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Cidade no interior de São Paulo vai abrigar sede da defesa antiaérea do Exército, que contará com mísseis capazes de atingir alvos a até 15 km de altitude e até 60 km horizontalmente e radares modernos

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 26/10/2025 às 10:13
A cidade de Jundiaí, a cerca de 60 km da capital de São Paulo, foi escolhida como sede da futura base de defesa antiaérea do Exército, no âmbito do projeto de modernização militar.
A cidade de Jundiaí, a cerca de 60 km da capital de São Paulo, foi escolhida como sede da futura base de defesa antiaérea do Exército, no âmbito do projeto de modernização militar.
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A cidade de Jundiaí, a cerca de 60 km da capital de São Paulo, foi escolhida como sede da futura base de defesa antiaérea do Exército, no âmbito do projeto de modernização militar.

O Jundiaí, município localizado a aproximadamente 60 km da capital de São Paulo, será a sede da defesa antiaérea do Exército Brasileiro — a decisão foi anunciada como parte do plano de modernização da força terrestre.

A escolha se deu porque o Exército Brasileiro quer implantar até 2039 um sistema de média altura para interceptar ameaças aéreas, e o local oferece logística estratégica.

A sede da defesa antiaérea do Exército na cidade será instalada no já transformado 12º Grupo de Artilharia Antiaérea (12º GAAAe), que antes era o 12º Grupo de Artilharia de Campanha.

A mudança foi oficializada em 15 de julho, e mantém relevância diante de um cenário internacional de tensões aumentadas. Portanto, o anúncio marca um passo importante para a defesa aérea brasileira.

Localização estratégica da sede da defesa antiaérea

A escolha de Jundiaí para abrigar a sede da defesa antiaérea do Exército leva em conta sua localização privilegiada: fica às margens da Rodovia Anhanguera, a menos de 50 km do Rodoanel Mário Covas, e com acesso rápido ao porto de Santos.

Por isso, segundo o general de brigada Marcos José Martins Coelho, responsável pelo Comando de Defesa Antiaérea do Exército, “Conseguiríamos levar esse equipamento rapidamente ao porto de Santos e embarcá-lo para várias regiões do país”.

Essa logística permite mobilização rápida de equipamentos terrestres e marítimos, o que é vital para a atuação da nova estrutura.

Quando, como e por que a mudança

A transformação da unidade local começou em 15 de julho deste ano, quando o 12º Grupo de Artilharia de Campanha mudou para 12º GAAAe em Jundiaí.

O plano faz parte do programa Projeto Força 40, que prevê até 2039 a implantação de um sistema inédito de defesa antiaérea de média altura no país.

Hoje o Brasil dispõe apenas de defesa antiaérea terrestre de baixa altura, com alcance de até 3 km.

A nova estrutura, portanto, visa modernizar a capacidade de proteção aérea brasileira frente a ameaças crescentes.

O que trará a nova sede da defesa antiaérea do Exército

A instalação da nova sede da defesa antiaérea do Exército em Jundiaí prevê a incorporação de mísseis capazes de atingir alvos a até 15 km de altitude e até 60 km horizontalmente, dependendo da configuração.

Além disso, serão usados radares modernos, com capacidade de detectar aviões, drones e mísseis a mais de 150 km de distância, em velocidades de até 2.880 km/h.

Com isso, a sede da defesa antiaérea do Exército ganha relevância como pilar da proteção no Sudeste brasileiro, cobrindo a Região Metropolitana de São Paulo, Campinas e Sorocaba.

O cenário global atual, marcado por conflitos como os na Ucrânia e no Oriente Médio, além da presença militar internacional no Caribe, exige que o Brasil fortaleça sua defesa.

Neste contexto, o comando militar qualificou o projeto da sede da defesa antiaérea do Exército como “imprescindível e emergencial”.

O fortalecimento da defesa antiaérea amplia a soberania nacional e garante melhor resposta a ameaças externas e à vulnerabilidade de estruturas críticas, especialmente na região mais densa e economicamente vital do país.

Impactos para a região de São Paulo e para o país

Com a sede da defesa antiaérea do Exército localizada em Jundiaí, a região metropolitana de São Paulo e seu entorno ganham um novo foco de segurança estratégica.

O município se transforma num polo militar de relevância nacional, o que pode trazer efeitos secundários como geração de empregos especializados e maior demanda por infraestrutura logística.

Mesmo assim, a presença mais intensa de equipamentos militares e logística pode suscitar debates sobre planejamento urbano e impacto local.

Por outro lado, para o Brasil como um todo, o avanço do programa de defesa antiaérea fortalece a imagem internacional e o compromisso com a proteção de fronteiras e espaços de interesse nacional.

Desafios e próximos passos da sede da defesa antiaérea

Apesar da importância da escolha de Jundiaí para a sede da defesa antiaérea do Exército, ainda existem desafios: definir o cronograma completo de implantação dos equipamentos, treinar pessoal especializado e integrar essa nova estrutura com outros sistemas de segurança do país.

Além disso, será fundamental garantir a manutenção, atualização e operação contínua da estrutura ao longo dos anos previstos no Projeto Força 40.

Ainda que o anúncio já esteja feito, a efetivação completa da sede da defesa antiaérea do Exército dependerá de orçamentos, logística, parcerias e tempo para tornar realidade.

A cidade de Jundiaí, a cerca de 60 km de São Paulo, foi escolhida para ser a sede da defesa antiaérea do Exército brasileiro.

O anúncio integra o plano de modernização militar do país, prevê sistemas de média altura e fortalece a logística de defesa no Sudeste.

Essa nova base tem potencial de alterar a forma como o Brasil protege seu espaço aéreo e regiões estratégicas, abrindo um novo capítulo na história da defesa nacional.

Fonte: Diário do Comércio

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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