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Brasil x Estados Unidos: Por que eles constroem mais rápido e melhor?

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 08/10/2024 às 09:16
estados unidos - Brasil - construção
Foto: adaptação google imagens

Por que não construímos como os americanos? rápidos feito um gato, eficientes e inteligentes, os estadunidenses são considerados os maiores construtores do mundo!

No Brasil, a construção civil segue, em sua grande maioria, um método tradicional baseado em concreto e tijolos, de acordo com o vídeo do canal Ricardo Molina USA. No entanto, muitos se perguntam por que o Brasil não adota o modelo de construção a seco, amplamente utilizado nos Estados Unidos. A técnica americana, que se destaca pela utilização de madeira e materiais pré-fabricados, proporciona uma construção mais rápida e, muitas vezes, mais econômica. Mas o que impede que o Brasil siga o mesmo caminho?

Construção Civil nos Estados Unidos: qual motivo de tanta eficiência?

Para entender por que o Brasil e os EUA seguem caminhos diferentes na construção civil, é importante voltar ao período da colonização de cada país. Nos Estados Unidos, começou uma colonização pelo norte, uma região fria e rica em madeira de alta qualidade, como o pinheiro e o cedro. Essa abundância de recursos naturais, aliada à necessidade de construções que proporcionem isolamento térmico, favorecendo o uso da madeira como principal material de construção.

Já no Brasil, a colonização se deu em áreas litorâneas, com clima tropical e florestas densas, como a Mata Atlântica, onde não havia grandes árvores específicas para construções robustas. Assim, desde o início, o país atualizou materiais como o tijolo e o concreto, moldando uma cultura de construção que se mantém até os dias atuais.

A construção a seco nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a construção a seco se popularizou principalmente após a Segunda Guerra Mundial, com o avanço da industrialização e a demanda por casas em massa. Esse método utiliza amplamente materiais pré-fabricados, como o drywall (placas de gesso acartonado) e estruturas de madeira (woodframe). Isso torna o processo de construção muito mais rápido e eficiente. Além disso, o uso de materiais como o PVC e a fibra de vidro nos acabamentos e nas colunas permite que as casas sejam construídas em questão de semanas.

Outro ponto que diferencia a construção americana é a flexibilidade dos materiais. Nos estados mais ao sul, como a Flórida, onde há maior risco de furacões, muitas casas são construídas com blocos estruturais no primeiro andar para aumentar a resistência a ventos fortes. Essa combinação de madeira e bloco permite que as construções sejam mais leves, flexíveis e, ao mesmo tempo, seguras contra desastres naturais.

Os desafios da implementação no Brasil

Apesar das vantagens da construção a seco, o Brasil enfrentou algumas barreiras para sua implementação. Um dos principais desafios é a disponibilidade de madeira adequada para esse tipo de construção. Embora o país tenha florestas com pinos, principalmente na região sul, a produção em larga escala de madeira tratada e reflorestada ainda é insuficiente para atender a uma possível demanda nacional.

Foto: Casas Alea

Além disso, a falta de uma indústria de materiais de construção tão desenvolvida quanto nos Estados Unidos é outro obstáculo. Nos EUA, muitos materiais, como placas de drywall e telhas asfálticas (shingles), são importados com baixo custo de outros países, como a China. No Brasil, esses produtos ainda são caros, o que inviabiliza sua adoção em massa. Outro fator relevante é o custo de instalação de sistemas de ar condicionado central, amplamente usados ​​nos EUA para controlar a umidade das casas, uma vez que tanto a madeira quanto o drywall são vulneráveis ​​à umidade. No Brasil, o alto preço da energia e dos equipamentos dificulta a popularização dessa solução.

Cultura e hábitos de construção

Outro fator significativo que impede a popularização da construção no seco no Brasil é a cultura de autoconstrução, presente principalmente entre as classes de baixa renda. Muitas famílias constroem suas próprias casas, utilizando materiais acessíveis como cimento, tijolos e areia. Esse método artesanal de construção, passado de geração em geração, resulta em mão de obra especializada que domina as técnicas tradicionais de alvenaria. Para que o modelo americano ganhe espaço, será necessário um esforço massivo de mudança cultural e de educação profissional no setor de construção civil.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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