No dia 22 de junho de 2025, sete bombardeiros B-2 Spirit da Força Aérea dos Estados Unidos decolaram da base de Whiteman, no Missouri, e permaneceram no ar por 37 horas ininterruptas, realizando um ataque de precisão contra alvos nucleares no Irã antes de retornar sem qualquer pouso intermediário.
Projetado pela Northrop Grumman, o B-2 Spirit é um bombardeiro estratégico furtivo com autonomia de mais de 11 mil quilômetros. A missão recente, porém, exigiu o dobro dessa distância. O feito só foi possível graças ao apoio aéreo de aviões-tanque especializados, responsáveis por abastecer os bombardeiros durante o voo.
Os B-2 foram reabastecidos diversas vezes ao longo da missão por modelos como o KC-135 Stratotanker, o KC-10 Extender e o moderno KC-46 Pegasus. Esses aviões operam como postos de combustível aéreos, permitindo que aeronaves militares realizem longas travessias globais sem a necessidade de pousar.
O reabastecimento em voo é um processo de altíssima precisão. Durante o procedimento, a aeronave de apoio conecta uma mangueira ou lança retrátil ao bombardeiro em pleno voo, transferindo dezenas de toneladas de combustível a centenas de quilômetros por hora. A operação exige extrema coordenação entre pilotos e operadores de reabastecimento.
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Aviões-tanque: a espinha dorsal da projeção de poder
O KC-135, em operação desde a Guerra Fria, pode transportar até 90 toneladas de combustível. Já o KC-10, baseado no jato comercial DC-10, comporta 160 toneladas, capacidade suficiente para reabastecer dois B-2 integralmente. O mais recente, KC-46 Pegasus, é equipado com cockpit digital, sistemas defensivos e maior alcance, permitindo operações próximas a zonas hostis.
Esses aviões são fundamentais não apenas para a autonomia dos bombardeiros, mas também para preservar o sigilo das operações. Caso os B-2 precisassem pousar em solo estrangeiro, a missão perderia o fator surpresa e colocaria em risco a estratégia de ataque furtivo.
Com reabastecimento aéreo, os EUA conseguem executar missões de ataque partindo diretamente de seu território continental, sem depender de bases avançadas. Isso amplia significativamente o alcance de sua força aérea e reforça sua capacidade de dissuasão estratégica global.
Missão sigilosa com apoio logístico de ponta
Durante a operação, os B-2 lançaram 14 bombas GBU-57, conhecidas como “bunker busters”, capazes de perfurar alvos fortificados sob camadas de rocha e concreto. As aeronaves sobrevoaram diversos países, cruzaram oceanos e retornaram em segurança para os Estados Unidos sem serem detectadas, reforçando seu papel como peça central da doutrina de ataque de longo alcance.
Além da engenharia furtiva, o B-2 conta com itens de conforto para os dois tripulantes, como micro-ondas, cafeteira, banheiro e espaço para repouso. Isso permite a alternância entre os pilotos durante voos prolongados, garantindo segurança e eficiência durante missões intercontinentais.
As informações foram divulgadas pelo canal especializado “Hoje no Mundo Militar”, que destacou os detalhes técnicos da missão e os bastidores do apoio logístico necessário para manter uma aeronave de 172 milhões de dólares operando por quase dois dias sem interrupção.