Nos portos de Rotterdam, na Europa, e em Tianjin, China, caminhões autônomos sem cabine lideram uma revolução tecnológica, impulsionados por inteligência artificial e 5G, reduzindo custos operacionais e aumentando a eficiência.
No coração do porto de Rotterdam, o maior da Europa, uma inovação chama atenção: caminhões sem cabine. Estes veículos, totalmente autônomos e controlados por inteligência artificial, representam o futuro da logística portuária, mas por outro lado reduz muito os empregos de motoristas e operadores. Similarmente, no porto de Tianjin, na China, a Huawei tem implantado tecnologias que permitem a operação de 76 robôs autônomos, geridos por uma rede de 12 torres 5G.
Esta automação reduziu drasticamente a necessidade de operadores humanos, com um terminal autônomo necessitando apenas de 200 trabalhadores, comparado aos 800 a 1000 em terminais convencionais. A eficiência operacional também viu um salto significativo, com terminais autônomos lidando com 36 contêineres por hora, contra 28 a 30 nos convencionais.
Caminhões sem cabine ajudam nas obrigações de sustentabilidade
Além de economizar em custos laborais, a automação portuária, apoiada por veículos elétricos que se recarregam automaticamente, melhora a sustentabilidade. Contudo, surgem desafios, como o equilíbrio na frequência de recarga das baterias para otimizar a vida útil sem comprometer a operação.
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A tendência de automação não se limita à Europa e Ásia. Nos Estados Unidos, embora atrás na corrida pela automação portuária, projetos como o da Volvo com caminhões autônomos sem cabine estão em desenvolvimento, visando operações eficientes em rotas pré-definidas.
Essa transformação nos portos globais não só aumenta a competitividade e eficiência mas também acende debates sobre o futuro da força de trabalho. Com a automação ameaçando empregos tradicionais, a requalificação e adaptação dos trabalhadores torna-se uma necessidade urgente.
Além dos portos, os caminhões sem cabine estão sendo explorados em outras áreas
Os caminhões sem cabine estão revolucionando não apenas o setor portuário, mas também se estendendo para diversas áreas onde a eficiência e a segurança são primordiais. Por exemplo, na logística e distribuição, a Volvo está na vanguarda com seu projeto em parceria com a DFDS. Este caminhão autônomo foi projetado para operar em velocidades baixas, cerca de 40 km/h, em rotas pré-definidas, conectando centros de distribuição a portos como o de Gotemburgo na Suécia. Esses caminhões são ideais para tarefas repetitivas em distâncias curtas, onde precisam entregar grandes volumes de carga com precisão.
No setor industrial, a empresa sueca Einride destaca-se com seu caminhão elétrico e autônomo, o Einride Pod. Este veículo opera em um trajeto de meio quilômetro entre uma fábrica e um depósito da General Electric nos EUA, totalmente dentro do pátio da empresa, demonstrando a viabilidade de caminhões sem cabine em ambientes industriais controlados.
Apesar de tanta evolução, muitos empregos serão perdidos
A crescente adoção de caminhões autônomos sem cabine, embora promova eficiência e segurança, traz consigo a preocupação significativa do desemprego. O impacto mais notável é sentido no setor de transportes, onde a automação pode substituir postos de trabalho tradicionalmente ocupados por motoristas. Nos Estados Unidos, estima-se que até 500.000 empregos de motoristas possam ser afetados pela automação nos próximos anos.
A realidade no Brasil também reflete uma preocupação semelhante. Com 65,5% dos caminhoneiros não possuindo ensino médio completo e apenas 4,5% com ensino superior, a transição para outras formas de emprego torna-se um desafio substancial. A automação não afeta apenas os motoristas, mas também outros profissionais envolvidos nas operações logísticas e portuárias, desde o carregamento até a manutenção e supervisão dos veículos autônomos.