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Forjado no fogo: China cria anel de aço de 15 metros, 150 toneladas e supera 1.000 °C de calor

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 04/09/2025 às 07:59
Forjado no fogo: China cria anel de aço de 15 metros, 150 toneladas e supera 1.000 °C de calor
Foto: Reprodução
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China produz anel de aço forjado com 15 metros de diâmetro e 150 toneladas, moldado acima de 1.000 °C, superando EUA e Europa.

Em março de 2019, o Institute of Metal Research (IMR) da Academia Chinesa de Ciências anunciou com orgulho a produção do maior e mais pesado anel integral forjado sem solda do mundo, com 15,6 metros de diâmetro e 150 toneladas;

O resultado é uma estrutura contínua, homogênea e extremamente resistente, algo fundamental para setores de alto risco, como o nuclear.

Enquanto a Europa consegue produzir anéis sem solda de até 10 metros, e os Estados Unidos chegam a cerca de 7 metros, a China se coloca vários passos à frente.

Como funciona a fabricação

O anel de aço forjado nasce a partir de um único lingote de aço. Esse bloco inicial é aquecido em fornos a mais de 1.000 °C, atingindo temperaturas que permitem a maleabilidade necessária.

Depois, começa a etapa de forjamento e expansão. Nesse processo, forças axiais e radiais são aplicadas em altíssima pressão. A peça é esticada e expandida gradualmente, até atingir o formato e o tamanho desejados.

O mais importante é que tudo isso ocorre sem soldas ou junções. O resultado é um anel contínuo, livre de pontos frágeis que poderiam comprometer a integridade estrutural. Essa homogeneidade é o que garante confiabilidade em aplicações críticas.

Por que o setor nuclear precisa disso

A indústria nuclear exige materiais com desempenho máximo. Estruturas que fazem parte do coração de reatores não podem apresentar falhas, já que um problema comprometeria toda a segurança.

Nesse cenário, o anel de aço forjado de 15 metros se torna essencial. Ele foi desenvolvido justamente para ser usado em reatores de quarta geração. A função é atuar como parte estrutural de suporte, capaz de resistir a cargas de até 7.000 toneladas sem deformação.

Portanto, mais do que um recorde, trata-se de um avanço com impacto direto na produção de energia e na segurança tecnológica.

Competição silenciosa entre potências

A conquista chinesa também reflete uma disputa industrial global. O domínio de tecnologias como essa não se restringe a mostrar poder. Ele define quais países estão preparados para construir e manter grandes projetos estratégicos.

Na Europa e nos Estados Unidos, há capacidade consolidada em engenharia metalúrgica. No entanto, até agora, não foi possível alcançar diâmetros próximos dos 15 metros registrados pela China.

Essa diferença revela a prioridade que o país asiático tem dado a investimentos em infraestrutura e inovação industrial.

Além disso, o recorde foi certificado por órgãos internacionais. O Guinness World Records registrou o feito, confirmando o anel produzido pela Iraeta Energy Equipment como o maior já fabricado. Isso coloca a China em posição de destaque, reforçando sua imagem de potência tecnológica.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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