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China afirma “apoio total ao Brasil diante de Trump” enquanto BRICS reforçam aliança contra influência dos EUA e Rússia intensifica ofensiva na Ucrânia

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 13/08/2025 às 10:42
Lula e Xi Jinping apertando as mãos com bandeiras do Brasil, China e Rússia ao fundo.
Lula e Xi Jinping reforçam parceria estratégica enquanto Rússia avança na Ucrânia. Imagem: IA
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A China reafirmou seu apoio ao Brasil diante das críticas do governo Trump e defendeu a cooperação entre países do Sul Global, durante ligação entre Xi Jinping e o presidente Lula nesta semana. O posicionamento ocorre enquanto os BRICS estreitam parcerias estratégicas e a Rússia amplia ofensivas militares na região de Donbass, elevando a tensão com a Ucrânia e a União Europeia.

Países europeus divulgaram comunicado pedindo que os Estados Unidos respeitem a integridade territorial da Ucrânia. O apelo surge antes da reunião marcada para sexta-feira, no Alasca, entre Donald Trump e Vladimir Putin, para discutir possíveis termos de cessar-fogo.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que ceder o controle de Donbass à Rússia incentivaria novas investidas militares, ameaçando países bálticos, Romênia e outras regiões ucranianas. Segundo ele, qualquer concessão territorial exigiria aprovação do parlamento e da população.

O governo russo, por sua vez, defende que o cessar-fogo inclua o reconhecimento de Donbass como território russo, sem garantias de retirada de tropas. Moscou também acusa a Ucrânia de preparar um “ataque de bandeira falsa” para prejudicar o encontro entre Trump e Putin.

Avanços militares russos no leste ucraniano

O Ministério da Defesa da Ucrânia confirmou que as forças russas avançaram sobre Drobopilia, conquistando um corredor estratégico de 10 km com acesso a cidades-chave como Pokrovsk, Kramatorsk e Sloviansk. A tomada dessas localidades representaria um importante objetivo militar para Moscou.

As autoridades ucranianas estimam que cerca de 110 mil soldados estão mobilizados na linha de frente para conter o avanço. O governo reforça posições estratégicas enquanto alerta para preparativos russos de uma nova ofensiva em larga escala.

Paralelamente, a Romênia acusou a Rússia de realizar um ataque híbrido contra oleodutos que transportam petróleo e gás do Azerbaijão, alegando a inserção proposital de cloro para danificar a infraestrutura e provocar crise energética no leste europeu.

Tensões políticas em Washington e novos alinhamentos

Nos Estados Unidos, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, contestou a intervenção federal decretada por Trump, que enviou 800 agentes da Guarda Nacional à capital. O governo justificou a ação citando aumento da criminalidade e população em situação de rua, dados questionados pela administração local.

Enquanto isso, o Brasil oficializou um memorando de cooperação com Rússia e China, reforçando a aproximação com os BRICS. O documento prevê troca de informações técnicas, eventos presenciais e ampliação da cooperação econômica e industrial.

A Índia também intensificou o diálogo com Moscou e Pequim, demonstrando insatisfação com tarifas impostas por Washington e mantendo importações de petróleo russo, apesar da pressão dos EUA.

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China promete apoio estratégico ao Brasil

Em conversa de uma hora com Lula, Xi Jinping declarou que China e Brasil podem servir de exemplo de “unidade e autossuficiência” entre países do Sul Global. Pequim confirmou participação na COP 30, em Belém, e prometeu apoio logístico e econômico para o evento.

A China também reafirmou investimentos em infraestrutura no Brasil, incluindo estudos para a construção da ferrovia bioceânica ligando portos brasileiros ao Pacífico, e manifestou interesse em parcerias no setor energético e industrial.

O compromisso ocorre em meio à disputa comercial entre China e Estados Unidos, que pressiona Pequim a priorizar a compra de soja americana em detrimento da brasileira como parte de possíveis acordos bilaterais.

Soja como ponto de tensão nas relações internacionais

O chanceler Celso Amorim classificou a pressão norte-americana para reduzir a compra de soja brasileira como “praticamente um estado de guerra comercial”. Ele defendeu que o país diversifique mercados e fortaleça laços com parceiros estratégicos para reduzir dependência dos EUA.

O Brasil busca ampliar acordos comerciais com Canadá, União Europeia e países do Sudeste Asiático, além de aprofundar a integração com os BRICS e o Banco do bloco, que financia projetos de infraestrutura.

A estratégia inclui reforço das relações bilaterais com Índia e China, cooperação tecnológica e industrial, e expansão das exportações de commodities para novos mercados.

Disputa tecnológica entre China e Estados Unidos

A China anunciou restrições à compra de chips da Nvidia por empresas nacionais, alegando motivos de segurança e soberania tecnológica. A medida reforça o distanciamento entre as duas potências e impacta diretamente setores estratégicos como inteligência artificial e semicondutores.

Essa decisão ocorre enquanto as negociações comerciais entre Washington e Pequim permanecem incertas, com prazos prorrogados e exigências mútuas que dificultam um consenso.

O cenário aponta para um alinhamento mais firme da China com países do BRICS, incluindo o Brasil, diante de um contexto global cada vez mais polarizado entre blocos econômicos rivais.

Conforme divulgado pelo canal do Professor Ricardo Marcílio, as informações sobre a reunião entre Trump e Putin, as movimentações militares na Ucrânia e os recentes acordos do Brasil com Rússia e China refletem a intensificação das disputas geopolíticas. O material reúne declarações oficiais, comunicados governamentais e dados de ministérios da defesa, reforçando a complexidade das relações internacionais no atual cenário.

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Eduardo
Eduardo
13/08/2025 11:42

EUA é a Alemanha naziista hoje.

Última edição em 12 horas atrás por Eduardo
Felipe Alves da Silva

Profissional com formação militar pelo Exército Brasileiro e experiência em gestão administrativa e logística no setor industrial. Escreve sobre defesa, segurança, geopolítica, indústria automotiva, ciência e tecnologia. Sugestões de pauta: fa06279@gmail.com

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