Canadá no BRICS: a reviravolta que muda o jogo global e desafia Trump. Negociações discretas indicam que o Canadá pode se tornar o primeiro país do G7 a integrar o bloco, alterando o equilíbrio geopolítico mundial
O Canadá no BRICS já não é apenas especulação. Negociações de alto nível vêm ocorrendo desde julho, aproximando Ottawa de um bloco que reúne potências emergentes e desafia diretamente a hegemonia dos Estados Unidos. A possível adesão representa uma ruptura histórica com o tradicional alinhamento canadense a Washington.
Segundo informações do Canadá Diario, encontros reservados com representantes de China, Brasil e Rússia discutiram desde acordos comerciais até a conversão de reservas canadenses para moedas como yuan e rúpia. Essa mudança estratégica ganhou força após a escalada de tarifas impostas pelo governo Trump sobre produtos canadenses, aprofundando uma crise comercial sem precedentes.
Como as tensões com os EUA abriram caminho para o BRICS
O ponto de ruptura veio com a retomada do mandato de Donald Trump e a decisão de romper acordos de livre comércio. Tarifas de até 35% foram impostas a madeira, aço, alumínio, laticínios e automóveis, afetando exportações-chave do Canadá.
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O impacto foi imediato: empresas como General Motors e Magna sofreram quedas de mercado superiores a 9% em um único dia, enquanto sindicatos e redes varejistas iniciaram boicotes a produtos americanos. Pesquisas internas mostram que 91% dos canadenses apoiam reduzir a dependência dos EUA e 71% pretendem evitar produtos vindos de lá.
Por que o BRICS é atraente para o Canadá
O ingresso no BRICS oferece vantagens estratégicas que vão além do comércio. Uma delas é a blindagem contra sanções, inspirada na experiência da Rússia, que redirecionou negócios após punições ocidentais.
Outro atrativo é a diversificação econômica: o bloco, hoje com 10 países, representa 46% da população mundial e 35,6% do PIB global. Além disso, o BRICS discute alternativas ao dólar, o que pode fortalecer o dólar canadense e reduzir pressões inflacionárias.
Riscos e desafios da mudança de bloco
Entrar no BRICS também implica riscos consideráveis. A reação de Washington pode incluir sanções, isolamento tecnológico e desgaste diplomático dentro da aliança Five Eyes, que reúne Canadá, EUA, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia.
Além disso, há o desafio de equilibrar interesses econômicos com questões políticas e de segurança, já que o BRICS inclui membros com agendas divergentes das nações ocidentais.
Impacto global da adesão canadense
Se confirmada, a entrada do Canadá no BRICS teria efeito simbólico e prático. Seria o primeiro país do G7 a ingressar no bloco, tornando-o verdadeiramente global e ampliando seu peso nas negociações comerciais e financeiras.
Especialistas alertam que isso poderia inspirar outros aliados dos EUA, como México e Coreia do Sul, a reconsiderarem suas alianças. Na prática, a globalização baseada no dólar sofreria seu maior abalo desde a Segunda Guerra.
Trump e o efeito reverso de sua política
A postura de Donald Trump, marcada por tarifas punitivas e ameaças econômicas, pode estar acelerando exatamente o que pretende evitar: o afastamento de aliados históricos e o fortalecimento de blocos rivais.
Projeções da Oxford Economics estimam que uma eventual adesão canadense ao BRICS poderia custar aos EUA até 90 bilhões de dólares em comércio e reduzir o PIB em até 0,3%.
E você, acredita que o Canadá no BRICS pode inaugurar uma nova ordem global ou será apenas um movimento simbólico? Como isso afetaria o Brasil e a economia mundial? Deixe sua opinião nos comentários.