A Caoa está investindo R$ 3 bilhões em sua fábrica em Goiás. A expectativa é que, além de gerar 800 empregos, a capacidade da unidade seja ampliada em 150%.
O grupo Caoa começou um novo ciclo de investimentos no município de Anápolis (GO). O anúncio foi realizado na terça-feira (29) e prevê o valor de R$ 3 bilhões aplicado ao longo dos próximos 4 anos e a geração de 800 empregos diretos.
A confirmação da ampliação da fábrica foi realizada durante uma reunião com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e o vice-governador do Estado de Goiás, Daniel Vilela (MDB).
Investimentos focam no aumento de capacidade da unidade fabril da Caoa
O foco do Grupo Caoa está na ampliação de 150% da capacidade de produção do SUV Tiggo 5X, além de manutenção das ações de marketing e de pós-vendas feitas pela montadora. Também há previsão para expansão da rede de concessionárias com foco na venda dos carros de origem chinesa.
- Por que os agricultores enchem os PNEUS dos tratores com ÁGUA?
- Crescimento do PIB brasileiro atinge 2,8% em 2024, mas Banco Mundial alerta para desafios fiscais devido a gastos previdenciários e dívida pública
- Essa é a nova MAIOR fazenda do Brasil impressiona por seu tamanho surpreendente, é avaliada em 30 BILHÕES, tem 970 km de estrada e pode abrigar 10 países juntos
- Projeto de rodovia ignorado há 50 anos ressurge das cinzas prometendo transformar radicalmente região com muitos empregos, turismo e economia forte; riscos ambientais, no entanto, aterrorizam especialistas
O valor de R$ 3 bilhões será investido na expansão da capacidade de produção da fábrica até 2029, gerando centenas de empregos. Segundo Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, presidente da empresa, que também esteve presente na reunião, com o aporte será possível aumentar a produção de veículos da marca Caoa Chery.
Segundo o executivo, com este plano que a Caoa apresenta agora, a estimativa é de geração de 800 novos empregos diretos. O grupo Caoa é uma empresa nacional e acredita no potencial brasileiro.
Desta forma, continuará investindo em novos produtos, renovação dos atuais, além da introdução de novas tecnologias de eletrificação. A estimativa de investimentos integra não apenas a área de novos veículos e manufatura.
Investimentos para expansão da fábrica do Grupo Caoa fortalecerão o mercado de carros elétricos
Como mencionado acima, o projeto prevê também a manutenção de investimentos nos setores de marketing e Pós-Venda da montadora e ainda na expansão de sua rede de concessionárias, com foco em uma maior capacidade na distribuição.
A empresa também afirmou seu objetivo de continuar realizando investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento local, valendo-se principalmente dos profissionais qualificados da região.
O projeto, além de gerar centenas de empregos, deve fortalecer os carros elétricos e híbridos da marca, tanto os que são produzidos em Goiás como os importados da China. É o segundo aporte seguido na planta de Anápolis. O investimento anterior havia sido realizado em novembro de 2020, quando a montadora anunciou um aporte de R$ 1,5 bilhão.
Atualmente, a Caoa conta com um importante Centro de Pesquisas e Eficiência Energética (CPEE), pelo qual são fechadas parcerias com universidades estaduais e federal de Goiás. Recentemente o Centro de Pesquisas inaugurou a maior fachada de vidro com filmes solares do mundo. Os vidros do edifício receberam filmes fotovoltaicos orgânicos (OPV), em uma superfície de 850 m², gerando energia sustentável com eficiência de radiação solar.
Polêmicas do novo investimento da Caoa
O novo investimento da Caoa acontece no momento em que os benefícios tributários estão sendo questionados. Montadoras instaladas nas regiões Sul e Sudeste têm feito campanha contra uma possível prorrogação dos incentivos fiscais que estão em vigor no Nordeste e Centro-Oeste. A principal polêmica envolve o grupo Stellantis, que busca a extensão do programa para manter os planos de produção na fábrica de Goiana (PE).
Em maio do último ano, a Caoa anunciou a interrupção da produção na cidade de Jacareí. A princípio seria uma paralisação temporária, entretanto não houve nenhuma previsão de retorno.
A companhia confirma que a situação não mudou, e a unidade permanece fechada. Também em 2022, os 489 colaboradores demitidos de seus empregos em Jacareí aceitaram o plano de indenização de nove a 15 salários nominais, com teto de R$ 5 mil.