Com base em dados do IBGE e do Ministério da Saúde, o Anuário MySide 2024 mostra que o interior paulista concentra a maioria das cidades com menores índices de homicídios do país, destacando um padrão de segurança e qualidade de vida sem precedentes.
Quando o tema é segurança pública, poucas regiões conseguem se destacar positivamente no cenário brasileiro. Entretanto, o Anuário Cidades Mais Seguras do Brasil 2024, elaborado pela MySide com base em dados do IBGE e do Ministério da Saúde, trouxe resultados animadores.
O estudo identificou as 15 cidades mais seguras do país, analisando a taxa de óbitos violentos por 100 mil habitantes, e revelou uma tendência clara: o interior de São Paulo lidera com ampla vantagem, seguido por bons exemplos em Santa Catarina, Minas Gerais e Paraná.
O levantamento mostra que dez das quinze cidades mais seguras do Brasil estão em São Paulo, o que reforça o peso do estado no desenvolvimento urbano, na infraestrutura e na gestão pública voltada à segurança e bem-estar. Além disso, Santa Catarina aparece com três cidades entre as mais bem colocadas, enquanto Minas Gerais e Paraná completam o ranking com uma cidade cada.
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A seguir, conheça as 15 cidades brasileiras com os menores índices de homicídios em 2024 e entenda o que faz de cada uma delas referência nacional em tranquilidade e qualidade de vida.
1. Valinhos (SP)
Localizada na Região Metropolitana de Campinas, Valinhos ocupa o primeiro lugar do ranking nacional com uma taxa de 0,9 assassinatos por 100 mil habitantes. O número é o mais baixo do país e coloca o município como símbolo de segurança e prosperidade. Além disso, Valinhos é reconhecida pelo seu polo industrial diversificado, que inclui tecnologia, logística e metalurgia, e também pela tradicional produção de figo roxo, um ícone da cidade.
2. Botucatu (SP)
Com 1,4 assassinatos por 100 mil habitantes, Botucatu aparece em segundo lugar. Localizada a cerca de 235 km da capital paulista, é famosa por suas belezas naturais — são mais de 70 cachoeiras catalogadas — e pelo ar puro, resultado das formações geológicas conhecidas como Cuestas. Essa combinação de natureza, clima agradável e urbanização planejada contribui para o alto índice de segurança.
3. Tatuí (SP)
Na terceira posição, com 1,6 assassinatos por 100 mil habitantes, está Tatuí, conhecida como a “Cidade da Música”. O município abriga o maior conservatório musical da América Latina e mantém uma economia sólida baseada na indústria, comércio e agropecuária. O ambiente tranquilo e a valorização cultural fazem da cidade um dos melhores lugares para viver no interior paulista.
4. Sertãozinho (SP)
Com 2,4 assassinatos por 100 mil habitantes, Sertãozinho ocupa o quarto lugar e reforça o protagonismo do interior paulista. O município é um importante polo sucroalcooleiro e metalúrgico, que gera milhares de empregos e impulsiona a economia regional. Além disso, sua infraestrutura urbana moderna garante boas condições de vida e sensação de segurança à população.
5. Jaraguá do Sul (SC)
Primeira cidade fora de São Paulo no ranking, Jaraguá do Sul aparece na quinta posição, com 2,8 assassinatos por 100 mil habitantes. Situada no norte de Santa Catarina, a cidade é reconhecida por sua organização urbana, educação de qualidade e pela presença de grandes indústrias, como WEG e Malwee. Jaraguá do Sul é exemplo de como o equilíbrio entre crescimento e segurança pode gerar excelentes resultados.
6. Várzea Paulista (SP)
Na sexta posição, com 3,4 assassinatos por 100 mil habitantes, está Várzea Paulista, localizada na Região de Jundiaí. A cidade ganhou destaque pelo cultivo e exportação de orquídeas, além de ter se tornado um polo industrial importante. Nos últimos anos, a diversificação econômica e os investimentos em infraestrutura contribuíram para o aumento da sensação de segurança entre os moradores.
6. Indaiatuba (SP)
Empatada com Várzea Paulista, Indaiatuba também registra 3,4 assassinatos por 100 mil habitantes. Localizada próxima a Campinas e ao Aeroporto Internacional de Viracopos, é uma das cidades mais bem avaliadas do país em qualidade de vida. Sua economia é fortalecida por indústrias e serviços, e o planejamento urbano eficiente ajuda a manter baixos índices de criminalidade.
8. Votorantim (SP)
Com 3,5 assassinatos por 100 mil habitantes, Votorantim ocupa o oitavo lugar. O município, que integra a Região Metropolitana de Sorocaba, tem na produção de cimento sua principal atividade econômica. A presença de grandes empresas e a boa estrutura urbana fazem da cidade um exemplo de desenvolvimento industrial aliado à segurança.
9. Araxá (MG)
A única cidade mineira no ranking é Araxá, em nono lugar, com 3,6 assassinatos por 100 mil habitantes. O município é conhecido por suas águas termais e por abrigar um dos maiores complexos de mineração de nióbio do mundo. A estabilidade econômica e o turismo termal contribuem para o ambiente seguro e bem administrado.
10. Santana de Parnaíba (SP)
Fechando o top 10 está Santana de Parnaíba, com 3,9 assassinatos por 100 mil habitantes. Localizada na microrregião de Osasco, a cidade tem Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,814, um dos maiores do país. Além da economia forte, preserva seu patrimônio histórico e cultural, o que atrai visitantes e novos moradores.
10. Ribeirão Pires (SP)
Empatada com Santana de Parnaíba, Ribeirão Pires também apresenta 3,9 assassinatos por 100 mil habitantes. Situada na região metropolitana de São Paulo, a cidade é conhecida por suas áreas verdes e pelo turismo ecológico. Sua boa estrutura urbana e a forte presença de indústrias de pequeno e médio porte ajudam a manter o equilíbrio entre progresso e segurança.
12. Blumenau (SC)
Na décima segunda posição está Blumenau, com 4,0 assassinatos por 100 mil habitantes. O município catarinense é famoso pela Oktoberfest e por seu perfil industrial, especialmente nos setores têxtil e tecnológico. A cidade se destaca pela limpeza, urbanização e qualidade dos serviços públicos.
12. Brusque (SC)
Empatada com Blumenau, Brusque também tem 4,0 assassinatos por 100 mil habitantes. Localizada no Vale do Itajaí, a cidade é um importante centro têxtil e metalmecânico. O bom desempenho econômico, aliado a uma população trabalhadora e a políticas locais eficientes, contribui para o baixo índice de criminalidade.
14. São Caetano do Sul (SP)
Na décima quarta posição aparece São Caetano do Sul, com 4,8 assassinatos por 100 mil habitantes. Integrante da Região do ABC Paulista, é uma das cidades mais desenvolvidas do país, com alto poder aquisitivo e excelentes indicadores sociais. Mesmo próxima à capital, mantém um ambiente urbano seguro e bem estruturado.
15. Arapongas (PR)
Encerrando a lista, Arapongas, no Paraná, registra 4,9 assassinatos por 100 mil habitantes. O município é conhecido por seu forte setor moveleiro e pelo crescimento planejado. Essa combinação de economia sólida e gestão eficiente faz da cidade um exemplo de segurança no Sul do país.
Distribuição por estado: domínio de São Paulo e força do Sul
Entre as 15 cidades mais seguras do Brasil em 2024, São Paulo lidera com 10 municípios, o que corresponde a dois terços do ranking. Essa supremacia evidencia o impacto das políticas de segurança, do desenvolvimento econômico e da infraestrutura consolidada no interior paulista. Cidades médias, com boa gestão pública e qualidade de vida, mostram que é possível alcançar índices de segurança próximos aos de países desenvolvidos.
O estado de Santa Catarina aparece em segundo lugar, com três cidades (Jaraguá do Sul, Blumenau e Brusque), todas reconhecidas por sua organização urbana e forte base industrial. O equilíbrio entre economia, educação e urbanismo seguro faz de Santa Catarina um exemplo de eficiência regional.
Minas Gerais e Paraná completam o ranking com uma cidade cada — Araxá e Arapongas, respectivamente — reforçando que o eixo Sul-Sudeste concentra as melhores condições de segurança pública do país.
Um retrato do novo Brasil seguro
Os dados do anuário MySide mostram que a segurança no Brasil não é privilégio exclusivo das capitais ou metrópoles. Pelo contrário, são os centros urbanos de médio porte que têm mostrado os melhores resultados, com infraestrutura moderna, oportunidades de trabalho e qualidade de vida.
A liderança de São Paulo e o destaque de Santa Catarina reforçam que planejamento urbano, investimentos locais e desenvolvimento equilibrado podem transformar cidades comuns em exemplos nacionais de segurança e prosperidade — um modelo que inspira o futuro das cidades brasileiras.



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