Cientistas chineses desenvolvem tecnologia inovadora que transforma janelas comuns em painéis de energia solar, prometendo revolucionar o setor com eficiência, transparência e custo reduzido.
A China volta a surpreender o mundo com uma criação que pode redefinir o futuro da energia solar, conforme noticiado nesta quarta, 08. Pesquisadores da Universidade de Nanjing desenvolveram um revestimento translúcido capaz de transformar janelas comuns em verdadeiros geradores de eletricidade. A tecnologia, que ainda está em fase de testes, promete unir estética, eficiência e sustentabilidade — fatores essenciais para a transição energética global.
O avanço vem em um momento estratégico. Com o aumento da demanda por energia e a pressão por soluções sustentáveis, o aproveitamento de superfícies urbanas — como vidros de edifícios — pode representar uma nova fronteira na geração de energia limpa.
Tecnologia chinesa transforma vidros em painéis solares invisíveis
O revestimento desenvolvido pelos cientistas é feito de cristais líquidos colestéricos (CLC), materiais que redirecionam a luz solar para as bordas do vidro, onde são instaladas células fotovoltaicas de silício. Essa abordagem cria um concentrador solar incolor e unidirecional (CUSC), capaz de capturar a luz sem bloquear a iluminação natural dos ambientes internos.
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De acordo com o estudo publicado na revista PhotoniX, o novo sistema supera as limitações das janelas fotovoltaicas tradicionais, que utilizam silício amorfo, arseneto de gálio ou células orgânicas. Essas alternativas, além de caras, captam apenas cerca de 20% da luz solar e reduzem significativamente a transparência dos vidros.
Protótipo chinês impressiona por eficiência e simplicidade
Nos experimentos conduzidos pelos engenheiros chineses, cinco camadas de CLC foram aplicadas sobre um vidro com 2,5 centímetros de diâmetro. O resultado foi surpreendente: o protótipo conseguiu alimentar um ventilador de 10 mW durante o verão, demonstrando o potencial prático da tecnologia.
Os pesquisadores estimam que uma janela de 2 metros de largura poderia multiplicar por 50 a energia coletada, tornando-se uma solução ideal para edifícios residenciais e comerciais. Além disso, o processo de aplicação do revestimento é relativamente simples, exigindo apenas uma etapa rigorosa de limpeza para eliminar impurezas antes da instalação.
Apesar do otimismo, os especialistas alertam que ainda há testes a serem realizados. Entre os pontos em análise estão o desempenho das janelas solares sob chuva, neve e poluição urbana — fatores comuns em grandes centros. Mesmo assim, o desenvolvimento do revestimento translúcido reforça o protagonismo da China na corrida global pela inovação em energia solar e na busca por soluções urbanas mais sustentáveis e integradas.



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