Compacto da Volkswagen segue valorizado no mercado de usados mesmo após o fim da produção em 2021. O modelo combina baixo consumo, motor 1.0 turbo de 105 cv, manutenção simples e desvalorização contida.
O Volkswagen up! deixou as linhas de produção brasileiras em abril de 2021 e, mesmo assim, continua cobiçado entre os usados por entregar 105 cv na versão turbinada e consumo que chega a 16,1 km/l na estrada com gasolina.
Pela referência de agosto de 2025 da Tabela Fipe, a configuração derradeira — Xtreme 170 TSI 1.0 Flex, manual de cinco marchas — aparece em R$ 71.790, valor que o mantém competitivo em um mercado no qual hatches de entrada novos frequentemente superam R$ 100 mil.
O apelo combina eficiência, desempenho e manutenção simples.
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Fim de ciclo e estratégia industrial da Volkswagen
Produzido em Taubaté (SP) por sete anos, o up! saiu de cena para abrir espaço ao Polo Track.
À época, a Volkswagen informou que a decisão fazia parte da renovação do portfólio no Brasil, encerrando uma trajetória iniciada em 2014 e marcada por prêmios de eficiência energética.
A mudança reposicionou a marca no segmento de compactos, mas não reduziu o interesse pelo modelo no mercado de seminovos.
Motor 1.0 TSI e câmbio manual: desempenho acima da média
Sob o capô da versão Xtreme, o três-cilindros 1.0 TSI com turbocompressor e injeção direta entrega 105 cv com etanol (101 cv com gasolina) a 5.000 rpm e 16,8 kgfm de torque já a 1.500 rpm.
Com 1.001 kg de peso em ordem de marcha, o conjunto resulta em relação peso-potência de 9,5 kg/cv.
Esse pacote garante respostas rápidas no uso urbano e bom fôlego em rodovias: o 0 a 100 km/h ocorre em 9,4 s, e a velocidade máxima atinge 183 km/h, números que mantêm o compacto em patamar de desempenho raro entre modelos do seu porte.
Enquanto isso, o câmbio manual de cinco marchas, conhecido pelos engates curtos, favorece acelerações e retomadas, além de contribuir para o consumo contido.
A calibração privilegia elasticidade, o que ajuda a lidar com subidas e ultrapassagens sem exigir reduções constantes.
Consumo medido e eficiência energética
Os índices oficiais de consumo confirmam a vocação econômica. No ciclo urbano, o up! registra 9,5 km/l com etanol e 13,7 km/l com gasolina. Em rodovias, os resultados sobem para 10,4 km/l e 16,1 km/l, respectivamente.
Em seu período de vendas, esses números colocaram o hatch entre os mais eficientes do país, atrás apenas de híbridos e de alguns aspirados menores.
Mesmo diante de motores turbo mais recentes, a eficiência segue competitiva.
Dimensões enxutas, espaço bem resolvido
O subcompacto mede 3,64 m de comprimento e tem 2,42 m de entre-eixos. Na última série vendida, a Volkswagen homologou o modelo para quatro ocupantes.
Apesar do porte, o aproveitamento interno é correto para o uso diário. O porta-malas leva 285 litros, volume acima de rivais diretos e suficiente para compras e bagagens leves.
A direção elétrica facilita manobras em vagas estreitas, e o encosto traseiro rebatível amplia a versatilidade quando é preciso transportar objetos maiores.
Segurança e equipamentos de conveniência
Mesmo na despedida, a versão Xtreme oferecia pacote de segurança completo para a categoria: quatro airbags, freios ABS com EBD e controles de tração e estabilidade.
Entre os itens de conforto e praticidade, havia sensor de estacionamento, faróis de neblina, rodas de liga leve de 15 polegadas com acabamento diamantado, ar-condicionado e central multimídia com suporte a aplicativos de navegação.
Houve, contudo, críticas recorrentes à ausência de vidros elétricos traseiros, ponto que destoou do conjunto.
Reparabilidade e custo de manutenção
O índice de reparabilidade do Cesvi indicou o up! como o carro de menor custo de conserto em sua categoria após colisões, atributo que pesa na conta de seguros e oficinas.
Além disso, a robustez do conjunto TSI consolidou-se entre mecânicos independentes e proprietários, graças a intervalos de manutenção simples e a um projeto conhecido pela confiabilidade.
A percepção do dia a dia aparece nos relatos de uso prolongado.
Leonardo Andrade, em comentário ao portal CPG, descreveu o modelo como resistente e previsível no bolso.
“O Volkswagen up! é um carro de excelência, dificilmente quebra. O meu, com 200.000 km, só troquei uma vez a embreagem e kits do freio e óleo, óbvio. Meus amigos também têm ele e dizem o mesmo”, afirmou.
Segundo Andrade, a durabilidade do trem de força e a simplicidade das revisões de rotina ajudam a explicar por que unidades bem conservadas costumam ter saída rápida nas principais capitais.
Mercado de usados: preço, oferta e procura
No mercado de seminovos, a referência da Tabela Fipe em R$ 71.790 para a Xtreme 170 TSI 1.0 Flex, em agosto de 2025, sustenta o patamar de valorização.
Em um cenário em que hatches 0 km frequentemente ultrapassam R$ 100 mil, o custo de aquisição favorece quem busca eficiência sem abandonar desempenho.
Concessionárias e lojistas relatam procura consistente, especialmente no Sudeste, com giro acelerado de exemplares em bom estado e histórico de manutenção comprovado.
Ainda assim, a disputa por unidades com baixa quilometragem e revisões em dia pressiona preços.
Itens de desgaste natural, como pneus, freios e embreagem, entram no radar do comprador atento, que também valoriza versões com pacote de segurança completo e central multimídia atualizada.
Desvalorização contida no pós-venda
Entre abril de 2021 e agosto de 2025, a desvalorização acumulada da versão Xtreme ficou em torno de 14%, resultado inferior ao observado em hatches compactos aspirados, patamar que costuma superar 20% no mesmo intervalo.
Essa diferença reflete o equilíbrio do projeto: potência suficiente para o dia a dia, consumo baixo e reparabilidade favorável.
O trio ajuda a preservar valor de revenda e reduz o custo total de propriedade.
Por que o up! segue relevante
A soma de motor moderno, pacote de segurança abrangente e proposta racional explica por que o up! permanece no radar de quem quer gastar menos sem sacrificar desempenho.
No uso urbano, o porte reduzido facilita a convivência, enquanto a eficiência energética e o torque disponível em baixa rotação garantem condução ágil.
Para quem mira um compacto com manutenção previsível e liquidez no mercado, os sinais continuam positivos.
Com esse conjunto técnico, histórico de confiabilidade e preços ainda competitivos na Tabela Fipe, o subcompacto da Volkswagen preserva espaço entre os mais procurados do segmento de usados.
Para você, qual seria o ponto decisivo para a sua compra: a economia no posto, o desempenho do 1.0 TSI ou a baixa desvalorização no pós-venda?
Tb tive problema no ar condicionado.
Parece ser cronico.
Quando procurei uma loja de manutencao de ar condicionado, coincidentemente tinha 3 ups na fila rss.
A Bobina do ar fica na parte de baixo do carro proxima ao parachoque. Se houver um batida, pode comprometer. E se nao houver batida, dura no maximo 100.000km
É uma manutencao de 400 a 600 reais.
Mas ainda acho q compensa ter um que esteja inteiro.
Tenho um 2018 cross. Só ando voando e faz 14,5 km/l.
É um otimo carro para ser o carro do dia a dia. Para ser o carro principal de uma familia é complicado devido ao espaco interno.
Avaliando stage 1 para o brinquedo ficar mais divertido.
Comprei por 52 mil há um ano.
Nao vejo melhor custo benefício no momento. Apesar de ter apenas 105 cavalos no alcool, por ser turbo anda muito. Ja tive carro 2.0 de 156cv que andava muito menos no transito da cidade.
Tive um ultim série, Extreme TSI 2021.
Não tive sorte. Teve problemas no câmbio e no ar condicionado. Vendi quando a garantia estava acabando. Andava muito.