Morador da Bretanha encontra cartão-postal destinado à filha mais de 26 anos após o envio, deixando os correios sem explicação para o atraso.
Uma carta enviada em 1996 finalmente chegou ao destino, mais de duas décadas depois, surpreendendo um morador da Bretanha e levantando dúvidas que até hoje não foram respondidas.
O caso chamou a atenção da comunidade local e dos próprios serviços postais, que não sabem explicar como isso foi possível.
Descoberta inesperada
No dia 7 de outubro, um homem da pequena ilha de Île-Tudy encontrou um cartão-postal na caixa de correio.
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O cartão era destinado à sua filha, então com apenas 15 anos, e havia sido enviado em 1996, de Barbâtre, uma cidade costeira a mais de 275 quilômetros dali.
Apesar do tempo, a mensagem estava perfeitamente legível. No envelope, uma frase carinhosa: “Um grande abraço”.
O remetente era um velho amigo da filha, com quem ela já não mantinha contato.
O mistério sobre quem realmente enviou a mensagem e por que a carta demorou tanto tempo continua sem solução.
Viagem de 276 quilômetros em 26 anos
O pai, surpreso com a chegada da carta, decidiu respeitar a privacidade da filha e não a abriu.
No entanto, curioso com a situação, fez um cálculo simples: a carta viajou 276 quilômetros em 26 anos e 56 dias, o que equivale a cerca de 29 metros por dia.
A situação levantou questionamentos. O envelope não tinha nenhum erro. O nome e o endereço estavam claros.
Não havia marcas que indicassem um motivo para o atraso. A carta estava em boas condições. O atraso, porém, era real — e totalmente fora do comum.
Correio não sabe explicar
Os funcionários da La Poste, empresa estatal francesa de correios, também ficaram sem respostas. O caso foi descrito como raro e desconcertante.
Um porta-voz chegou a sugerir que o cartão-postal pode ter ficado preso sob alguma máquina antiga durante o transporte, algo possível nos sistemas de 1996, que não tinham rastreamento digital como hoje.
“Talvez ele tenha ficado preso em algum lugar e só tenha ressurgido recentemente, após uma reformulação do sistema”, disse o representante da empresa. Mas essa ainda é apenas uma hipótese.
Cartas perdidas são raras
Segundo a própria La Poste, apenas 0,07% das correspondências não chegam ao destino final.
Com a modernização dos serviços, esse tipo de problema tornou-se ainda mais incomum.
Hoje, é possível usar ferramentas como rastreamento em tempo real e envio registrado, que permitem ao remetente e ao destinatário acompanhar cada etapa do trajeto.
A empresa reforça que casos como esse, embora possíveis, são muito improváveis nos dias atuais. Mesmo assim, o mistério do cartão perdido continua sem resposta.
Ninguém sabe ao certo onde ele esteve por tanto tempo, nem por que só apareceu agora.
Mistério segue sem solução
A história da carta virou assunto entre os moradores da ilha. Para alguns, foi uma simples falha do sistema. Para outros, um lembrete de como as coisas podem sair do nosso controle mesmo com toda a tecnologia atual.
A filha, agora adulta, recebeu o cartão com surpresa. Embora não tenha revelado o conteúdo, sabe-se que a mensagem tinha um tom afetuoso. O remetente, até hoje, não foi identificado. E talvez nunca seja.
A entrega dessa carta é mais do que um caso curioso. É um exemplo de como até os sistemas mais organizados podem ter falhas imprevisíveis. Mesmo após 26 anos, a mensagem chegou ao seu destino. Tardia, mas intacta.
E é justamente isso que intriga: como algo tão simples, como uma carta, pode se tornar um mistério tão fascinante? A resposta talvez nunca venha. Mas a história ficará.