O Brasil e o Japão foram os primeiros a assinar um protocolo de intenções nesse sentido desde a aprovação do Artigo 6 do Acordo de Paris na COP26
No dia 13 de Julho, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, recebeu o embaixador japonês Teiji Hayashi para celebrar um acordo bilateral entre Brasil e Japão de fomento ao mercado regulado de crédito de carbono.
Os países foram os primeiros a assinar um protocolo de intenções nesse sentido desde a aprovação do Artigo 6 do Acordo de Paris na COP26, realizada em Glasgow (Escócia), em novembro de 2021.
Além de reconhecerem o mercado de carbono como ferramenta fundamental de redução de gases de efeito estufa, os ministérios do Meio Ambiente do Brasil e do Japão enfatizam a importância da criação de oportunidades bilaterais de investimentos em projetos verdes de tratamento de resíduos sólidos a fim de gerar energia limpa e diminuir as emissões de metano, contribuindo assim para que as nações cumpram seus objetivos anunciados durante a última conferência do clima.
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Com base nessa ideia, os Ministérios irão promover troca de informações, boas práticas e experiências sobre os mecanismos do mercado para redução da emissão, além de incentivar os setores empresariais dos dois países a investir em projetos de mitigação de mudanças climáticas.
Barcos com baterias e turbinas eólicas em alto mar: a maior empresa de construção naval do Japão, Imabari, vai construir barco capaz de transportar energia das usinas offshore para costa
Se os parques eólicos localizados no mar são muito mais eficientes do que os localizados em terra, por que continuamos a colocá-los em lugares “errados”? Um dos obstáculos que surgem ao instalar turbinas eólicas em alto mar é transportar energia por cabos para a costa. Mas e se pudéssemos desenvolver energia eólica em quase qualquer lugar do planeta, independentemente de sua localização? Os barcos Power ARK de uma startup japonesa podem desempenhar um papel fundamental no fim deste desafio.
A PowerX está desenvolvendo um navio projetado para transportar a energia gerada por parques eólicos localizados no mar para a costa. O barco, com 100 metros de comprimento, funcionará com eletricidade e poderá percorrer uma distância de 300 km. No entanto, também terá um motor de biodiesel de backup que, se necessário, permitirá que a autonomia inicial seja estendida.
Ao contrário de outras embarcações que foram projetadas para transportar petróleo bruto, gás ou carvão, a Power ARK terá 100 baterias capazes de oferecer uma capacidade de 220 MWh de energia gerada por usinas offshore. Isso, de acordo com a PowerX, será suficiente para cobrir as necessidades diárias de energia de 22.000 famílias japonesas com uma única viagem.