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Carros elétricos dominam 18% do mercado global — Brasil avança, mas ainda busca custo-benefício e infraestrutura

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 10/10/2025 às 13:50
Carros elétricos dominam 18% do mercado global — Brasil avança, mas ainda busca custo-benefício e infraestrutura
Fonte: IA
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Carros elétricos já somam 18% do mercado global, enquanto o Brasil alcança 3,4%. Entenda o cenário, os desafios e o custo-benefício.

Carros elétricos ganham força no mercado global, mas Brasil ainda segue em ritmo mais lento

O mercado global de carros elétricos e híbridos plug-in acelera em 2025 e atinge resultados históricos. As montadoras venderam mais de 1,7 milhão de veículos eletrificados em agosto, segundo levantamento do CleanTechnica.

Esse número representa um crescimento anual de cerca de 15% e mostra o avanço contínuo da eletrificação automotiva.

Marcas internacionais ampliam seus portfólios e reduzem custos, tornando os carros elétricos mais acessíveis e atraentes para os consumidores.

China e Europa lideram a expansão global. Políticas de incentivo fiscal, metas ambientais rigorosas e investimentos robustos em infraestrutura de recarga impulsionam o crescimento nesses mercados.

O Brasil cresce em ritmo mais moderado. O volume de vendas de veículos eletrificados aumenta, mas ainda fica abaixo da média global.

Mesmo assim, montadoras e consumidores brasileiros mostram interesse crescente pela mobilidade elétrica. A transição energética já começou e ganha força a cada mês.

Mercado global é impulsionado por marcas chinesas

A China lidera o crescimento do mercado global de carros elétricos e se consolida como referência mundial em eletrificação automotiva.

De acordo com o levantamento do CleanTechnica, a BYD manteve a liderança absoluta ao vender 344.839 veículos em agosto, o que representa 20,1% das vendas globais.

Na sequência, a Tesla ocupou o segundo lugar, com 8,9% de participação, seguida por Geely (6,4%), Wuling e Leapmotor, que ganham força entre os consumidores.

Além disso, sete das dez maiores fabricantes de carros elétricos do mundo são chinesas, o que reforça o domínio do país nesse setor estratégico.

O avanço da China é impulsionado por incentivos governamentais robustos e investimentos pesados em tecnologia e infraestrutura de recarga.

Com isso, as montadoras chinesas moldam o mercado global de carros elétricos e híbridos, oferecem modelos mais acessíveis e ampliam a competitividade mundial com melhor custo-benefício e diversidade tecnológica.

Brasil avança, mas segue atrás do ritmo internacional

No Brasil, o avanço dos carros elétricos ainda tem sido percebido de forma gradual. Segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), foram vendidos 20.222 veículos eletrificados leves em agosto, o que corresponde a 9,4% do total de automóveis comercializados.

Desses, 77,5% foram modelos plug-in (BEV + PHEV), enquanto o restante foi composto por híbridos convencionais.

Apesar do crescimento, o desempenho nacional ainda está bem abaixo da média global. No mundo, os veículos 100% elétricos (BEV) representaram 18% das vendas totais, enquanto no Brasil esse índice ficou em apenas 3,6%.

No entanto, um avanço expressivo vem sendo registrado: entre janeiro e agosto, o país já acumulou mais de 126 mil veículos eletrificados vendidos, e a projeção da ABVE indica que o total poderá ultrapassar 200 mil unidades até o fim de 2025.

Fatores que explicam o descompasso brasileiro

O Brasil ainda avança mais lentamente que o mercado global de carros elétricos, e três fatores explicam esse atraso.

Em primeiro lugar, os preços elevados limitam o crescimento da eletrificação. Como a maioria dos modelos é importada, as montadoras repassam os custos altos aos consumidores, o que reduz o custo-benefício e afasta parte do público interessado.

Além disso, o país carece de uma infraestrutura de recarga ampla e eficiente. Embora novas estações sejam instaladas gradualmente, a rede ainda se concentra nas grandes cidades e não atende rotas de longa distância, o que reduz a confiança dos motoristas.

Por outro lado, a ausência de incentivos governamentais consistentes também freia a expansão dos carros elétricos no Brasil. Em outros países, subsídios, benefícios fiscais e políticas ambientais incentivam a compra de veículos eletrificados e fortalecem o setor.

Aqui, porém, as iniciativas continuam isoladas e dependem de governos locais, o que retarda a popularização dos carros elétricos e híbridos e mantém o país distante da média global.

Perspectivas otimistas para o Brasil

O mercado de carros elétricos e híbridos no Brasil avança de forma consistente, mesmo diante dos desafios.

Novas marcas chinesas, como BYD, GWM, MG, Omoda-Jaecoo e Leapmotor, aumentam a concorrência e pressionam os preços para baixo, o que amplia o interesse dos consumidores brasileiros.

Ao mesmo tempo, montadoras tradicionais intensificam os investimentos em eletrificação e lançam modelos mais acessíveis, com melhor custo-benefício e maior eficiência energética.

Esse movimento acelera a transição energética e confirma que a eletrificação automotiva é inevitável, tanto no mercado global quanto no nacional.

Dessa forma, o Brasil se insere gradualmente nesse novo cenário, em que tecnologia, sustentabilidade e economia de energia guiam o futuro da mobilidade e transformam a maneira como o país se move.

Carros híbridos ganham espaço como alternativa viável

Os carros híbridos estão ganhando espaço como alternativa prática diante dos desafios enfrentados pelos carros elétricos, especialmente em relação ao preço e à infraestrutura de recarga.

Esses modelos combinam motor a combustão com sistema elétrico, o que aumenta a autonomia e reduz o custo de manutenção, tornando-os mais acessíveis ao público.

Por isso, cada vez mais consumidores estão escolhendo os híbridos como porta de entrada para a mobilidade elétrica, aproveitando o melhor dos dois mundos.

Além disso, essa preferência vem sendo observada no Brasil e em outros países emergentes, onde o custo-benefício ainda é fator decisivo na compra de um veículo.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia, Geopolítoca, Econômia. Apaixonada por leitura e escrita.

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