Por que não construímos como os americanos? rápidos feito um gato, eficientes e inteligentes, os estadunidenses são considerados os maiores construtores do mundo!
No Brasil, a construção civil segue, em sua grande maioria, um método tradicional baseado em concreto e tijolos, de acordo com o vídeo do canal Ricardo Molina USA. No entanto, muitos se perguntam por que o Brasil não adota o modelo de construção a seco, amplamente utilizado nos Estados Unidos. A técnica americana, que se destaca pela utilização de madeira e materiais pré-fabricados, proporciona uma construção mais rápida e, muitas vezes, mais econômica. Mas o que impede que o Brasil siga o mesmo caminho?
Construção Civil nos Estados Unidos: qual motivo de tanta eficiência?
Para entender por que o Brasil e os EUA seguem caminhos diferentes na construção civil, é importante voltar ao período da colonização de cada país. Nos Estados Unidos, começou uma colonização pelo norte, uma região fria e rica em madeira de alta qualidade, como o pinheiro e o cedro. Essa abundância de recursos naturais, aliada à necessidade de construções que proporcionem isolamento térmico, favorecendo o uso da madeira como principal material de construção.
Já no Brasil, a colonização se deu em áreas litorâneas, com clima tropical e florestas densas, como a Mata Atlântica, onde não havia grandes árvores específicas para construções robustas. Assim, desde o início, o país atualizou materiais como o tijolo e o concreto, moldando uma cultura de construção que se mantém até os dias atuais.
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A construção a seco nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, a construção a seco se popularizou principalmente após a Segunda Guerra Mundial, com o avanço da industrialização e a demanda por casas em massa. Esse método utiliza amplamente materiais pré-fabricados, como o drywall (placas de gesso acartonado) e estruturas de madeira (woodframe). Isso torna o processo de construção muito mais rápido e eficiente. Além disso, o uso de materiais como o PVC e a fibra de vidro nos acabamentos e nas colunas permite que as casas sejam construídas em questão de semanas.
Outro ponto que diferencia a construção americana é a flexibilidade dos materiais. Nos estados mais ao sul, como a Flórida, onde há maior risco de furacões, muitas casas são construídas com blocos estruturais no primeiro andar para aumentar a resistência a ventos fortes. Essa combinação de madeira e bloco permite que as construções sejam mais leves, flexíveis e, ao mesmo tempo, seguras contra desastres naturais.
Os desafios da implementação no Brasil
Apesar das vantagens da construção a seco, o Brasil enfrentou algumas barreiras para sua implementação. Um dos principais desafios é a disponibilidade de madeira adequada para esse tipo de construção. Embora o país tenha florestas com pinos, principalmente na região sul, a produção em larga escala de madeira tratada e reflorestada ainda é insuficiente para atender a uma possível demanda nacional.
Além disso, a falta de uma indústria de materiais de construção tão desenvolvida quanto nos Estados Unidos é outro obstáculo. Nos EUA, muitos materiais, como placas de drywall e telhas asfálticas (shingles), são importados com baixo custo de outros países, como a China. No Brasil, esses produtos ainda são caros, o que inviabiliza sua adoção em massa. Outro fator relevante é o custo de instalação de sistemas de ar condicionado central, amplamente usados nos EUA para controlar a umidade das casas, uma vez que tanto a madeira quanto o drywall são vulneráveis à umidade. No Brasil, o alto preço da energia e dos equipamentos dificulta a popularização dessa solução.
Cultura e hábitos de construção
Outro fator significativo que impede a popularização da construção no seco no Brasil é a cultura de autoconstrução, presente principalmente entre as classes de baixa renda. Muitas famílias constroem suas próprias casas, utilizando materiais acessíveis como cimento, tijolos e areia. Esse método artesanal de construção, passado de geração em geração, resulta em mão de obra especializada que domina as técnicas tradicionais de alvenaria. Para que o modelo americano ganhe espaço, será necessário um esforço massivo de mudança cultural e de educação profissional no setor de construção civil.