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Celulares estão com os dias contados: essa será a nova tendência no lugar dos smartphones, diz Mark Zuckerberg

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 15/09/2025 às 13:26
Mark Zuckerberg aposta no Meta Quest 3S e prevê que óculos inteligentes substituirão os celulares na próxima década.
Mark Zuckerberg aposta no Meta Quest 3S e prevê que óculos inteligentes substituirão os celulares na próxima década.
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Mark Zuckerberg prevê que os óculos inteligentes substituirão os celulares como principal dispositivo digital, e aposta no Meta Quest 3S para acelerar essa transição com preço mais baixo, recursos de inteligência artificial e interação por gestos e voz.

Mark Zuckerberg voltou a defender que os óculos inteligentes devem assumir o papel central hoje ocupado pelos smartphones.

O recado foi reforçado no Meta Connect, evento em que a empresa apresentou o Meta Quest 3S, headset de realidade mista com promessa de levar essa experiência a um público mais amplo.

Para o CEO da Meta, a próxima década pode marcar a transição em que óculos conectados e interfaces de voz, gestos e IA substituem progressivamente a tela no bolso.

O que foi anunciado no Meta Connect

No palco do evento, a Meta oficializou o Quest 3S como modelo de entrada em realidade mista.

O aparelho herda recursos do Quest 3, mas com preço inicial de US$ 299 e foco em volume.

A empresa também mostrou avanços em óculos de realidade aumentada, área vista internamente como peça-chave dessa virada.

Mark Zuckerberg aposta no Meta Quest 3S e prevê que óculos inteligentes substituirão os celulares na próxima década.
Mark Zuckerberg aposta no Meta Quest 3S e prevê que óculos inteligentes substituirão os celulares na próxima década.

Ao atrelar hardware a modelos de IA, a Meta quer transformar interação em algo mais natural, sem distrações constantes da tela do celular.

Meta Quest 3S chega por US$ 299 e mira adoção em massa

O Quest 3S sai em versões de 128 GB e 256 GB, mantendo controle por gestos, passagem de vídeo colorida e compatibilidade com o ecossistema Quest.

A Meta posiciona o 3S como porta de entrada para quem busca realidade mista a preço mais baixo, enquanto o Quest 3 segue como opção premium.

É uma estratégia de degraus: reduzir barreiras de preço para estimular experimentação e, na sequência, fidelizar usuários em aparelhos mais avançados.

O que já dá para fazer nos óculos da Meta

Além de jogos e apps imersivos, o headset integra comunicação.

É possível enviar mensagens e fazer chamadas por aplicativos como Messenger e WhatsApp dentro do próprio Quest, com direito a compartilhar a visão em primeira pessoa durante as ligações.

A aposta é que tarefas do dia a dia, hoje feitas no smartphone, passem a ocorrer em interfaces imersivas quando fizer sentido, mantendo o usuário conectado ao ambiente físico.

Investimento pesado e visão de longo prazo

A Meta mantém aportes bilionários em realidade virtual e aumentada, mesmo diante de resultados financeiros pressionados na divisão Reality Labs.

Desde 2020, as perdas acumuladas superam US$ 60 bilhões, reflexo de um ciclo de investimento prolongado para viabilizar a próxima plataforma computacional.

Paralelamente, reportagens da imprensa especializada indicam que os gastos totais em XR (VR/AR) caminham para a casa dos US$ 100 bilhões ao longo dos anos, reforçando o compromisso estratégico.

Orion e a corrida dos óculos de realidade aumentada

Mark Zuckerberg aposta no Meta Quest 3S e prevê que óculos inteligentes substituirão os celulares na próxima década.
Mark Zuckerberg aposta no Meta Quest 3S e prevê que óculos inteligentes substituirão os celulares na próxima década.

Nos bastidores, a Meta desenvolve o projeto Orion, óculos de realidade aumentada com micro-LED e controle por pulseira neural baseada em sinais musculares (EMG).

A demonstração do protótipo evidenciou potencial para sobrepor gráficos no campo de visão e executar tarefas com auxílio de IA, ainda que a complexidade técnica e o custo mantenham o produto distante do varejo por ora.

Essa é a peça que Zuckerberg enxerga como sucessora natural do smartphone.

Mercado de AR/VR em trajetória de crescimento

Projeções de consultorias apontam avanço consistente do mercado de AR/VR até 2030, com receitas que variam de centenas de bilhões de dólares, a depender da metodologia.

Embora as estimativas divirjam, o consenso é de aceleração com a maturação de hardware, queda de preços e integração de IA generativa aos dispositivos.

Esse pano de fundo ajuda a explicar a pressa das big techs em ocupar o espaço antes que padrões de uso se consolidem.

Brasil segue dominado pelos smartphones

Enquanto a visão da Meta avança, a realidade brasileira mostra fôlego dos celulares.

No primeiro trimestre de 2025, o Brasil foi o único grande mercado da América Latina a crescer em vendas, com alta de cerca de 3% e 9,5 milhões de unidades embarcadas, segundo a Canalys.

A base instalada continua gigantesca e com forte presença de marcas chinesas.

Esse quadro ajuda a entender por que a substituição total do smartphone tende a ser gradual.

Novas marcas e o apetite local

A movimentação recente da Honor, que oficializou sua entrada no país com linha de dobráveis, intermediários e topos de linha, reforça a competição no varejo nacional.

Em paralelo, a Xiaomi mantém ritmo de crescimento em remessas.

Com ofertas agressivas e recursos de IA embarcada nos modelos, o ciclo de troca continua ativo, o que prolonga a vida útil do smartphone como dispositivo principal para a maioria dos consumidores.

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Disponibilidade do Quest no Brasil e os entraves de adoção

No mercado brasileiro, o Quest 3S ainda não tem lançamento oficial.

O produto é encontrado principalmente por meio de importadores e varejistas que trazem unidades de fora, enquanto a Meta não inclui o Brasil entre os países atendidos por sua loja.

Esse cenário limita a adoção, somado a questões usuais do segmento, como peso, autonomia de bateria, conforto e a necessidade de convencer o público de que a experiência vale o investimento.

Passo a passo, não ruptura

Mesmo com o discurso de que as telas no bolso perderão protagonismo, a transição deve ocorrer por camadas.

Headsets e óculos inteligentes começam como acessórios complementares em nichos de entretenimento, produtividade e comunicação.

À medida que recursos de voz, gestos e IA ficarem mais confiáveis, e que óculos de AR amadureçam, o usuário passará a migrar tarefas específicas para interfaces imersivas, sem abandonar de imediato o smartphone.

À luz de tudo isso, a pergunta que fica é simples e prática: se os óculos ganharem conforto, bateria e preço mais amigáveis, você trocaria o celular como dispositivo principal por uma interface imersiva no rosto?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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