1. Início
  2. / Automotivo
  3. / Carros elétricos da China desafiam a indústria global: demanda por gasolina pode despencar até 5% ao ano até 2030, transformando o mercado de combustíveis para sempre!
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 0 comentários

Carros elétricos da China desafiam a indústria global: demanda por gasolina pode despencar até 5% ao ano até 2030, transformando o mercado de combustíveis para sempre!

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 01/12/2024 às 07:22
Carros elétricos da China desafiam a indústria global
Foto: Carros elétricos da China/idogram

Carros elétricos da China não param de surgir em todos os mercados e isso pode impactar diretamente nas vendas de combustíveis. Gasolina pode ter queda histórica até 2030.

A produção de carros elétricos na China continua crescendo a todo vapor. O país já é o principal produtor de modelos eletrificados do mundo e a previsão é que possa fortalecer ainda mais essa posição nos próximos meses. Contudo, o boom deste mercado de carros elétricos da China pode gerar efeitos inesperados, principalmente para aqueles que consomem combustíveis. Neste artigo, vamos entrar em detalhes sobre os impactos dos elétricos no consumo da gasolina.

Gasolina pode ter queda no consumo entre 4% e 5%

Um dos impactos dos carros elétricos da China é a queda acentuada na demanda por combustíveis fósseis. No próprio território da China, por exemplo, projeções indicam uma queda no consumo de gasolina entre 4% e 5% ao ano até 2030, uma redução mais acentuada do que o esperado. O setor do transporte, que representa cerca de 25% da demanda de petróleo na China, já começou a mostrar sinais de retração.

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o consumo de gasolina atingirá seu pico este ano e entrará em declínio a partir de 2025. Uma das explicações para este cenário é a popularização dos carros elétricos da China. Subsídios implementados há mais de uma década pelo governo chinês permitiram que as montadoras aumentassem a produção de EVs e reduzissem custos.

Apenas em 2024 foram produzidos mais de 10 milhões de carros novos. Projeções indicam que carros elétricos e híbridos plug-in compõem atualmente 10% da frota do país, mas devem superar 20% até 2027, chegando perto de 100% por volta de 2040.

Queda no uso de combustíveis pode reduzir principais pilares de sustentação

O cenário previsto para o futuro em relação aos combustíveis gera certo temor. Isso porque a China é responsável por quase 20% da demanda mundial de petróleo e desempenha um papel fundamental no equilíbrio do mercado. A queda no consumo de gasolina, agravada por um crescimento econômico mais lento do país, ameaça reduzir um dos principais pilares de sustentação da demanda global de petróleo.

Além disso, a crescente popularização dos caminhões elétricos e o gás natural liquefeito (GNL) também pressiona o consumo de combustíveis como diesel, que alcançou seu pico em 2019 e deve cair entre 3% e 5% ao ano até 2030. Enquanto isso, nos Estados Unidos o consumo de gasolina caiu apenas 12% desde 2004. Já na Europa, a redução foi de apenas 5% desde 2007, segundo informações da Bloomberg.

Como os carros elétricos da China impactam o Brasil?

Nos últimos anos, o mercado de carros elétricos da China tem se destacado como o maior e mais competitivo do mundo. Com dezenas de marcas e modelos sendo lançados regularmente, os fabricantes estão em uma corrida acirrada para ganhar participação nesse setor em expansão. 

Contudo, no Brasil, o uso de combustíveis continua crescendo. A prova disso é que as vendas de óleo diesel por distribuidoras no Brasil cresceram 4,2% no primeiro semestre, ante o mesmo período de 2023, para um recorde de 5,66 bilhões de litros, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Entretanto, as vendas de gasolina por distribuidoras no Brasil retiraram 7,4% na primeira metade do ano na comparação com o mesmo período de 2023, a 21,4 bilhões de litros, diante de um menor competitividade do combustível fóssil frente o etanol. Já as vendas de etanol hidratado, concorrente direto da gasolina nas bombas, cresceram 50,3% no primeiro semestre ante o mesmo período do último ano, a 10,4 bilhões de litros.

  • Reação
Uma pessoa reagiu a isso.
Reagir ao artigo
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais antigos
Mais recente Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x