A China identificou novos depósitos que podem colocá-la ainda mais próxima do topo entre os países com as maiores reservas de ouro do mundo.
Um achado bilionário pode redefinir o equilíbrio econômico global. Em um momento de crescente instabilidade econômica mundial, a China surpreende o mercado ao anunciar a descoberta de novos depósitos significativos de ouro, espalhados por diversas regiões do país.
A revelação foi feita por órgãos oficiais ligados ao Ministério de Recursos Naturais, indicando um volume total superior a 1.160 toneladas — somando as jazidas recentes e um depósito gigantesco identificado no fim de 2024.
As regiões beneficiadas incluem Gansu, Mongólia Interior, Heilongjiang e Hunan.
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O maior achado, em Hunan, contém uma estimativa de 1.000 toneladas métricas de minério de alta qualidade, tornando-se candidato a ocupar o posto de maior mina de ouro do mundo em atividade recente.
A corrida tecnológica por recursos naturais
A descoberta dessas jazidas não ocorreu por acaso.
Foi resultado de anos de trabalho geológico intensivo, aliado ao uso de tecnologia de ponta.
Geólogos chineses aplicaram ferramentas modernas como análise de big data, modelagem preditiva e novas teorias geológicas para mapear zonas promissoras de exploração.
De 47 áreas potenciais identificadas, 35 já foram encaminhadas para fases mais avançadas de avaliação e escavação.
Isso mostra uma estratégia clara do governo chinês: garantir autossuficiência e liderança em metais preciosos.
Um super depósito avaliado em quase meio trilhão de reais
A jazida descoberta em Pingjiang, província de Hunan, se destaca não apenas pela quantidade, mas também pela qualidade do minério.
Estima-se que o valor total do depósito ultrapasse 600 bilhões de yuans, o equivalente à cerca de R$ 480 bilhões.
Segundo Chen Rulin, especialista em prospecção mineral, análises indicam veios de ouro com até 138 gramas por tonelada de minério.
Para efeito de comparação, isso representa um dos maiores índices de concentração do metal já registrados na mineração moderna.
Impacto direto nas reservas nacionais de ouro
Com essas novas descobertas, a China reforça sua posição entre os maiores detentores de ouro do planeta.
As reservas do país já ultrapassam as 2.260 toneladas, ocupando o sexto lugar no ranking global, atrás de Estados Unidos, Alemanha, Itália, França e Rússia.
Porém, com o crescimento acelerado das explorações e o apoio governamental contínuo, o país pode subir posições nos próximos anos — o que tem implicações geopolíticas importantes.
Ouro como estratégia econômica e política
Segundo especialistas chineses, o ouro cumpre um papel estratégico crucial.
Serve como proteção contra crises, ajuda a estabilizar o sistema financeiro nacional e fortalece a moeda local.
Em tempos de instabilidade global, como guerras, inflação ou choques cambiais, o ouro funciona como um verdadeiro “cofre de emergência”.
Wang Guoqing, diretor de pesquisa econômica em Pequim, destaca que “as reservas nacionais de ouro são fundamentais para a estabilidade e soberania econômica de um país”.
Benefícios para a população e para o setor produtivo
Além da importância macroeconômica, essas descobertas trazem impactos diretos para o mercado de trabalho.
Espera-se a criação de milhares de empregos, principalmente nas regiões mineradoras, que podem ver melhorias na infraestrutura, atração de investimentos e aumento do PIB local.
O futuro da maior mina de ouro do mundo
Com a China prestes a operar uma das maiores minas de ouro do mundo, o setor global de mineração entra em nova fase.
O país asiático une capacidade técnica, investimento público e ambição geopolítica para transformar reservas naturais em influência econômica.
Com informações do SoCientífica