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Cansado das taxas dos grandes bancos? A ascensão do Nubank e sua legião de seguidores provou que um cartão roxo poderia desafiar um império

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 16/10/2025 às 10:02
A ascensão do Nubank revolucionou o setor financeiro brasileiro ao desafiar os bancos tradicionais com um cartão de crédito digital e um aplicativo que eliminou taxas e burocracias, conquistando milhões de consumidores.
A ascensão do Nubank revolucionou o setor financeiro brasileiro ao desafiar os bancos tradicionais com um cartão de crédito digital e um aplicativo que eliminou taxas e burocracias, conquistando milhões de consumidores.
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A ascensão do Nubank é mais do que uma história de negócios; é um fenômeno social que redefiniu a relação de milhões de brasileiros com o dinheiro. A fintech surgiu em um cenário dominado por poucas instituições, marcado por altas taxas de juros, mau atendimento e processos complexos. A empresa provou que era possível oferecer serviços financeiros sem agências físicas, sem burocracia e, o mais importante, sem as tarifas que frustravam os consumidores. O cartão de crédito sem anuidade, gerenciado por um aplicativo intuitivo, foi a porta de entrada para um modelo que mudaria as regras do jogo.

O sucesso estrondoso da empresa explorou um profundo e antigo ressentimento público contra o sistema bancário tradicional.

Ao oferecer autonomia, transparência e uma experiência focada no usuário, o Nubank não apenas conquistou uma legião de seguidores fiéis, mas também catalisou o crescimento de um ecossistema de fintechs, forçando os bancos estabelecidos a reagirem de forma inédita.

Essa competição resultou em benefícios diretos para os consumidores, que hoje contam com mais opções, taxas menores e serviços mais eficientes em todo o mercado.

A revolução na prática: como o Nubank funciona

A grande diferença do Nubank está na experiência do usuário, projetada para ser totalmente digital, simples e autônoma.

O processo de abertura de conta, por exemplo, eliminou a necessidade de ir a uma agência, apresentar cópias de documentos e conversar com um gerente.

Tudo é feito pelo aplicativo, com o envio de fotos dos documentos e uma selfie, e a análise de crédito, baseada em algoritmos, costuma levar apenas alguns minutos ou horas.

Isso contrasta fortemente com os dias de espera e a papelada exigida pelos bancos tradicionais.

No dia a dia, o aplicativo funciona como um centro de controle financeiro completo e intuitivo.

Cada compra no cartão de crédito aparece instantaneamente no extrato, permitindo um acompanhamento em tempo real que evita surpresas no fim do mês.

O dinheiro parado na conta rende automaticamente a 100% do CDI, um diferencial enorme frente à poupança tradicional.

Até mesmo questões de segurança, como bloquear um cartão perdido ou criar um cartão virtual para compras online, são resolvidas de forma imediata pelo próprio usuário, sem a necessidade de ligar para uma central de atendimento e navegar por menus intermináveis.

O impacto no sistema e a reação dos gigantes

O crescimento exponencial do Nubank não passou despercebido e enviou ondas de choque por todo o setor.

A disrupção causada pela fintech obrigou os bancos tradicionais a saírem de sua zona de conforto.

Em uma tentativa de competir e reter clientes, especialmente os mais jovens e digitalizados, gigantes do mercado lançaram suas próprias plataformas digitais, como o Next (do Bradesco) e o Superdigital (do Santander).

Essa movimentação foi uma admissão tácita de que o modelo antigo, com sua estrutura de custos elevada e foco no lucro sobre o serviço, estava ultrapassado.

Além de pressionar os grandes players a inovar, o sucesso do Nubank validou o modelo de negócio das fintechs no Brasil, incentivando o surgimento de um ecossistema vibrante com empresas focadas em nichos específicos, como gestão financeira, investimentos e empréstimos com garantia.

Embora essa nova dinâmica tenha gerado batalhas regulatórias, o saldo final foi positivo para o consumidor.

A concorrência acirrada aumentou a inclusão financeira e passou a colocar o cliente no centro das atenções em um setor historicamente criticado pelo mau atendimento e pelos custos elevados.

O Nubank provou que um modelo de negócio centrado no cliente e alavancado pela tecnologia poderia não apenas competir, mas desafiar uma poderosa oligarquia.

O seu legado mais importante talvez seja o empoderamento do consumidor.

A mudança que ele iniciou continua a moldar o futuro do setor financeiro no país, mostrando que a insatisfação pode, de fato, ser o motor de uma revolução.

Você trocou um banco tradicional pelo Nubank ou outra fintech? A experiência realmente foi melhor e mais barata? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem viveu essa transformação na prática.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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