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Casal limpa o quintal e encontra por acaso pedra com escritura misteriosa, FBI é acionado e o artefato coincide com uma peça dada como desaparecida de Museu na Itália

Escrito por Geovane Souza
Publicado em 10/10/2025 às 15:22
Casal limpa o quintal e encontra por acaso pedra com escritura misteriosa, FBI é acionado e o artefato coincide com uma peça dada como desaparecida de Museu na Itália
Moradores de Nova Orleans, nos Estados Unidos, encontraram no quintal de casa uma placa de mármore com inscrição misteriosa em latim. (Foto: Sussan Lusnia / Ryan Gray)
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Achado em Nova Orleans revela lápide romana de 1.900 anos ligada a acervo perdido na Segunda Guerra. FBI e autoridades italianas articulam repatriação.

Moradores de Nova Orleans, nos Estados Unidos, encontraram no quintal de casa uma placa de mármore com inscrição misteriosa em latim. O objeto foi identificado como a lápide de Sexto Congênio Vero, datada do século II d.C.

O artefato coincide com uma peça dada como desaparecida do Museu Arqueológico de Civitavecchia, na Itália, desde a Segunda Guerra Mundial.

O caso mobilizou arqueólogos das universidades de Tulane e Innsbruck e até a Art Crime Team do FBI, que ficou responsável pelo processo de devolução. A descoberta ocorreu em março de 2025 e, desde então, passou por análises e checagens cruzadas.

Achado doméstico vira caso internacional de patrimônio cultural

Casal limpa o quintal e encontra por acaso pedra com escritura misteriosa
A pedra antes da remoção com sua inscrição visível. (Foto: Ryan Gray)

A antropóloga Daniella Santoro e o marido Aaron Lorenz limpavam o quintal quando notaram uma tábua de pedra pesada sob a vegetação. Ao ver a escrita em latim, Santoro contatou o arqueólogo D. Ryan Gray, que acionou especialistas para traduzir e comparar a inscrição. O texto remeteu a Sexto Congênio Vero, marinheiro romano, e bateu com registros de uma lápide sumida em Civitavecchia.

Segundo o Preservation Resource Center of New Orleans (PRC), as fotos foram encaminhadas a Harald Stadler (Universidade de Innsbruck) e à professora Susann Lusnia (Tulane), que confirmaram a leitura e a provável procedência italiana.

Com a pista, a equipe entregou a pedra ao FBI para iniciar a repatriação. “Equipe tumba” foi o apelido do grupo que passou a rastrear a origem.

Lápide romana, Civitavecchia e a trilha da Segunda Guerra Mundial

Civitavecchia, porto próximo a Roma, sofreu bombardeios entre 1943 e 1944, quando seu museu perdeu parte do acervo.

Documentos do pós-guerra listaram peças extraviadas; a lápide de Sexto Congênio Vero aparece nessa relação. A hipótese mais forte é que o objeto saiu da Itália no contexto da guerra, chegando aos EUA décadas atrás.

Relatos de imprensa especializada, como Smithsonian e Live Science, reforçam a cronologia: peça do século II, inscrição em latim, matrícula de marinheiro e convergência com o catálogo do museu italiano. A repatriação segue o protocolo de cooperação internacional para bens culturais, com custódia do FBI Art Crime Team.

Neta de soldado dos EUA explica como a pedra foi parar no quintal

Em 10 de outubro de 2025, reportagem do The Guardian identificou a cadeia recente de posse, a lápide esteve com o soldado Charles Paddock Jr., que serviu na Itália na Segunda Guerra.

Segundo a neta Erin Scott O’Brien, a peça ficou exposta em casa até a morte do avô em 1986 e foi usada como ornamento de jardim depois.

Ao mudar-se em 2018, ela deixou a pedra no quintal, sem saber do valor histórico—o mesmo imóvel comprado por Santoro em 2025.

A confirmação não elimina perguntas sobre a aquisição original na década de 1940, mas aperta o cerco sobre o trajeto da obra desde o museu italiano até os EUA. Para as autoridades, o elo familiar ajuda a formalizar a repatriação com base em boa-fé e documentação.

O que diz a inscrição e por que a peça é valiosa para a arqueologia

A epigrafia indica uma estela funerária dedicada a um marinheiro romano do século II d.C., período de expansão naval no Mediterrâneo. A leitura da inscrição, feita por latinistas consultados por Tulane e Innsbruck, permitiu vincular o texto ao registro perdido de Civitavecchia.

Para a arqueologia, a peça contextualiza rotas, hierarquias e rituais funerários do Império Romano, além de servir de prova material de dispersão de acervos em conflitos.

Especialistas ouvidos por veículos como ARTnews e Jerusalem Post destacam que achados similares ajudam a fechar lacunas de catálogos e a treinar métodos de repatriação, hoje prioridade de museus e governos.

O caso também reforça o papel de moradores que, ao reportar objetos incomuns, evitam o mercado ilícito.

Você concorda com a repatriação imediata ou acha que a família americana deveria ter algum direito de guarda provisória por boa-fé? Casos assim devem priorizar a origem histórica ou a trajetória recente do objeto? Deixe seu comentário e explique como você resolveria o caso.

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Geovane Souza

Especialista em criação de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com atuação focada em crescimento orgânico, performance editorial e estratégias de distribuição. No CPG, cobre temas como empregos, economia, vagas home office, cursos e qualificação profissional, tecnologia, entre outros, sempre com linguagem clara e orientação prática para o leitor. Universitário de Sistemas de Informação no IFBA – Campus Vitória da Conquista. Se você tiver alguma dúvida, quiser corrigir uma informação ou sugerir pauta relacionada aos temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: gspublikar@gmail.com. Importante: não recebemos currículos.

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