Apostando no crescimento, o país se destaca na produção de biodiesel, alinhando-se à demanda global por energias mais limpas
Este ano marca uma fase estratégica na produção brasileira de biodiesel, com o governo ampliando a mistura de biodiesel ao diesel comercial de 10% (B10) para 12% (B12). O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) traçou metas para alcançar uma mistura de 15% até 2026, e com o foco na descarbonização da matriz energética nacional, a aceleração desse cronograma é uma possibilidade real.
Com cada acréscimo percentual na mistura, surge a produção de cerca de 650 milhões de litros adicionais de biodiesel. Assim, segundo estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), a produção para 2023 tem potencial para ultrapassar 7 bilhões de litros.
Brasil no pódio da produção global
- 2025 será o ano dos feriados prolongados: confira as datas que prometem mudar o ritmo do seu ano!
- BRAVA Energia: Impulsionando Resultados e Crescimento no 3º Trimestre de 2024
- Fim das multas abusivas? Lei acaba com radares móveis e adota drones para ‘fiscalização clara’
- Estado mais pobre dos Estados Unidos: Em menos de um século, este estado americano viu sua economia despencar do topo da riqueza para o fundo da pobreza
Daniel Amaral, diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da ABIOVE, destaca a evolução da produção no país. “Em 2022, a produção nacional foi de 6,3 bilhões de litros de biodiesel. Com a nova meta de mistura, a indústria ganhou um impulso para investir mais, posicionando o Brasil como o terceiro maior produtor mundial de biodiesel”.
Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) evidenciam a relevância do biodiesel brasileiro na questão ambiental: é capaz de diminuir em 80% a emissão de gases de efeito estufa (GEE) quando contrastado com o diesel fóssil. Desde a implementação da mistura obrigatória em 2008 até 2022, a produção totalizou 60,1 bilhões de litros, substituindo importações e prevenindo a emissão de 130 milhões de toneladas de CO₂ – equivalente ao emitido pelo Paraná em um ano.
Qualidade global do biodiesel brasileiro
A Resolução ANP Nº 920/23 (RANP 920) elevou os padrões de qualidade do biodiesel. Atualmente, o Brasil ostenta o biodiesel de maior controle e estabilidade à oxidação no mundo. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estabeleceu rígidos padrões de filtragem e práticas adequadas para produtores e distribuidores.
As empresas filiadas à ABIOVE, que respondem por cerca de 30% da produção nacional de biodiesel, aderiram prontamente às novas diretrizes da ANP. Elas também cumprem integralmente os requisitos do Bio+, um selo que confirma a excelência do biodiesel. Desenvolvido em parceria com o IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, o selo Bio+ passou por uma atualização recente, tornando-se ainda mais robusto.
Certificação IQA: garantia de excelência
O selo Bio+ é uma certificação que verifica a aderência do biodiesel às normas estipuladas pelo mercado e pela RANP 920. Essa certificação foi fruto da colaboração entre IQA e ABIOVE, combinando seus conhecimentos em um protocolo de verificação. Para conquistar esse selo, as empresas passam por uma rigorosa avaliação, assegurando a confiabilidade dos produtos.
Sérgio Fabiano, gerente de serviços automotivos do IQA, ressalta a importância dessa certificação. “O IQA, como certificador no setor automotivo, reconhece o biodiesel como uma matriz energética limpa essencial. O selo Bio+ é um atestado de qualidade que traz benefícios para empresas e consumidores”.
Sobre o IQA
Fundado em 1995, o IQA – Instituto da Qualidade Automotiva é uma entidade focada na promoção da qualidade no Setor da Mobilidade. Com o objetivo de garantir maior segurança aos consumidores, o instituto trabalha com certificações, treinamentos, inspeções e ensaios laboratoriais, sempre inovando e atendendo às necessidades do mercado e da sociedade. Representa órgãos internacionais e é acreditado pela CGCRE – Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro.
Fonte: Assessoria de Imprensa do IQA.