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Capital estimado em R$ 1 bilhão referente acordo da Petrobras na operação Lava Jato vai parar em esquema de corrupção do Ministério da Educação e Cultura (MEC), controlado pelo centrão

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 26/07/2022 às 16:53
Ministério da educação - mec - corrução - petrobras - centrão
Corrupção no Ministério da Educação envolvendo dinheiro da Petrobras – Imagem STU.ORG

Pedido de propina foi realizado pelo pastor lobista Arilton Moura que justificou dizendo que o dinheiro seria utilizado para “auxílio nas obras missionárias desenvolvidas por sua igreja”.

A história ligada a Milton Ribeiro, ex-ministro da educação, ganhou continuação. Até então, o esquema de corrupção do MEC (Ministério da Educação e Cultura) era estruturado apenas por um gabinete paralelo de pastores, porém a problemática vai muito além quando é constatado que o dinheiro envolvido também resultava da Petrobras por acordos realizados durante a Lava Jato.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) foi o principal meio para a aplicação do dinheiro que, decretado por Alexandre Moraes, ministro do Sistema Tribunal Federal (STF), foi retirado dos acordos da Lava Jato. 

A fonte dessas informações vem através da matéria realizada pelo jornalista Guilherme Amado à Metrópoles. O mesmo afirma que “(o) dinheiro recuperado da corrupção da Petrobras na gestão passada foi parar no foco de corrupção da gestão atual”. 

por- Brasil 247

Relembre a investigação envolvendo esquema de corrupção no MEC

A Polícia Federal iniciou uma investigação nos últimos meses com indícios de uma organização criminosa infiltrada no Ministério da Educação que cometia crimes na parte administrativa. A suposta facção é composta por Milton Ribeiro, ex-ministro da educação, pastores lobistas e suas respectivas famílias, pois era através delas que as transações bancárias eram realizadas. 

O pedido de propina foi realizado pelo pastor lobista Arilton Moura que justificou dizendo que o dinheiro seria utilizado para “auxílio nas obras missionárias desenvolvidas por sua igreja”.

O mesmo foi preso no dia 22 de junho, junto ao pastor Gilmar Santos, o advogado Luciano de Freitas Musse e o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia Helder Bartolomeu, além de Milton Ribeiro. 

De acordo com a Justiça Federal do Distrito Federal, após o decreto de prisão, o juiz Renato Borelli passou a receber inúmeras ameaças por parte dos apoiadores do Ribeiro. A solução foi emitir um pedido de proteção ao magistrado para que ele pudesse continuar exercendo sua função como juiz e suas atividades como cidadão comum.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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