Três estrelas alinhadas formam o Cinturão de Órion, um dos padrões mais famosos do céu, repleto de mitos antigos e dados astronômicos surpreendentes
O céu noturno guarda figuras que intrigam a humanidade há milênios. Entre elas, poucas chamam tanta atenção quanto o Cinturão de Órion.
Visível em várias partes do mundo, ele é formado por três estrelas alinhadas que parecem cortar a constelação de Órion ao meio.
Além de seu brilho marcante, essas estrelas carregam histórias, mitos e dados astronômicos impressionantes.
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Três estrelas, milhares de vezes mais brilhantes que o Sol
As estrelas que compõem o Cinturão de Órion são Alnitak, Alnilam e Mintaka, posicionadas de leste a oeste.
Todas são supergigantes muito mais massivas que o Sol.
A aparência de proximidade entre elas é apenas ilusória.
Na verdade, cada uma está a uma distância diferente da Terra: Mintaka está a cerca de 690 anos-luz, Alnitak a 740 e Alnilam a aproximadamente 2.000 anos-luz.
Mesmo assim, elas formam um dos padrões mais reconhecíveis do céu.
Os nomes das três estrelas têm origem árabe e, segundo o astrônomo Jim Kaler, todas estão ligadas a expressões que remetem ao conceito de cinturão.
Sistemas estelares e profundidade no espaço
Nem todas essas estrelas são únicas.
Mintaka, por exemplo, é composta por cinco estrelas que formam um sistema estelar complexo.
Alnitak também é um sistema triplo, com as estrelas Alnitak Aa, Ab e B. Do ponto de vista da Terra, no entanto, tanto Mintaka quanto Alnitak aparecem como pontos de luz únicos e brilhantes no céu.
Já Alnilam é considerada uma estrela solitária — mas com tamanho e brilho extraordinários.
De acordo com Robert Massey, da Royal Astronomical Society do Reino Unido, as distâncias laterais entre essas estrelas chegam a dezenas de anos-luz.
A NASA oferece visualizações que ajudam a entender a “profundidade” dessa formação no espaço.
Um símbolo mitológico observado por civilizações antigas
O Cinturão de Órion vai além da ciência. Ele também está presente em lendas e crenças antigas. Diversas culturas ao redor do mundo observaram a constelação de Órion e atribuíam a ela formas humanas.
Na tradição indiana, por exemplo, a constelação era vista como um rei atingido por uma flecha, sendo o cinturão as estrelas dessa flecha.
Já na mitologia do Egito Antigo, essas três estrelas representavam o local de descanso da alma de Osíris, deus dos mortos.
As pirâmides e a teoria da ligação celeste
Uma das teorias mais comentadas no final do século XX é a que liga o Cinturão de Órion às pirâmides de Gizé. Segundo essa hipótese, os antigos egípcios teriam alinhado os monumentos com as três estrelas do cinturão há cerca de 4.500 anos.
No entanto, essa ideia não é unanimidade entre os pesquisadores, que divergem sobre como o céu aparecia naquela época.
Apesar disso, o fascínio pelo Cinturão de Órion permanece vivo — tanto pela sua beleza quanto pelos mistérios que ainda provoca na ciência e na cultura.