O Nissan N7, sedã elétrico já vendido na China, foi visto em testes em São Paulo e desperta expectativa de lançamento no Brasil. Com autonomia de até 635 km, traz assentos inteligentes e preço inicial acessível em seu mercado de origem.
O Nissan N7, sedã 100% elétrico lançado na China com preço inicial de 119.900 yuans (cerca de R$ 76 mil), foi visto em testes nas ruas de São Paulo.
O flagrante, publicado no Instagram por @bydbatido, reacendeu a expectativa sobre a chegada do modelo ao país nesta semana.
A Nissan confirma que o N7 foi concebido como modelo global, mas ainda não divulgou os mercados que o receberão fora da China.
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Flagra em São Paulo e plano global
Um exemplar camuflado circulou na capital paulista, indicando que a marca avalia o sedã em território nacional.
Enquanto isso, a estratégia da montadora prevê exportar veículos feitos na China a partir de 2026, com o N7 entre os protagonistas, embora os países de estreia não estejam definidos.
Por ora, não há confirmação oficial sobre lançamento no Brasil.
Dimensões de sedã grande
O N7 mede 4,93 m de comprimento, 1,895 m de largura e 1,487 m de altura, com entre-eixos de 2,915 m.
As proporções são de um sedã de grande porte e tendem a favorecer o espaço interno, rivalizando em comprimento com modelos maiores do que os sedãs médios tradicionais vendidos por aqui.
Autonomia, baterias e desempenho
A gama oferece duas baterias, de 58 kWh e 73 kWh, combinadas a motores dianteiros de 160 kW (218 cv) ou 200 kW (272 cv).
No ciclo CLTC, a autonomia declarada varia de 510 km a 635 km, com o alcance máximo associado ao pacote de 73 kWh.
Essa configuração coloca o N7 entre os elétricos médios com maior raio de ação em sua faixa de preço na China.
Tecnologia de assistência ao motorista
Desde as versões iniciais, o sedã traz pacote de ADAS de nível 2, incluindo controle de cruzeiro adaptativo e assistente de permanência e mudança de faixa.
A arquitetura de condução assistida é desenvolvida em parceria com a Momenta, empresa chinesa especializada em algoritmos de direção inteligente.
Interior minimalista e telas digitais
Por dentro, o N7 adota um desenho minimalista, com a maior parte dos comandos concentrada na central multimídia de 15,6’’ e no painel de instrumentos digital de 8,8’’.
O seletor de marcha e modos de condução fica no volante, reduzindo botões no console e nas portas.
O conjunto roda o Nissan OS e, nas versões superiores, utiliza o processador Qualcomm Snapdragon 8295P.
Bancos com inteligência artificial
Um dos destaques está nos bancos AI Zero-Pressure Cloud, que contam com 49 sensores para mapear a postura dos ocupantes e ajustar o suporte automaticamente.
A Nissan e sua parceira de joint venture detalharam que o sistema utiliza algoritmo de postura treinado com base em dados reais e recebe atualizações OTA para aprimoramentos contínuos.
Iluminação em LED avançada
Na dianteira, luzes diurnas de LED finas se integram ao capô, enquanto os faróis principais ficam posicionados mais abaixo, formando elemento visual anguloso.
Na traseira, a barra luminosa contínua exibe o nome da marca e permite padrões de luz configuráveis.
São 710 LEDs na frente e 882 atrás, compondo uma linguagem de iluminação dinâmica.
Relação com o Dongfeng eπ 007
O N7 é fruto da parceria Dongfeng-Nissan e compartilha base e medidas com o Dongfeng eπ 007, de onde derivam soluções de projeto e parte do pacote tecnológico.
O desenvolvimento e a produção ocorrem na China, dentro do plano de médio prazo da Nissan para acelerar lançamentos eletrificados no mercado local.
Versões e preços na China
A linha chinesa conta com cinco versões, todas com lista extensa de equipamentos para o segmento.
Além das assistências de condução, o N7 oferece recursos de conforto típicos de categorias superiores, como massagem nos bancos, climatização avançada e atualizações remotas de software.
Os preços vão de 119.900 a 149.900 yuans.
Vendas e procura no mercado chinês
Desde o lançamento, o sedã registrou forte demanda. Em junho de 2025, a Nissan reportou 17.215 pedidos no primeiro mês de vendas e, na sequência, o volume superou 20 mil unidades em 50 dias.
Os números indicam que o N7 tem ajudado a recuperar tração da marca no mercado chinês.
Possível chegada ao Brasil
Se houver importação, o N7 deverá ficar acima do Sentra em porte e potência. Não há preço para o mercado brasileiro.
Para efeito de contexto, o Sentra Exclusive custa R$ 195.890 hoje, o que sugere uma faixa superior para um sedã elétrico desse tamanho caso viesse ao país, mas a Nissan não comenta valores ou prazos locais.
Com autonomia declarada de até 635 km, interior de proposta tecnológica e preço agressivo na China, o N7 teria espaço no Brasil entre os sedãs médios e grandes eletrificados; a questão é quando — e se — a Nissan decidir incluir o país na rota de exportação do modelo, você considera que o N7 encontraria público por aqui?