Mistério da taça do “Santo Graal” em Petra é desvendado, mas a identidade das 12 pessoas enterradas na tumba secreta ainda é desconhecida. Saiba o que foi revelado e os mistérios que persistem!
Recentemente, arqueólogos descobriram uma taça que foi apelidada de “Santo Graal” em uma tumba secreta na antiga cidade de Petra, na Jordânia. Essa descoberta surpreendente ocorreu durante escavações no famoso Al Khazneh, um dos principais pontos turísticos da região.
A revelação gerou grande interesse, especialmente por sua semelhança com o objeto fictício apresentado no filme “Indiana Jones e a Última Cruzada“. No filme de 1989, o Santo Graal é encontrado escondido nas profundezas do Templo Árabe do Sol. Contudo, a realidade é mais simples e intrigante do que a ficção.
A descoberta em Petra
A antiga cidade de Petra, que floresceu entre 7000 a.C. e 700 d.C., foi habitada pela civilização nabateia. Essa civilização, conhecida por suas habilidades de comércio e engenharia, localizou Petra em uma importante rota comercial que conectava o Egito, o Mediterrâneo e a Península Arábica.
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As escavações recentes em Al Khazneh revelaram não apenas a famosa taça, mas também 12 corpos enterrados junto a ela.
A taça do Santo Graal?
Embora a taça tenha sido chamada de “Santo Graal” em várias reportagens, especialistas alertam que essa designação pode ser enganosa.
“Uma das descobertas que mais chamou a atenção nas manchetes foi apelidada de ‘Santo Graal’ em muitos relatórios, sugerindo que o recipiente é semelhante à taça fictícia de Indiana Jones e a Última Cruzada, também descoberta em Khazneh“, disse a arqueóloga Claire Isabella Gilmour, da Universidade de Bristol
A arqueologia explica que, ao contrário da taça mágica do filme, o recipiente encontrado é um jarro comum, típico da cerâmica nabateia. “Na verdade, é um humilde jarro, não uma xícara que oferece a quem a bebe a vida eterna”, afirmou Gilmour.
A semelhança entre a taça encontrada e a representada no filme não é um acaso. A produtora Lucasfilm, que criou o cenário do filme, fez uma pesquisa detalhada sobre a cerâmica nabateia para desenvolver os adereços. “As semelhanças entre os vasos não são um caso de arte imitando a vida, mas o resultado de uma pesquisa meticulosa“, ressaltou Gilmour.
A cerâmica nabateia, conforme explicou Gilmour, é conhecida por sua finura e leveza, sendo geralmente utilizada para fins cerimoniais. Essa característica contrasta com as cerâmicas romanas, que eram mais grossas e robustas, facilitando o transporte.
As descobertas de cerâmica em Petra não são apenas interessantes, mas refletem a importância da cidade como um centro de comércio.
As tumbas de Al Khazneh
Durante as escavações, os arqueólogos também encontraram duas tumbas anteriormente desconhecidas, o que levou a estudos mais aprofundados.
Utilizando radar de penetração no solo, os pesquisadores indicaram que poderia haver mais tumbas sob Al Khazneh. A descoberta das 12 sepulturas, esculpidas na rocha, trouxe à tona uma série de objetos funerários variados, incluindo itens de cerâmica, bronze e ferro.
Josh Gates, apresentador do programa “Expedição Desconhecida“, destacou a importância do achado: “Este é talvez o túmulo mais significativo já encontrado em Petra e uma descoberta de proporções históricas.” No entanto, críticos apontaram que a cobertura da mídia poderia ter supervalorizado a relevância da taça.
Identidades desconhecidas
Apesar da empolgação em torno da taça e dos corpos encontrados, a identidade dos indivíduos enterrados permanece um mistério. Gilmour destaca que, embora a posição dos corpos e os sarcófagos sugiram um alto status social, pouco se sabe sobre a vida e as tradições dos nabateus. “Ainda não sabemos nada sobre as identidades dos enterrados“, disse ela.
É importante ressaltar que os corpos estavam em um estado de conservação notável, o que é raro em um local com tanta história de escavações e saques. Essa preservação pode proporcionar novas informações sobre a cultura nabateia e os rituais funerários.
As escavações em Petra não apenas revelaram um valioso pedaço de história, mas também ressaltaram a importância de estudos contínuos sobre civilizações antigas. A falta de documentação escrita pelos nabateus torna cada descoberta um passo crucial para entender melhor sua sociedade.
Gilmour afirma que a análise das novas descobertas está apenas começando. “Um dos mistérios duradouros é o verdadeiro propósito do Khazneh. Esses sepultamentos podem ajudar a responder a essa pergunta e, ao mesmo tempo, revisar nossa compreensão dessa cidade antiga e cosmopolita”, concluiu.
A descoberta da taça do “Santo Graal” e das tumbas em Petra é um exemplo fascinante de como a arqueologia pode lançar luz sobre o passado.
Embora a taça em si não ofereça vida eterna, as informações que podem ser extraídas desse local têm o potencial de enriquecer nosso entendimento sobre os nabateus e sua cultura.
A pesquisa arqueológica, com sua capacidade de desvelar segredos antigos, continua a ser uma janela para a compreensão das civilizações que moldaram a história da humanidade.