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China apresenta nova geração de submersíveis autônomos com manobra de raio zero e ruído quase imperceptível — veículos que podem bloquear rotas, lançar ataques e operar como rede de guerra submarina

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 05/10/2025 às 11:08
Imagem representativa de um submarino chinês.
Imagem representativa de um submarino chinês.
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Apresentados em desfile militar em Pequim, os novos submersíveis não tripulados chineses prometem alterar o equilíbrio naval global com furtividade e coordenação inteligente.

Os mais recentes sistemas submarinos não tripulados desenvolvidos pela China foram descritos como altamente disruptivos e inteligentes em um novo artigo de jornal militar.

Apresentados durante o desfile de 3 de setembro em Pequim, que marcou o 80º aniversário da vitória sobre o Japão, os submersíveis se destacam por sua manobrabilidade de raio zero, o que lhes permite operar com precisão em condições marítimas complexas.

Segundo o periódico, eles funcionam abaixo de 90 decibéis, o que reduz a possibilidade de detecção por sonar inimigo.

Além disso, podem ser combinados com mísseis lançados por submarinos, minas inteligentes ou até veículos não tripulados do tipo “mãe-filho”, formando uma rede de ataque em múltiplas camadas.

O desfile também exibiu o arsenal em expansão da China, que inclui mísseis balísticos intercontinentais, drones e aeronaves embarcadas.

Submersíveis não tripulados para bloqueios e ataques de saturação

Um artigo da Ordnance Industry Science Technology destacou que a Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA) apresentou submersíveis não tripulados, embarcações de superfície autônomas e sistemas de lançamento de minas controlados à distância, projetados para operar de forma coordenada.

O relatório indica que essas plataformas podem ser utilizadas secretamente para bloquear rotas marítimas estratégicas, identificar alvos de maneira autônoma e realizar ataques de saturação.

A reportagem ressalta que os equipamentos devem possuir longa durabilidade e, futuramente, integrar-se a estações de recarga subaquáticas — embora Pequim ainda não tenha divulgado planos concretos para essa infraestrutura.

Enquanto isso, a mídia russa já relatou avanços semelhantes em sua marinha.

De acordo com o South China Morning Post, os novos sistemas chineses contam com recursos avançados de inteligência, capazes de realizar coordenação tridimensional com embarcações de superfície e drones aéreos por meio de inteligência artificial.

Os navios de superfície podem empregar tomada de decisão autônoma para identificar alvos e avaliar ameaças, o que amplia sua eficiência em ambientes marítimos complexos.

Drones navais e as novas regras dos conflitos marítimos

O mesmo relatório aponta que enxames dessas embarcações não tripuladas têm potencial para redefinir o confronto marítimo, tornando-se um fator decisivo em futuras disputas pelo controle do mar.

Além de fortalecer as reivindicações de soberania da China, os sistemas acrescentam nova complexidade à segurança marítima global.

Entre as inovações mais notáveis está o sistema de lançamento de minas não tripulado AJX002, descrito como capaz de cortar linhas de suprimento inimigas com táticas assimétricas e funcionar como uma fortaleza defensiva em alto-mar.

O AJX002 mede entre 18 e 20 metros de comprimento, utiliza propulsão a jato e apresenta semelhanças com o torpedo nuclear russo Poseidon — embora seu status nuclear ainda seja incerto.

A China tem como meta construir uma marinha de alto mar até 2035, com a possibilidade de operar até seis porta-aviões. Esses avanços são vistos como estratégicos em eventuais conflitos no Estreito de Taiwan, apoiando operações anfíbias e dificultando intervenções dos Estados Unidos.

Os analistas observam que os sistemas de armas apresentados durante o desfile militar de setembro refletem o foco crescente de Pequim em proteger suas reivindicações territoriais e projetar poder na região.

O desenvolvimento dessas tecnologias reforça o esforço da China para modernizar suas forças navais e consolidar sua posição como potência dominante na segurança marítima do século XXI.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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