Conflito entre líderes do setor expõe fragilidade no modelo de negócios e pode acelerar crise na indústria automotiva chinesa
A rivalidade entre BYD e Great Wall Motor (GWM) está provocando turbulência sem precedentes no maior mercado automotivo do mundo.
Em maio de 2025, a tensão escalou após declarações polêmicas do CEO da GWM, Wei Jianjun, sobre os riscos de colapso econômico no setor.
A resposta veio com força de Li Yunfei, executivo da BYD, que rejeitou a comparação com a incorporadora falida Evergrande.
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Ele prometeu tomar medidas legais contra a disseminação de informações falsas.
A guerra de preços se intensificou quando a BYD reduziu em até 35% os valores de 22 modelos.
O compacto Seagull passou a ser vendido por 55.800 yuans, o equivalente a cerca de R$ 39 mil.
O movimento foi considerado agressivo e gerou reações em cadeia de concorrentes como Geely e Chery, que também anunciaram cortes.
O clima de instabilidade provocou queda nas ações e aumentou o temor de uma bolha no setor de veículos elétricos.
Tensão entre gigantes: como começou a guerra de preços entre BYD e GWM
A ofensiva da BYD foi vista por muitos como uma resposta à queda nas vendas no início de 2025. Com grande capacidade de produção e liderança consolidada desde 2023, a empresa aposta em volume e competitividade para manter sua posição dominante.
Em contrapartida, Wei Jianjun classificou o cenário como “insalubre” e alertou para o risco de colapso.
Ele evocou o caso da Evergrande, cuja dívida excessiva gerou uma das maiores crises imobiliárias da China. Entretanto, Li Yunfei rebateu publicamente a analogia. Ele afirmou que a relação dívida/ativo da BYD é de 70%, inferior à de montadoras tradicionais como Ford e Toyota. Segundo ele, o endividamento acompanha o ritmo de crescimento acelerado da empresa, que hoje lidera o mercado de veículos eletrificados no país.
Além disso, o executivo afirmou que a montadora agirá contra conteúdos falsos que vêm sendo propagados nas redes sociais.
O impacto das estratégias agressivas no ecossistema automotivo chinês
As práticas de corte de preços vêm pressionando empresas menores. Ao mesmo tempo, levantam dúvidas sobre a sustentabilidade desse modelo competitivo.
A prática de vender abaixo do custo, segundo analistas, compromete não apenas a rentabilidade das montadoras. Ela também afeta a saúde de toda a cadeia produtiva.
A volatilidade nos preços tem impactado o mercado de ações.
Houve perdas significativas entre janeiro e maio de 2025.
A Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM) e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China já demonstraram preocupação com o cenário.
Ambos alertaram que, embora a concorrência seja positiva para o consumidor, o desequilíbrio entre custos e preços pode trazer danos estruturais ao setor.
Por isso, defenderam medidas para equilibrar o desenvolvimento do mercado e proteger a estabilidade de longo prazo.
A resposta do governo e os riscos à estabilidade do setor
Diante do agravamento do conflito, autoridades chinesas começaram a estudar formas de regular os cortes de preços. Elas querem promover maior previsibilidade nas práticas comerciais. A proposta é evitar práticas predatórias que gerem distorções de mercado e comprometam a inovação tecnológica.
Em paralelo, busca-se preservar empregos e garantir que empresas financeiramente sólidas não sejam forçadas a adotar estratégias insustentáveis.
Apesar da forte ofensiva da BYD, outras marcas têm resistido com políticas de nicho e diferenciação tecnológica.
Enquanto isso, analistas preveem que o setor poderá passar por uma nova rodada de consolidação nos próximos anos.
Haverá fusões, aquisições e, possivelmente, falências entre empresas que não conseguirem manter escala.
Um momento decisivo para a indústria de veículos eletrificados na China
A guerra de preços entre BYD e GWM expõe um ponto de inflexão no crescimento da mobilidade elétrica chinesa. Se por um lado os descontos aceleram a popularização dos elétricos, por outro colocam em xeque a rentabilidade e a inovação. O debate agora vai além dos números.
Avança sobre qual será o futuro sustentável da indústria automotiva no país que lidera a revolução elétrica. A resposta a essa disputa pode moldar não apenas o mercado interno. Ela também pode influenciar diretamente a competitividade global das marcas chinesas.
Afinal, além da liderança local, BYD e GWM disputam espaço na Europa, América do Sul e outros continentes em desenvolvimento.
Portanto, o desfecho dessa tensão terá repercussões que ultrapassam as fronteiras da China. E pode redefinir o equilíbrio de poder no setor automotivo mundial.
Quem sabe essa guerra faça que vendam suas torradeiras móveis num preço mais acessível ao terceiro mundo.
Todos torcem pata que ocorra crise na China! Vão ficar só na torcida, cuidem de suas economias senão serão atropelados!
Esses produtos xing ling não duram uma década. Novo até o QQ é bom. Valem nada.