Cientistas da NASA e da ESA monitoram o cometa 3I/Atlas e acreditam que a nave Europa Clipper poderá atravessar sua cauda iônica entre 30 de outubro e 6 de novembro
Entre 30 de outubro e 6 de novembro, cientistas acreditam que a nave Europa Clipper, da NASA, poderá cruzar a cauda do cometa 3I/Atlas, um raro objeto interestelar — ou seja, vindo de fora do Sistema Solar.
O evento pode representar uma oportunidade única de observação científica, já que é incomum que uma sonda terrestre interaja tão de perto com partículas de um corpo cósmico desse tipo.
Um visitante de outro sistema estelar
O cometa 3I/Atlas foi identificado em 1º de julho pelo sistema de monitoramento ATLAS, instalado no Chile.
-
Novo robô da Embrapa com inteligência artificial revoluciona o diagnóstico de doenças no campo com 80% de acerto
-
Editar vídeos nunca foi tão fácil: ferramentas online e IA transformam qualquer criador em editor profissional em poucos minutos
-
Descoberta histórica na Bahia: arqueólogos encontram ossos de mais de 100 mil escravizados
-
Jamais ligue seu micro-ondas vazio: o erro silencioso que pode gerar faíscas, danos e prejuízo no bolso
Após a descoberta, cálculos de sua trajetória mostraram que ele segue um caminho hiperbólico, típico de objetos que se originam além dos limites do Sistema Solar.
A NASA informou que o cometa deve atingir o ponto mais próximo do Sol em 30 de outubro de 2025, o que permitirá observações mais detalhadas.
Telescópios espaciais, como o James Webb, já vêm monitorando o 3I/Atlas. Eles revelaram que sua coma — a nuvem de gás e poeira ao redor do núcleo — contém proporções incomuns de dióxido de carbono.
Essa composição o diferencia de cometas conhecidos, despertando o interesse tanto da NASA quanto da Agência Espacial Europeia (ESA), que também mobilizou esforços para acompanhar o fenômeno.
O possível cruzamento com a cauda iônica do 3I/Atlas
Pesquisadores europeus liderados por Samuel Grant, do Instituto Meteorológico da Finlândia, e Geraint Jones, da ESA, sugerem que a Europa Clipper pode atravessar a cauda iônica do cometa.
Essa cauda é formada por partículas carregadas que se estendem por milhões de quilômetros.
O grupo usou um software chamado “Talicatcher” para simular o comportamento dessas partículas sob o vento solar.
Os resultados apontam que o alinhamento entre o Sol, o cometa e a nave deve ocorrer justamente entre 30 de outubro e 6 de novembro.
Oportunidade científica sem precedentes
Embora o risco de danos à Europa Clipper seja mínimo, o potencial científico é enorme. Isso porque seria a primeira vez que uma nave terrestre coleta partículas vindas de um corpo de outro sistema estelar.
Segundo os pesquisadores, entender a composição dessas partículas pode revelar pistas sobre como planetas e estrelas se formam em outras regiões da galáxia.
Cometas como o 3I/Atlas funcionam como cápsulas do tempo cósmicas, preservando materiais primordiais.
Portanto, se o encontro realmente ocorrer, ele poderá marcar um dos momentos mais valiosos da exploração espacial recente — e aproximar a humanidade, ainda que brevemente, de outro sistema estelar.
Com informações de Correio Braziliense.



-
-
-
-
-
12 pessoas reagiram a isso.