo regulatório do GENIUS Act, o banco fortalece sua posição estratégica ao lado da Coinbase. Assim, consolida uma ponte sólida entre as finanças tradicionais e o ecossistema blockchain.



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