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Alarmante! Brasil classificado entre os 20 piores países do mundo por ter a taxa mais baixa de investimento. O que isso significa para a economia e o futuro do país?

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 01/08/2024 às 10:19
Alarmante! Brasil classificado entre os 20 piores países do mundo por ter a taxa mais baixa de investimento.
Foto: Canva

Projeções colocam o Brasil entre os piores países do mundo em termos de investimentos; especialistas destacam a necessidade de reformas estruturais e sustentabilidade fiscal.

Você sabia que o Brasil está entre os piores países do mundo em termos de investimento? O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que a taxa de investimento no Brasil ficará entre 15% e 16% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 a 2029, colocando o país entre os 20 piores do mundo em termos de investimento. Vamos entender melhor o que isso significa para economia e como isso afeta o nosso futuro.

A situação atual da taxa de investimento no Brasil

Em 2023, a taxa de investimento do Brasil, que mede o quanto se investe no desenvolvimento e infraestrutura do país, foi de 16,1%, posicionando o país na 24ª pior colocação entre os 170 países analisados pelo FMI. Para o fim de 2024, a expectativa é que essa taxa fique em 15,9%, o que deve fazer com que o Brasil termine o ano na 20ª posição.

Em 2029, a previsão é ainda menos otimista, com uma taxa de 15,4%, colocando o país na 21ª posição entre os piores do mundo.

Nos anos de 2021 e 2022, o Brasil apresentou uma leve recuperação com taxas de investimento de 19,5% e 18,1%, respectivamente. Essa melhoria temporária foi resultado da recuperação pós-pandemia. Contudo, desde 2010, o melhor desempenho registrado foi em 2011, quando o país alcançou uma taxa de investimento de quase 22% do PIB, ficando na 72ª posição no ranking global.

O desafio das baixas taxas de investimento no mercado brasileiro e os piores países do mundo

Investimentos são cruciais para o crescimento econômico. Eles ajudam a criar empregos, melhorar a infraestrutura e aumentar a competitividade do país. Quando a taxa de investimento é baixa, significa que estamos investindo pouco no nosso próprio futuro.

Em uma entrevista ao jornal Valor Econômico, Francisco Pessoa Faria, economista sênior da LCA Consultores, destacou que apenas 9% dos países analisados pelo FMI terão uma Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) pior que a do Brasil no médio e longo prazo. Isso nos coloca entre os países com menores níveis de investimento.

Historicamente, uma taxa de investimento de cerca de 15% do PIB é considerada muito baixa para o Brasil, chegando perto dos mínimos históricos de 14,5% registrados em 2016 e 2017. Economistas sugerem que uma taxa ideal estaria entre 17% e 19%.

A média global de taxa de investimento é significativamente influenciada pela China, que eleva a média mundial para 26,8% entre 2023 e 2029. Sem a China, essa média cai para 23,5%. Nos países emergentes, a média com a China é de 32%, enquanto sem o país asiático, cai para 26%. Na América Latina, a estimativa é de 19,7%.

Comparações internacionais e desafios

As projeções do FMI indicam que a taxa média de investimentos no mundo em 2024 deve ser de 26,5%, enquanto as economias avançadas terminarão o ano com 22,3%. Esse contraste acentua ainda mais a necessidade de melhorias na taxa de investimento no Brasil.

Ernesto Revilla, economista-chefe do Citigroup para a América Latina, explica que as baixas taxas de investimento no Brasil são causadas por recessões severas, como as de 2015 e 2016, além dos efeitos da pandemia. Ele acredita que superar esse problema requer o fortalecimento dos fundamentos macroeconômicos, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade fiscal, e a construção de uma narrativa de crescimento sustentável.

Apesar dos desafios, Revilla vê um grande potencial para o Brasil atrair investimentos, devido à diversidade de sua economia. Para isso, é crucial que o país implemente medidas que aumentem a taxa de investimento, criando um ambiente mais atraente para os investidores.

 

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Débora Araújo

Escrevo sobre energias renováveis, automóveis, ciência e tecnologia, indústria e as principais tendências do mercado de trabalho. Com um olhar atento às evoluções globais e atualizações diárias, dedico-me a compartilhar sempre informações relevantes.

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