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Bilhões chineses cruzam o Brasil: energia renovável do Nordeste vai impulsionar o Centro-Oeste

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 01/07/2025 às 11:36
Torres de transmissão, turbinas eólicas e painéis solares simbolizam o investimento de R$ 23 bilhões da China em energia renovável no Nordeste
Imagem ultra realista mostra infraestrutura de energia limpa com frase de efeito em 3D destacando o aporte bilionário da China.
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Aporte bilionário promete transformar infraestrutura, reduzir gargalos e equilibrar oferta elétrica regional

A China Southern Power Grid anunciou, em maio de 2025, um investimento estimado em R$ 23 bilhões. O objetivo é escoar o excesso de energia limpa gerada no Nordeste do Brasil para o Centro-Oeste. A informação é do Ministério de Minas e Energia e da CNN Brasil.

Atualmente, o Nordeste é responsável por cerca de 80% da energia eólica e solar do país. Mesmo assim, convive com limitações na infraestrutura de transmissão. Isso gera perdas significativas e desperdício de potencial produtivo.

Fazenda fotovoltaica na China: meca da produção mundial de energia renovável (Getty/Getty Images)

Estudo técnico aponta gargalos e soluções estruturais

De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), consultores em engenharia elétrica realizam estudos técnicos desde 2023. Esses estudos identificam falhas de escoamento que comprometem o fornecimento constante para estados que demandam mais eletricidade.

Em maio de 2025, o ministro Alexandre Silveira reforçou que o Fundo Soberano da China dará suporte ao projeto de expansão. Isso inclui novos corredores de transmissão, torres de alta capacidade e subestações modernizadas.

Para especialistas em infraestrutura, essa rede integrada é uma resposta estratégica. Ela combate oscilações de energia que afetam consumidores industriais e residenciais.

Impactos econômicos e estratégicos para o Brasil

Com o aporte bilionário, o Centro-Oeste, historicamente dependente de termelétricas e hidrelétricas, contará com energia renovável em maior escala.

Segundo a BloombergNEF, empresas agrícolas e polos industriais da região já sinalizam aumento de investimentos. Isso ocorre porque terão garantia de fornecimento estável. Esse cenário diminui riscos de paralisações produtivas.

Além disso, essa expansão energética fortalece o Brasil como referência internacional em energia limpa. Isso pode atrair novos acordos bilaterais com países asiáticos.

Desafios ambientais e sociais do projeto

Embora o projeto tenha potencial para impulsionar a economia, ambientalistas alertam para possíveis impactos socioambientais.

Em junho de 2025, representantes de comunidades tradicionais do interior do Mato Grosso manifestaram preocupações. A instalação das torres de transmissão em áreas de preservação ambiental é motivo de atenção.

Por isso, a China Southern Power Grid, em parceria com a Aneel, iniciou consultas públicas. O objetivo é debater estudos de impacto ambiental e garantir transparência no processo.

Mesmo assim, organizações civis exigem compensações adequadas. Elas também pedem planos de mitigação de danos para preservar recursos naturais e respeitar direitos territoriais.

Expansão segue critérios rigorosos

Segundo o Ministério de Minas e Energia, todas as etapas do cronograma devem obedecer a critérios técnicos. O término está previsto para 2029. O licenciamento ambiental também será rigoroso.

Auditorias independentes fiscalizarão o andamento das obras. A meta é evitar atrasos, sobrecustos ou desvios de recursos. Assim, o aporte bilionário será bem aproveitado.

A Aneel e o ministério afirmam que os leilões para concessão das linhas seguirão modelo transparente. Eles ocorrerão em outubro de 2025. Essa gestão atende às diretrizes editoriais que reforçam compromisso com a governança pública.

Transformação da matriz energética em contexto global

Especialistas destacam que o projeto faz parte de uma tendência global. Países de grande extensão territorial buscam ampliar matrizes limpas.

Exemplos na Ásia e na Europa mostram resultados importantes. Estudos da BloombergNEF e da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) confirmam isso. Parcerias bilaterais equilibram oferta e demanda. Assim, evitam sobrecarga de redes ou racionamentos inesperados.

Portanto, a integração energética entre Nordeste e Centro-Oeste coloca o Brasil em posição de liderança regional. Isso ocorrerá desde que a gestão técnica e a fiscalização ambiental caminhem juntas.

O que o futuro reserva para o escoamento energético?

Analistas econômicos enfatizam que o sucesso do aporte chinês depende de eficiência, inovação e responsabilidade socioambiental.

Caso as obras sigam o cronograma, o Nordeste aproveitará ao máximo seu potencial eólico e solar. Ao mesmo tempo, o Centro-Oeste diversificará sua matriz e atrairá novos empreendimentos industriais.

Porém, associações ambientais continuam cobrando transparência. Elas exigem compromisso com comunidades impactadas. O alerta é para que erros do passado em hidrelétricas não se repitam.

Enquanto isso, a China Southern Power Grid, com histórico de grandes projetos na Ásia, garante auditorias frequentes.

Qual deve ser o equilíbrio: acelerar a infraestrutura para garantir mais energia renovável ou focar em mitigar impactos ambientais e sociais? Deixe sua opinião!

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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