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Chile quer aumentar sua riqueza com a nacionalização da produção do LÍTIO; o país é o segundo maior exportador do material do mundo

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 26/04/2023 às 21:21
Lítio, extração, EUA
Foto: Reprodução jc.ne10

A nacionalização do lítio no Chile também tem como objetivo aumentar a descarbonização, ou seja, contribuir com a produção de baterias para carros elétricos

O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou recentemente um plano para nacionalizar a indústria de produção de lítio do país, visando aumentar a riqueza nacional e preparar as bases para um futuro econômico mais verde. O lítio é um mineral valioso usado em baterias de carros elétricos e outros dispositivos eletrônicos, e o Chile é o segundo maior exportador do mundo, com uma reserva estimada em cerca de metade da reserva global, de acordo com o site Insideevs Uol.

O plano, denominado Estratégia Nacional de Lítio, inclui uma série de medidas para incorporar capital, tecnologia, sustentabilidade e valor agregado em um modelo público-privado. A intenção é que a produção de lítio seja liderada pelo Estado, através da Corporación Nacional del Cobre de Chile (Codelco), uma das maiores empresas estatais de mineração de cobre do mundo, e a Empresa Nacional de Minería (ENAMI), juntamente com a participação do setor privado.

Pontos principais da estratégia nacional de produção de Lítio

  • Criação da Empresa Nacional de Lítio
  • Criação de uma Rede de Salinas Protegidas com tecnologias de baixo impacto ambiental
  • Modernização da estrutura institucional
  • Criação de um Instituto de Pesquisa Tecnológica e Pública de Lítio e Salares
  • Incorporação do Estado à atividade produtiva do Salar de Atacama
  • Exploração de outros salares

O presidente Boric enfatizou que a estratégia de produção de lítio irá proteger a biodiversidade e os direitos indígenas, e ajudar a distribuir os ganhos da riqueza mineral de forma mais ampla entre os chilenos. Ele também explicou que o controle das operações só será assumido pelo Estado quando os contratos em vigor forem renovados. O contrato da SQM expirará em 2030 e da Albemarle em 2043, mas Boric espera que as empresas estejam abertas à participação antecipada do Estado.

O plano agora precisa passar pelo Congresso Nacional do Chile, mas Boric planeja fazer isso ainda este ano, apesar da resistência apresentada pela casa ultimamente ao atual líder chileno.

O futuro do mercado de produção de lítio

Além do Chile, vários países, incluindo a Austrália, Argentina, Bolívia, China, Estados Unidos e até mesmo o Brasil, estão tentando aumentar o mercado de lítio. Isso se deve à demanda crescente por baterias de carros elétricos e outros dispositivos eletrônicos, que usam o mineral. Recentemente, o México também aumentou sua produção de lítio.

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O Chile está trabalhando para se tornar um líder global na produção de lítio e preparando o país para uma economia verde no futuro. A nacionalização da indústria de produção de lítio é uma medida ousada, mas o governo chileno acredita que isso irá beneficiar a economia e a população do país.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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